Dicionário da Inovação e Empreendedorismo

A

Aceleradora de Empresas

Aceleradoras são entidades jurídicas (com ou sem fins lucrativos) dedicadas a apoiar o desenvolvimento inicial de novos negócios inovadores (startups), por meio de um processo estruturado, com tempo determinado, que inclui seleção, capacitação, mentorias, oportunidades de acesso a mercados, infraestrutura e serviços de apoio, além do aporte de capital financeiro inicial(próprio ou de sua rede de investidores), em troca de uma possível participação societária futura nos negócios acelerados.


Fonte: https://anprotec.org.br/site/lideres-tematicos/aceleradoras/

Agências de Fomento

Órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação.

Exemplos: CNPq, CAPES, Finep, FAPERGS, entre outros.


Fonte: LEI DE INOVAÇÃO Nº 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

Ambientes de Inovação

Os ambientes de inovação, segundo o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, se caracterizam como espaços propícios à inovação e ao empreendedorismo, constituindo ambientes característicos da nova economia baseada no conhecimento. São exemplos de ambientes de inovação: parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras, hubs, espaços coworking, open labs, entre outros. Além disso, com a transformação digital, podem existir também ambientes virtuais de promoção da inovação por meio de plataformas abertas e hubs virtuais.


Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inovacao/agrohub-brasil/ambientes-inovacao

Anprotec

Criada em 1987, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) reúne cerca de 300 associados, entre incubadoras de empresas, parques tecnológicos, aceleradoras, coworkings, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos e outras entidades ligadas ao empreendedorismo e à inovação. Líder do movimento no Brasil, a Associação atua por meio da promoção de atividades de capacitação, articulação de políticas públicas e geração e disseminação de conhecimentos.

A trajetória da Anprotec está diretamente ligada ao desenvolvimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos brasileiros. A implantação desses ambientes em diferentes regiões disseminou a ideia do empreendedorismo inovador no país, desencadeando a consolidação de um dos maiores sistemas mundiais de parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Atualmente, o Brasil conta com 363 incubadoras de empresas, 43 parques tecnológicos em operação e 60 em implantação e projeto, e 57 aceleradoras.

A atuação bem-sucedida desses mecanismos de apoio à inovação caracteriza a trajetória e a evolução da Anprotec e contribui de forma relevante para consolidar a formação de uma forte e competitiva indústria baseada no conhecimento.


Fonte: https://anprotec.org.br/site/sobre/

Automação industrial

Automação industrial é definida como a utilização de máquinas eletromecânicas, softwares e equipamentos específicos para automatizar processos industriais. Possui como objetivo aumentar a eficiência dos processos, maximizar a produção com o menor consumo de energia , menor emissão de resíduos e melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações. É um passo além da mecanização, onde operadores humanos são providos de maquinaria para auxiliá-los em seus trabalhos.

Entre os dispositivos eletroeletrônicos que podem ser aplicados estão os computadores ou outros dispositivos capazes de efetuar operações lógicas, como controladores lógicos programáveis (CLPs), microcontroladores, SDCDs ou CNCs. Estes equipamentos, em alguns casos, substituem tarefas humanas ou realizam outras que o ser humano não consegue realizar. Entre os dispositivos mecânicos, destacam-se motores, atuadores hidráulicos, pneumáticos, além de partes móveis e componentes estruturais.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Automa%C3%A7%C3%A3o_industrial

B

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

O BNDES é uma empresa pública federal com sede no Rio de Janeiro, cujo principal objetivo é o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Nacional_de_Desenvolvimento_Econ%C3%B4mico_e_Social

Benchmarking

Benchmarking consiste no processo de busca das melhores práticas de gestão da entidade numa determinada indústria e que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e através do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar a forma como realiza a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking.

O processo de benchmarking não se limita à simples identificação das melhores práticas; também contempla, por exemplo, a sua divulgação por intermédio das diversas técnicas de marketing.

O benchmarking traduz-se, então num processo através do qual se observa, aprende e melhora, podendo ser aplicado a qualquer área de atividade organizacional, desde o desenvolvimento estratégico (Watson, 1993) ao serviço do cliente e sua satisfação (Lepard e Molyneux, 1994), passando pelas operações (Shetty, 1993).


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Benchmarking

Bootstrapping

Fazer bootstrapping significa começar um negócio a partir de recursos limitados, sem o apoio de investidores. Ou seja, nessa forma de iniciar startups, o empreendedor geralmente utiliza recursos próprios para lançar o negócio sem o apoio de fundos de investimento.


Fonte: https://abstartups.com.br/o-que-e-bootstrapping-e-como-fazer/

C

CERNE

No início dos anos 2000, o movimento brasileiro de incubadoras de empresas vinha crescendo a uma taxa anual superior a 25%. Isso estava gerando um grande movimento de difusão do empreendedorismo e da inovação em todas as regiões do país, com grande capilaridade no interior dos estados.

Diante desse crescimento expressivo, a Anprotec, juntamente com instituições parceiras (Sebrae, CNPq, MCT, Finep, dentre outras), iniciou esforços para propiciar maior potencial de impacto do processo de incubação de empresas no país. Nesse sentido, foi desenvolvido um novo modelo de atuação com base em experiências bem-sucedidas nacional e internacionalmente e alinhado com as melhores práticas e tendências da fronteira da incubação.

Denominado Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos, o CERNE criou um modelo e um padrão de atuação, de forma a ampliar a capacidade das incubadoras em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem-sucedidos. Com isso, criou-se uma base de referência para que as incubadoras de diferentes áreas e tamanhos pudessem utilizar elementos básicos para reduzir o nível de variabilidade na obtenção de sucesso das empresas apoiadas.


Fonte: https://anprotec.org.br/site/pesquisa-cerne/

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Fundação pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem como principais atribuições fomentar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação e promover a formação de recursos humanos qualificados para a pesquisa, em todas as áreas do conhecimento.


Fonte: https://www.gov.br/cnpq/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/institucional

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) do Brasil que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados brasileiros.

