Permanência e Êxito

A EJA está comprometida com as camadas populares e com a superação de toda forma de exclusão, de discriminação e opressão existentes tanto na escola como fora dela.

Compreender as características dos processos
de abandono ou a não conclusão dos cursos de EJA é uma das pilastras para garantia de um índice de permanência e êxito altas.

Sempre que nos referirmos à Escola e seu diálogo com a EJA pensamos nela como um espaço sociocultural de direitos e também
como um espaço-tempo de formação de sujeitos concretos.

PRINCIPAIS MOTIVOS DA EVASÃO

1.    Questões objetivas – horários de trabalho incompatíveis com a
escola, cansaço pelas longas jornadas, mudanças de trabalho, falta
de dinheiro para o transporte.

2. Questões de gênero – marido que proíbe a mulher de ir à escola, filhos doentes.

3. Questões pedagógicas – desprestígios dos saberes e das
culturas dos educandos, currículos e métodos inadequados.

4. Questões relacionadas à constituição subjetiva dos alunos –
desvalorização da escola diante da sua realidade, não desejo de
aprender os saberes escolares, prioridades pessoais, entre outros.

Os índices de abandono na EJA são atribuídos à escolarização com
poucas flexibilizações curriculares, o que dificulta a permanência
na escola de jovens e adultos das classes populares que não
conseguem articular suas trajetórias de vida com as trajetórias
escolares.

A instabilidade e a precariedade nas condições de vida têm um
peso importante sobre o percurso e as formas de investimento
escolar. Dessa forma, é preciso que as propostas pedagógicas
estejam alinhadas à condição e situação de vida desses jovens e
adultos.

O PROEJA e o Projeto EJA-FIC são programas que tem como horizonte a universalização da Educação Básica aliada à formação para o mundo do trabalho de jovens e adultos com trajetórias escolares descontínuas.

A conquista por um novo espaço de socialização, bem como o fortalecimento de sua autoestima são outros fatores alegados para o ingresso e permanência na EJA.

O diálogo constante entre os coordenadores de curso e professores devem proporcionar um ambiente acolhedor e de respeito, junto aos estudantes onde  será observado cada caso em particular, a fim de garantir a formação de pertencimento do estudante junto ao curso e a escola.