A característica distintiva, em relação às outras agências federais semelhantes, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e às estaduais, está na Avaliação Quadrienal que ela efetua de todos os cursos de pós-graduação do País. É a única entidade que tem tradição de determinar o descredenciamento (na prática, o fechamento) dos cursos que apresentam nota baixa ou deficiente.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coordena%C3%A7%C3%A3o_de_Aperfei%C3%A7oamento_de_Pessoal_de_N%C3%ADvel_Superior

Coworking

Coworking, cotrabalho, trabalho colaborativo ou trabalho cooperativo, é um modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório, reunindo pessoas que não trabalham necessariamente para a mesma empresa ou na mesma área de atuação, podendo inclusive reunir entre os seus usuários os profissionais liberais, empreendedores e usuários independentes.

É uma maneira utilizada por muitos profissionais autônomos para solucionar o problema de isolamento do modelo de trabalho conhecido como teletrabalho. Além disso é uma ótima alternativa para aumentar sua produtividade e fazer novos contatos de negócios através do networking.

Pessoas e empresas usuárias de coworking também utilizam este modelo de trabalho para estabelecer relacionamentos de negócios onde oferecem e/ou contratam serviços mutuamente. Alguns destes relacionamentos também visam favorecer o surgimento e amadurecimento de ideias e projetos em equipe.

Uma tendência que está modificando a forma com que empresas e empreendedores trabalham, compartilham e relacionam entre si. Em um coworking você encontra estrutura bem planejada e pensada para o trabalho autônomo e coletivo. Tem a oportunidade de manter e aumentar o networking com pessoas de diversas áreas e estilos.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coworking

Crowdfunding

Financiamento coletivo, também conhecido como crowdfunding, consiste na obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. O termo é muitas vezes usado para descrever especificamente ações na Internet com o objetivo de arrecadar dinheiro para artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e empresas emergentes, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros.

É usual que seja estipulada uma meta de arrecadação que deve ser atingida para que o projeto seja viabilizado. Caso os recursos arrecadados sejam inferiores à meta, o projeto não é financiado e o montante arrecadado volta para os doadores.



Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Financiamento_coletivo

D

Data Driven (Orientado por dados, tradução livre)

Data Driven, na área de negócios, se refere a processos organizacionais orientados a dados, ou seja, quando a empresa baseia a tomada de decisão e o planejamento estratégico na coleta e na análise de informações – e não em intuições ou simples experiências.

Não é, portanto, apenas uma ferramenta, mas uma metodologia que permite às organizações terem uma ideia mais precisa do seu negócio, conferindo a elas uma maior capacidade de aproveitamento de oportunidades e de antecipação de tendências e problemas.

Para isso, as ferramentas utilizadas em empresas data driven coletam dados de diversas fontes, tanto internas quanto externas. Elas cruzam informações de modo a oferecer um panorama mais claro do mercado – clientes, produtos, concorrentes, fornecedores e conjuntura – e da própria organização para que os gestores possam agir.


Fonte: https://blog.neoway.com.br/data-driven/

E

Empreendedorismo

Empreendedorismo é o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos. O empreendedorismo está muito relacionado com a questão de inovação, na qual há determinado objetivo de se criar algo dentro de um setor ou produzir algo novo.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo

Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)

A EMBRAPII é uma Organização Social qualificada pelo Poder Público Federal que, desde 2013, apoia instituições de pesquisa tecnológica fomentando a inovação na indústria brasileira.

A organização mantém contrato de gestão com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações; da Educação; da Saúde; e da Economia.

A contratação da EMBRAPII parte do reconhecimento das oportunidades de exploração das sinergias entre instituições de pesquisa tecnológica e empresas industriais, em prol do fortalecimento da capacidade de inovação brasileira. Ela tem por missão apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial.

A EMBRAPII atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas, tem objetivo de estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.


Fonte: https://embrapii.org.br/institucional/quem-somos/

ESG (Environmental, Social and corporate Governance)

O ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Trata-se de uma forma de medir o desempenho de sustentabilidade de uma organização. A sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento:


Eles são utilizados como critérios para entender se uma empresa possui sustentabilidade empresarial, ampliando a perspectiva de análise do negócio para além das métricas financeiras. Ou seja, busca-se mensurar se a empresa é realmente uma opção viável de investimentos sustentáveis, capazes (e engajados) de gerar impactos positivos financeiros, sociais e ambientais.

Desse modo, a incorporação do Environmental, Social and Governance à estratégia e modelo de negócios das organizações reitera a máxima de que o propósito e lucro são indissociáveis. Trata-se de validar que uma empresa tenha consciência sobre o seu papel enquanto empregadora e agente social.

O Ambiental, Social e Governança serve como um balizador para atestar que a organização possui a compreensão da influência que ela exerce, do impacto positivo ou negativo e do valor compartilhado que ela pode gerar por meio dos seus negócios perante todo o seu ecossistema de relacionamento.


Fonte: https://www.totvs.com/blog/business-perfomance/esg/

F

Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)

A FINEP, é uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, sediada no Rio de Janeiro. A empresa é vinculada ao MCTIC.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Financiadora_de_Estudos_e_Projetos

Fundações de Amparo à Pesquisa

As Fundações de Amparo à Pesquisa são fundações vinculadas aos Governos dos Estados da Federação. Normalmente tem por finalidade fomentar a pesquisa em todas as áreas do conhecimento, tem como atribuições, por exemplo: promover a inovação tecnológica do setor produtivo, o intercâmbio e a divulgação científica, tecnológica e cultural; estimular a formação de recursos humanos, o fortalecimento e a expansão da infraestrutura de pesquisa nos Estados.

O Estado do RS tem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS).


Fonte: https://fapergs.rs.gov.br/quem-somos

Fundações de Apoio

Fundações criadas com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão, projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e projetos de estímulo à inovação de interesse das ICTs, registrada e credenciada no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, nos termos da Lei nº. 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e das demais legislações pertinentes nas esferas estadual, distrital e municipal.

O HCPA possui um Acordo de Cooperação em Inovação com a Fundação Médica do Rio Grande do Sul (FUNDMED).


Fonte: LEI Nº 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)

O FNDCT, criado em 1969, é um fundo de natureza contábil e financeira que tem como objetivo financiar a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico, com vistas a promover o desenvolvimento econômico e social do País. A Finep exerce a função de secretaria-executiva do FNDCT, conforme determinado pelo Decreto nº 68.748, de 15 de junho de 1971, e ratificado na Lei nº 11.540, de 12 de novembro de 2007, responsabilizando-se por todas as atividades de natureza administrativa, orçamentária, financeira e contábil.


Fonte: http://www.finep.gov.br/a-finep-externo/fndct

G

Geração de Leads

Geração de leads é um termo de marketing usado para descrever o início do interesse ou questão de um possível cliente num determinado produto ou serviço de uma empresa. Os leads, são contatos que demonstraram interesse por algum tipo de produto ou serviço.

Há muitos métodos para a geração de leads que normalmente são alguma forma de publicidade como campanhas em redes sociais, e-mail marketing e publicidade em mecanismos de busca da internet. Gerar leads significa captar potenciais clientes para um negócio. Muitas formas de geração de leads usam páginas de captura, formulários "pop-ups" e podem oferecer uma recompensa gratuita em troca dos dados de contato do possível cliente.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_de_leads

Growth Hacking

O Growth Hacking é uma mentalidade empresarial voltada para o crescimento do negócio. A partir do levantamento de hipóteses, modelagem básica de uma solução e avaliação dos resultados, a empresa confirma ou exclui uma estratégia de otimização de processos, produtos ou comunicação. De maneira geral, o Growth Hacking atua a partir de hipóteses e experimentos visando resultados rápidos para a empresa.

Uma forma de aplicar o Growth Hacking é a partir do cumprimento de seis etapas:


Fonte: https://www.zendesk.com.br/blog/o-que-e-growth-hacking/

H

Hackathon

Hackathon é uma combinação entre os termos hack (programar) e marathon (maratona), são eventos que reúnem programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software onde pode durar de um dia a uma semana e em geral é um ambiente ideal para o desenvolvimento da inovação e resolução de problemas.

Um hackathon traz inúmeros benefícios. Fomentam a criatividade individual enquanto criam espaços abertos para a experimentação de novas ideias, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades e técnicas entre seus participantes.

Os hackathons qualificam a resolução de problemas e acostumam ao pensamento rápido e ao desenvolvimento ágil, ampliando também a capacidade de comunicação. Em geral, hackathons despertam o lado competitivo de seus participantes, envolvendo recompensas para as equipes vencedoras.

Nos hackathons tanto podem participar equipes da empresa promotora do evento, quanto equipes de fora da empresa. Estas equipes podem ser formadas por alunos do ensino médio, quanto de faculdade ou até profissionais liberais. O grande ganho, conhecimento e soluções para os problemas, vêm justamente da união destas pessoas com visões de mundos diferentes.

Realizar um Hackthon proporciona pensar fora da caixa, propõe inovar, integrar, desenvolver novas habilidades. Identificar novas lideranças e principalmente dar aos funcionários ou participantes oportunidades de mostrarem as suas habilidades e criatividades em um ambiente sem hierarquias, onde todos têm as mesmas oportunidades e podem trabalhar em várias áreas.


Fonte: https://hackathon.icict.fiocruz.br/o-que-%C3%A9-um-hackathon

Healthtech

Junção de saúde (health) e tecnologia (tech), as healthtechs são startups que oferecem soluções tecnológicas para a área da Saúde, visando atender a necessidades diversas dos setores público e privado. No Brasil, a maioria dessas empresas é dedicada à gestão de clínicas, hospitais e laboratórios (28,4%), como aponta o relatório de 2022 da consultoria em inovação Distrito.

Segundo o Distrito Healthtech Report 2022, também se destacam as startups voltadas ao acesso à saúde (12,46%), como as de seguro, de planos de saúde e de marketplace de profissionais. Inclusive, estas são as áreas que se sobressaem na atração de investimentos, totalizando US$ 992,6 milhões no setor de healthtechs desde 2017.

Recentemente, startups dedicadas à telemedicina também têm-se destacado na atração de recursos. Representando 11,96% do mercado brasileiro de healthtechs, são empresas que passaram a ser vistas “com outros olhos” durante a pandemia de covid-19, passando por avanços regulatórios e promovendo novas experiências a profissionais e a pacientes.

São 1.023 healthtechs no Brasil, segundo mapeamento do Distrito em 2022. O setor é relativamente recente, com mais de 60% das empresas criadas desde 2016.


Fonte: https://summitsaude.estadao.com.br/tecnologia/healthtech-conheca-o-mercado-e-a-importancia-para-a-saude/

I

Impressão 3D

A impressão 3D, também chamada de fabricação aditiva (inglês), é uma família de processos que produz objetos ao adicionar material em camadas que correspondem a seções transversais sucessivas de um modelo 3D. O plástico e as ligas de metal são os materiais mais comumente usados para impressão 3D, mas quase tudo pode ser usado — de concreto a tecido vivo.

Por não necessitar do uso de moldes e permitir produzir formas que não são viáveis ou práticas de se conseguir em outros métodos de produção, tem vantagens em relação a outras tecnologias de fabricação mecânica, como por exemplo a injeção de plástico, desbaste ou modelagem/modelação, sendo mais rápida e mais barata em diversos casos.


Fontes: https://www.autodesk.com.br/solutions/3d-printing e https://pt.wikipedia.org/wiki/Impress%C3%A3o_3D

Incubadora de Empresas

A incubadora de empresas é uma forma de estimular o empreendedorismo. Ela fortalece e prepara as pequenas empresas com o intuito de fazê-las sobreviver no mercado. É um local que abriga esses negócios, oferecendo estrutura capaz de estimular, fornecer e agilizar a transferência de resultados de pesquisa para atividades voltadas à produção.

Por meio da incubadora, o empresário tem um serviço de assessoria voltado às áreas de gerência, contabilidade, jurídica, gestão financeira, apuração, controle de custo e exportação. Por meio desse incentivo, o empreendedor também tem acesso a treinamentos, cursos e assinaturas de revistas e jornais para que possa estar sempre bem informado em relação ao mercado.

Existem diversos tipos de incubadoras: as de base tecnológica (abrigam empreendimentos que realizam uso de tecnologias); as tradicionais (dão suporte a empresas de setores tradicionais da economia); as mistas (aceitam tanto empreendimentos de base tecnológica, quanto de setores tradicionais) e as sociais (que têm como público-alvo cooperativas e associações populares).

A Starts, Incubadora de Empresas do HCPA, se enquadra na Incubadora do tipo base tecnológica.


Fontes: https://informativo.anprotec.org.br/ebook-serie-fundamentos-incubadoras-de-empresas e https://anprotec.org.br/site/sobre/incubadoras-e-parques/perguntas-frequentes/ e https://abstartups.com.br/incubadora-de-empresas-o-que-e-e-para-que-serve/

Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs, Key Performance Indicators)

São os indicadores ou valores quantitativos que podem ser medidos, comparados e acompanhados, de forma a expor o desempenho dos processos e do trabalho nas estratégias de um negócio. É medir os resultados em números para dar insumos reais às decisões e não só percepções e achismos.


Fonte: https://www.sydle.com/br/blog/kpis-5f58d4641e43744c69b4d604/

Inovação

Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho.


Fonte: LEI DE INOVAÇÃO Nº 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT)

Órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos.


Fonte: LEI DE INOVAÇÃO Nº 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)

O INPI é a autarquia federal responsável pela gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade industrial.

Fonte: https://www.gov.br/inpi/pt-br

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT)

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) são 101 centros de pesquisa multicêntricos brasileiros. O objetivo desses centros é desenvolver a pesquisa e criar patentes para o país. O programa é conduzido pelo MCTIC. O Programa de INCTs visa: 


O HCPA possui 6 INCTs:


Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Institutos_Nacionais_de_Ci%C3%AAncia_e_Tecnologia

Investidor-anjo

Investidor-anjo é uma pessoa física ou jurídica que faz investimentos com seu próprio capital em empresas nascentes com um alto potencial de crescimento, como as startups.


Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Investidor-anjo

J

Joint Venture

Empreendimento conjunto (joint venture, em inglês) é um modelo estratégico de parceria comercial ou aliança entre empresas, visando desde uma simples colaboração para fins comerciais e/ou tecnológicos até a fusão de sociedades em uma única empresa, não implicando a perda da identidade e individualidade como pessoas jurídicas das participantes. É uma forma associativa sui generis, sem uma precisa definição legal no ordenamento jurídico brasileiro, contudo sendo jurisprudencialmente reconhecida.

Há várias empresas, de diversos setores da economia, que investem nesse tipo de sociedade. As maiores joint ventures no mundo acontecem nos ramos de tecnologia, automobilismo e alimentação.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendimento_conjunto

K

Know-how

Know How é um sinônimo de experiência empresarial. O termo vem do inglês e significa  “saber fazer”. Consiste nas capacidades e habilidades que um indivíduo ou uma organização possui para realizar uma tarefa específica.

A nível de negócio, pode ser considerado um ativo intangível da empresa. É um conceito que pode ser aplicado tanto à parte estratégica quanto à parte operacional e técnica da organização. Em última instância, reúne o conhecimento que se estende a toda a empresa e que tem levado ao sucesso.

Com o Know How, obtém-se exclusividade para o uso e manutenção da propriedade industrial sobre um processo ou objeto. Desta forma, é utilizado como grande diferencial competitivo, visto que valoriza o produto. Porém, é importante salientar que o processo em questão tem que ser algo novo e diferente.


Fonte: https://warren.com.br/magazine/o-que-e-know-how/

L

Landing Page

No marketing digital, uma landing page, em português página de destino, às vezes conhecida como "página de captura de leads", "página de propriedade única", "página estática" ou "página de destino", é uma única página web que aparece em resposta ao clique em um resultado de busca de um mecanismo de pesquisa otimizado, promoção de marketing, e-mail de marketing ou um anúncio online. A página de destino geralmente exibirá uma cópia de vendas direcionadas que é uma extensão lógica do anúncio, resultado de pesquisa ou link. As páginas de destino são usadas para geração de leads. As ações que um visitante realiza em uma página de destino é o que determina a taxa de conversão de um anunciante. Uma página de destino pode ser parte de um microsite ou uma única página no site principal de uma organização.

As páginas de destino costumam ser vinculadas a mídias sociais, campanhas de e-mail, campanhas de marketing em mecanismos de pesquisa, artigos de alta qualidade ou "conta de afiliado" para aumentar a eficácia dos anúncios. O objetivo geral de uma página de destino é converter os visitantes do site em vendas ou leads. Se o objetivo é obter um lead, a página de destino incluirá algum método para o visitante entrar em contato com a empresa, geralmente um número de telefone ou um formulário de consulta. Se uma venda for necessária, a página de destino geralmente terá um link para o visitante clicar, que o encaminhará para um carrinho de compras ou uma área de checkout. Ao analisar a atividade gerada pelo URL vinculado, os comerciantes podem usar as taxas de cliques e a taxa de conversão para determinar o sucesso de um anúncio.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Landing_page

M

Minimum Viable product - MVP (Produto Mínimo Viável)

Em empreendedorismo, principalmente no contexto de startups, um produto viável mínimo é a versão mais simples de um produto que pode ser lançada com uma quantidade mínima de esforço e desenvolvimento.

Um MVP ajuda os empreendedores a iniciarem o processo de aprender da forma mais rápida possível, pois poupa tempo e esforços. Porém, ele não é necessariamente o menor produto imaginável.

Ao contrário do desenvolvimento tradicional de produtos, que geralmente envolve um longo e pensativo período de maturação e busca a perfeição do produto, o objetivo do MVP é começar o processo de aprendizagem, e não finalizá-lo. Ao contrário de um teste de protótipo ou conceito, um MVP foi concebido não apenas para responder questões sobre o design do produto e questões técnicas; seu objetivo é testar hipóteses fundamentais do negócio.

N

Networking

Networking é a ação de trabalhar sua rede de contatos, trocando informações relevantes com base na colaboração e ajuda mútua. Essa ação inclui diferentes atividades voltadas à carreira e negócios, através da manutenção de relacionamentos interpessoais produtivos.


Fonte: https://ead.ucpel.edu.br/blog/networking

Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs)

Estrutura instituída por uma ou mais ICTs, com ou sem personalidade jurídica própria, que tenha por finalidade a gestão de política institucional de inovação e por competências mínimas as atribuições previstas na Lei de Inovação (Lei nº. 10.973/2004).

A história do Nitt do HCPA pode ser vista através do link.


Fonte: LEI DE INOVAÇÃO Nº 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

O

Open Innovation (ou Inovação Aberta)

Open Innovation – ou inovação aberta – é um modelo onde as empresas estão dispostas a cooperar com terceiros para encontrar soluções inovadoras para o seu negócio. Nesse caso, além do desenvolvimento de inovação no ambiente interno, há a colaboração de parceiros externos, estimulando a colaboração e a constante troca de ideias com o intuito de fomentar e agilizar práticas inovadoras no ambiente corporativo.

A expressão Open Innovation tem sua origem na Universidade de Berkeley. O conceito nasceu a partir do professor Henry Chesbrough, ex-gerente de uma empresa de tecnologia no Vale do Silício. Buscando diminuir a distância entre o lado acadêmico/teórico e a gestão prática, surge uma nova ideia. Chesbrough observou que, embora o conhecimento estivesse se disseminando mais rápido, as empresas ainda mantinham um modelo de inovação fechado.


Fontes: https://blog.aevo.com.br/o-que-e-open-innovation-ou-inovacao-aberta/ e https://www.somosglobal.com.br/blog/open-innovation

P

Parque Tecnológico

Complexo planejado de desenvolvimento empresarial e tecnológico, promotor da cultura de inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, entre empresas e uma ou mais ICTs, com ou sem vínculo entre si.


Fonte: LEI Nº 13.243, DE 11 DE JANEIRO DE 2016.

Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)

Pesquisa e desenvolvimento (P&D) é o conjunto de atividades inovadoras realizadas por corporações, empresas, indústrias ou governos no desenvolvimento de novos serviços ou produtos e na melhoria dos já existentes. A pesquisa e o desenvolvimento constituem a primeira fase de desenvolvimento de um potencial novo serviço ou do processo de produção.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa_e_desenvolvimento

Pitch

Pitch é uma apresentação curta e direta sobre uma empresa ou projeto que tem como objetivo despertar a atenção de um investidor, parceiro ou cliente pelo negócio.

A duração dessa fala varia entre 30 segundos e 20 minutos, de acordo com o tipo de apresentação, público, local e tempo disponível. Geralmente, o pitch é realizado presencialmente para uma pessoa ou um grupo de pessoas interessado na empresa. Mas também é possível fazer a apresentação por telefone e videoconferência, ou até mesmo enviar o conteúdo por e-mail ou mensagem instantânea.

O termo pitch ficou famoso no ecossistema das startups, onde empreendedores criativos usam a apresentação rápida para convencer investidores a fazerem aportes em seus negócios nascentes.

Dessa forma, a expressão se popularizou no mundo dos negócios e hoje é sinônimo de um discurso persuasivo e objetivo, que tem como objetivo vender uma ideia, projeto ou negócio a um público em potencial.


Fonte: https://fia.com.br/blog/pitch-o-que-e-importancia-tipos-como-fazer-e-exemplo/

Polo Tecnológico

Ambiente industrial e tecnológico caracterizado pela presença dominante de micro, pequenas e médias empresas com áreas correlatas de atuação em determinado espaço geográfico, com vínculos operacionais com ICT, recursos humanos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposição ao intercâmbio entre os entes envolvidos para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias.


Fonte: LEI Nº 13.243, DE 11 DE JANEIRO DE 2016.

Propriedade Intelectual (PI)

Propriedade intelectual (PI) é um conjunto de diretrizes elaboradas para dar proteção legal às criações humanas, garantindo ao autor (pessoa física ou jurídica) o direito de utilizá-las para gerar lucro. 

Outra definição da PI é: a área do Direito que, por meio de leis, garante a inventores ou responsáveis por qualquer produção do intelecto – seja nos domínios industrial, científico, literário ou artístico – o direito de obter, por um determinado período de tempo, recompensa pela própria criação.

Isso posto, de acordo com a definição da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), o dispositivo da propriedade intelectual se divide em duas categorias:


Fontes: https://endeavor.org.br/leis-e-impostos/propriedade-intelectual/ e https://fia.com.br/blog/propriedade-intelectual/

Q

Quádrupla Hélice

A quádrupla hélice é pautada na corrente teórica de Carayannis e Campbell (2009), onde são adicionadas as propostas da mídia e cultura, bem como a sociedade civil organizada. Esta quarta hélice está associada à mídia, às indústrias criativas, cultura, valores, estilos de vida, arte e classe criativa (CARAYANNIS; CAMPBELL, 2009; CARAYANNIS; RAKHMATULLIN, 2014). Nesta visão, a sociedade está sendo construída e comunicada pelo sistema de mídia, e também sendo influenciada pela cultura e valores (CARAYANNIS; CAMPBELL, 2009; BACCARNE et al., 2016).

Há também outras formas de representação da sociedade, como: usuária da inovação (ARNKIL et al., 2010; CARAYANNIS; CHEREPOVITSYN; ILINOVA, 2017); organizações financeiras (COLAPINTO; PORLEZZA, 2012); organizações não governamentais (ONGs) ou associações (NORDBERG, 2015; KOLEHMAINEN et al., 2016; GRUNDEL; DAHLSTROM, 2016); e organizações intermediárias (VAN HORNE; DUTOT, 2017).

Na perspectiva de usuária da inovação, os usuários estão no centro do modelo e se incentiva o desenvolvimento de inovações que sejam pertinentes para eles. Os cidadãos ou usuários impulsionam os processos de inovação. Neste sentido, novos produtos, serviços e soluções inovadoras são desenvolvidos com o envolvimento dos usuários em seu papel de usuários líderes, co-desenvolvedores e cocriadores (CARAYANNIS; RAKHMATULLIN, 2014). Os usuários podem ser definidos de várias maneiras, entre elas: usuários comuns ou

amadores, usuários profissionais, consumidores, funcionários, residentes, cidadãos, organizações ou associações da sociedade civil (ARNKIL et al., 2010).

O envolvimento dos usuários não se dá somente no processo de desenvolvimento. Advoga-se que os usuários também teriam o poder de propor e criar demandas para novos tipos de inovações, além de se conectarem com as partes interessadas em toda a indústria, academia ou governo (ARNKIL et al., 2010). O papel dos atores das outras três hélices seria apoiar os cidadãos no desenvolvimento das atividades de inovação, ou seja, fornecer ferramentas, informações e fóruns (CARAYANNIS, RAKHMATULLIN, 2014; MULYANINGSIH, 2015).

Há também a representação da quádrupla hélice como organização financeira. Colapinto e Porlezza (2012) consideram o financiamento como um dos principais impulsionadores do processo de inovação, por isso, a necessidade das organizações financeiras para fomentar o crescimento da receita e a comercialização nos ambientes de inovação.

No que se refere à associação, como representante da quádrupla hélice, Mulyaningsih (2015) a considera com o papel de incentivar o fortalecimento e aprimoramento das empresas de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação) nos Parques Científico-Tecnológicos. As associações também atuam no desenvolvimento das empresas para atingir novos mercados, com forte papel de conexão, capacitação e apoio regulatório às empresas associadas (MINEIRO; CASTRO; AMARAL, 2019).

Van Horne e Dutot (2017) adicionam as organizações intermediárias como representantes da sociedade. Essas organizações podem ser internas às universidades (escritórios de transferência de tecnologia), externas (associações sem fins lucrativos ou patrocinadas pelo governo) ou entre os dois (incubadoras ou parques científicos). Neste sentido, Lindberg, Lindgren e Packendorff (2014) reforçam que, para que a sociedade civil tenha um papel ativo em programas e projetos de sistemas de inovação, é necessário que organizações intermediárias desempenhem papéis significativos na articulação entre governo, empresa, universidade e a sociedade em si.


Fonte: Mineiro, Andréa Aparecida da Costa. Hélice Quádrupla e Quíntupla e seus Relacionamentos em Parques Científico-Tecnológicos Consolidados no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Lavras, 2019. p. 29-30.

Quíntupla Hélice

Além da sociedade, questões relacionadas à sustentabilidade ambiental também precisam ser consideradas para um desenvolvimento não agressivo ao planeta. Neste sentido, emerge a quíntupla hélice como um modelo baseado nas hélices tríplice e quádrupla, incorporando o tema meio ambiente ao considerar a crescente preocupação com o aquecimento global e questões sustentáveis (CARAYANNIS; CAMPBELL, 2011; CARAYANNIS; CHEREPOVITSYN; ILINOVA, 2017).

Ao longo dos anos as questões ambientais tornaram-se cada vez mais sérias. Vários países se uniram para desenvolver estratégias e planos para a questão da sustentabilidade do planeta visando amenizar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa (CHEN; CHIEN; HSIEH, 2013). Entre essas estratégias, destaca-se a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) que é um documento com medidas transformadoras para a promoção do desenvolvimento social e sustentável. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169 metas para erradicação da pobreza e promoção digna da vida, considerando os limites do planeta (ONU, 2015).

Dentre os ODS, doze deles se relacionam aos aspectos de sustentabilidade ambiental, incluindo questões climáticas (ONU, 2015). O aquecimento global representa uma questão ecológica que demanda da sociedade soluções sustentáveis. Novos objetivos políticos devem ser formulados considerando os limites de emissão de CO2 na busca por uma sustentabilidade de longo prazo (CARAYANNIS; BARTH; CAMPBELL, 2012).

A quíntupla hélice pode ser vista como uma estrutura transdisciplinar que analisa o desenvolvimento sustentável e a ecologia social. O modelo aponta que um equilíbrio sustentável entre os caminhos do desenvolvimento da sociedade e da economia, com seus ambientes naturais, é essencial para a continuidade do progresso das civilizações humanas (CARAYANNIS; CAMPBELL, 2011). Grundel e Dahlstrom (2016) reforçam que a transformação em uma sociedade sustentável requer inovações impulsionadas por desafios e novas colaborações entre mais atores.


Fonte: Mineiro, Andréa Aparecida da Costa. Hélice Quádrupla e Quíntupla e seus Relacionamentos em Parques Científico-Tecnológicos Consolidados no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Lavras, 2019. p. 31-32.

R

Registro de Desenho Industrial

Segundo o Art. 95 da Lei 9279/96 "considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial". Um desenho é considerado original se for uma criação livre e originar uma configuração visual distintiva, não uma cópia ou uma imitação de desenhos existentes.

Também segundo o Art. 100 da Lei 9279/96, não é registrável como desenho industrial:

"I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração;

II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais."


O registro é feito no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), vale por 10 anos e pode ser renovado por três períodos de cinco anos cada.


Fonte: LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996.

Registro de Marca

Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) "marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços". O registro, quando concedido, é renovável a cada dez anos.


Fonte: https://www.gov.br/inpi/pt-br

Registro de Patente

Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Com este direito, o inventor ou o detentor da patente tem o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou importar produto objeto de sua patente e/ ou processo ou produto obtido diretamente por processo por ele patenteado. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.

Os tipos de patente são:


Fonte: https://www.gov.br/inpi/pt-br

Registro de Programa de Computador

O Programa de Computador é um direito autoral que no Brasil, atualmente, é registrado e protegido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O registro possui validade internacional nos 175 países signatários da Convenção de Berna.

Segundo a Lei 9.609/98 o "programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados".

A Lei 9.609/98 ainda apresenta no Artigo 2º que "fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de computador pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação".

O registro do Programa de Computador viabiliza direitos semelhantes aqueles da patente, por exemplo, quanto a comercialização e transferência de direitos, provendo segurança jurídica aos negócios.

Não são objetos de registro para um Programa de Computador:


Fonte: LEI Nº 9.609 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

S

Sandbox regulatório (ambiente regulatório experimental)

Conjunto de condições especiais simplificadas para que as pessoas jurídicas participantes possam receber autorização temporária dos órgãos ou das entidades com competência de regulamentação setorial para desenvolver modelos de negócios inovadores e testar técnicas e tecnologias experimentais, mediante o cumprimento de critérios e de limites previamente estabelecidos pelo órgão ou entidade reguladora e por meio de procedimento facilitado.


Fonte: LEI COMPLEMENTAR Nº 182, DE 1º DE JUNHO DE 2021 (Marco Legal das Startups).

Seed Capital (ou Capital Semente em português)

Capital semente é um modelo de financiamento dirigido a projetos empresariais em estágio inicial ou estágio zero, em fase de projeto e desenvolvimento, antes da instalação do negócio, onde um ou mais grupos interessados investem os fundos necessários para o início do negócio, de maneira que ele tenha fundos suficientes para se sustentar até atingir um estado onde consiga se manter financeiramente sozinho ou receba novos aportes financeiros.

O capital semente apoia startups, empreendimentos promissores em fase de implementação e organização de operações, muitos deles concebidos no seio das incubadoras de empresas. Neste estágio inicial, os aportes financeiros ajudam, entre outras funções, na capacitação gerencial e financeira do negócio.

O capital semente é geralmente usado para bancar operações iniciais, como desenvolvimento de produto e pesquisa de mercado. Os investidores são geralmente os próprios fundadores do negócio, utilizando recursos próprios ou capital emprestado de família e amigos. Podem também ser investidores anjo, investidores de risco ou fundos de investimento. Geralmente o capital semente não é uma grande quantia de dinheiro.

O investimento semente pode se diferenciar do investimento de risco na forma que o investimento de risco geralmente envolve uma quantia significativamente maior de dinheiro, além de ter uma complexidade muito maior nos contratos e estrutura corporativa que acompanham o investimento. Os riscos que envolvem o investimento semente são maiores em relação ao investimento de risco normal, já que o negócio que recebe o capital está em estágio inicial, e provavelmente não tem ainda um produto ou projeto finalizado para ser avaliado.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_semente

Sistema S

Termo que define o conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica, que além de terem seu nome iniciado com a letra S, têm raízes comuns e características organizacionais similares. Fazem parte do sistema S: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Existem ainda os seguintes: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de Transporte (Sest).


Fonte: Agência Senado

Smart-money

O Smart-Money é a modalidade de investimento em que o investidor financeiro também investe seu Know-How para auxiliar a equipe a tracionar seu projeto. Ele é um Mentor-investidor.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Startup

Spillover

Um efeito transbordamento na Economia, por exemplo, é um evento econômico em um contexto que ocorre por causa de outro evento em um contexto aparentemente não relacionado.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_transbordamento

Spin-off

Criação de um negócio novo com base em uma empresa maior chamada de empresa-mãe.


Fonte: https://rockcontent.com/br/blog/glossario-do-empreendedorismo/

Startups

Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional.

De fato, startup é um termo que está na moda e empreender virou o sonho de muita gente, tanto no Brasil quanto fora dele. Um erro comum que permeia a definição de startups é se elas são somente empresas de internet. Não necessariamente, elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais barato e facilmente propagável criar uma empresa online do que uma de agronegócio, por exemplo.

Há bastante espaço para discussão e interpretação do significado real do que é uma startup. Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Há ainda quem diga que a “tia do cachorro-quente” é uma startup e uma franquia de lanches é uma empresa. Se desmembrando a palavra, chegamos ao ato de iniciar algo, seria todo empreendimento um dia uma startup?

A resposta é: não! Existem algumas características que definem esse tipo de empresa que excluem negócios tradicionais. Elas são: modelo de negócio inovador, repetível e escalável e cenário de incertezas.


MODELO DE NEGÓCIOS

Antes de tudo, o modelo de negócios é diferente de um plano de negócios, que foca em estratégias detalhadas para atingir metas, por exemplo. No modelo de negócios, o foco não é necessariamente no produto, mas no valor e, consequentemente, na rentabilidade. Em outras palavras, como o seu negócio soluciona a dor do cliente de forma lucrativa.

Muitas vezes, o desafio do modelo de negócios de startups é criar algo inovador: ou adaptar um modelo de negócios para uma área onde não é comumente aplicado, ou criar um modelo totalmente novo.


REPETÍVEL E ESCALÁVEL

Esses dois fatores são super importantes para uma startup, uma vez que sem eles o negócio tem grandes chances de se tornar insustentável. Quem empreende com uma startup nunca sabe o dia de amanhã: afinal, a empresa terá capital para se manter? Essa é uma pergunta vital para esse negócio. Um produto repetível e escalável traz inúmeras vantagens, uma vez que ele promete atingir um grande número de clientes e gerar lucro de forma rápida!

Para um negócio ser repetível significa que ele é capaz de entregar o mesmo produto em escala potencialmente ilimitada. Dessa forma, não é viável muitas customizações ou adaptações, pois a meta é multiplicar. Já ser escalável significa crescer cada vez mais sem que isso influencie no modelo de negócios. Como resultado, um modelo de negócio repetível e escalável que tem um fit no mercado tem grandes chances de ser uma startup de sucesso.


CENÁRIO DE INCERTEZAS

Criar uma startup é fugir do tradicional. Como procura ser disruptiva, dificilmente uma startup vai ter um manual de como ser bem sucedida. Não há como afirmar se a ideia ou projeto de empresa irão realmente deslanchar. Dessa forma, o caminho a ser trilhado e os passos que o empreendedor deve tomar são minimamente incertos.

É justamente por esse ambiente, recorrente até que o modelo de negócios seja bem definido, que tanto se fala em investimento para startups. Sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca por um modelo de negócios que comece a gerar grana e se sustente. O ideal é o negócio sobreviver até a comprovação de que o modelo existe e sua receita comece a de fato crescer. Caso contrário, provavelmente será necessário uma nova rodada de investimentos para que essa startup se torne uma empresa sustentável.

Uma forma de lidar melhor com esse cenário de incertezas é o produto mínimo viável, também conhecido como MVP. Ele tem o objetivo de validar uma solução e ajudar a entender o que o cliente realmente quer gastando o mínimo possível.


Fonte: https://www.startse.com/artigos/o-que-e-uma-startup/

T

Technology Readiness Levels - TRL (Nível de Maturidade Tecnológica)

A escala TRL/MRL (Technology Readiness Levels/Manufacturing Readiness Levels) é utilizada para a avaliação de uma tecnologia de acordo com seu grau de desenvolvimento e seu enquadramento em Níveis de Maturidade Tecnológica.  TRLs referem-se aos níveis de maturidade de um produto (ativo tangível), enquanto MRLs são adotados para designar os níveis de maturidade de um processo de produção (ativo intangível). Assim, as TRLs e MRLs indicam o quão pronto se encontra um produto ou um processo, respectivamente,  em sua escala de desenvolvimento.

O uso da escala TRL/MRL permite o acompanhamento de ativos tecnológicos durante os processos de pesquisa, desenvolvimento e validação, bem como possibilita comparação direta entre ativos. Por possuir uma linguagem universal, a correta aplicação desta escala facilita o entendimento de gestores, equipes internas e parceiros externos sobre a real fase de desenvolvimento de cada ativo, bem como os esforços necessários para a sua finalização e disponibilização aos públicos-alvo. Nesse contexto, viabiliza a gestão dos resultados da pesquisa e do pipeline de ativos da Empresa, assim como potencializa oportunidades de negócio e a transferência de tecnologias.

Verificar a caracterização de cada nível em: https://www.embrapa.br/escala-dos-niveis-de-maturidade-tecnologica-trl-mrl

Tríplice Hélice

O modelo de Hélice Tríplice, proposto por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), parte da interação entre três atores principais (universidade, empresa e governo) para explicar a dinâmica da inovação tecnológica. A interação entre as três esferas caracteriza um processo recursivo, ou seja, se repete infinitamente ao ponto de ser representado por uma espiral (LEYDESDORFF; ETZKOWITZ, 1998; ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000). Etzkowitz e Leydesdorff (1995) e Leydesdorff (2000) reforçam que essas interações devem ser funcionais e institucionais, sendo necessária uma ampla relação entre organizações para se caracterizar uma inovação em movimento e em constante transição.

A Hélice Tríplice ajuda na compreensão dos processos de inovação, sendo que, de forma sintetizada, a universidade responde pelo conhecimento, a empresa tem a aplicação prática e o governo financia e minimiza as dificuldades para a implantação e o desenvolvimento da cultura de inovação  (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1995, 2000; LEYDESDORFF; ETZKOWITZ, 1998; PIRES, 2014). As interações inerentes aos agentes (universidade, empresa e governo) são fundamentais para melhorar as condições de inovação em uma sociedade inovadora (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000; LOMBARDI et. al., 2012; CAMBOIM, 2013).


Fonte: Mineiro, Andréa Aparecida da Costa. Hélice Quádrupla e Quíntupla e seus Relacionamentos em Parques Científico-Tecnológicos Consolidados no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Lavras, 2019. p. 25.

U

Unicórnio

O termo startup unicórnio foi mencionado, em 2013, no artigo “Welcome to the unicorn club: learning from billion-dollar startups”. Ele poderia ser traduzido como “Bem-vindo ao clube dos unicórnios: aprendendo com as startups de um bilhão de dólares”, e é de autoria da investidora Aileen Lee.

Aileen entendeu que a palavra unicórnio se encaixava às startups com valor de US$ 1 bilhão devido ao fato de ser extremamente raro encontrá-las. No artigo, ela menciona que os primeiros unicórnios nasceram nos anos de 1990, com o Google, e em 2000, com o Facebook.


Fonte: https://renovainvest.com.br/blog/o-que-e-uma-empresa-unicornio/

V

Valuation

Valuation é um termo em inglês que significa “Avaliação de Empresas”, “Valoração de Empresas” ou “Arbitragem de Valor”.

Esta área de finanças estuda o processo de se avaliar o valor de determinado ativo, financeiro ou real. Pela definição adotada, percebemos que a técnica de valuation pode ser aplicada para determinar o valor de um ativo qualquer, seja ele real, como um imóvel, ou financeiro, como uma ação, ou o valor de uma dívida, como uma debênture; e ainda o valor global de uma empresa.

É comum também ouvirmos o termo valuation como o resultado do processo de avaliação. Assim, por exemplo, podemos nos deparar com a seguinte afirmação: “o valuation da empresa ‘X’ é de R$ 500 milhões”.

O cálculo do valuation parte do princípio de que qualquer ativo vale algo em razão dos fluxos de caixa futuros que irá proporcionar ao investidor. Dito de outra forma, quando alguém investe em determinado ativo, o objetivo é receber algum valor em troca no futuro, e especialmente, que esse valor seja uma quantia de dinheiro superior ao investimento realizado. Desse modo, o valuation procura relacionar o valor do ativo ao nível, à incerteza e a expectativa de aumento nos fluxos de caixa futuros que o investimento irá proporcionar.

É lógico que aquisições realizadas puramente por questões emocionais ou estéticas estão fora do escopo do valuation. Devemos ter em mente que o processo de avaliação, o valuation, não é uma ciência exata. Por outro lado, também não se deve considerar o valuation como uma forma de arte, na qual os números podem ser manipulados para atingir o valor desejado.

Ao calcular o valuation de um determinado ativo, o analista trabalha com muitas estimativas e se depara com incertezas. Portanto, quanto mais explícitas forem as premissas do cálculo, maior clareza teremos acerca do resultado encontrado.


Fonte: https://fia.com.br/blog/valuation/

Venture Capital (Capital de Risco)

Venture capital, ou capital de risco, é uma modalidade de investimento em que o dinheiro é aplicado em empresas jovens com expectativa de crescimento rápido e rentabilidade alta. 

No Brasil, os fundos de venture capital são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e são constituídos como Fundos de Investimento em Participações (FIP), ou Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE). 

Por se tratar de uma modalidade de investimento em empresas iniciais, o venture capital é considerado um investimento de risco elevado.


Fonte: https://distrito.me/blog/venture-capital-o-que-e-e-como-funciona/

W

Web3

Na prática, a terceira fase da internet, também conhecida como Web3, é gerida por meio de blockchains, que são plataformas de acesso público que armazenam os dados e transações dos usuários. Por meio delas, a Web3 promete descentralizar a rede e limitar a influência das grandes empresas de tecnologia, permitindo que as pessoas possam escolher em qual centro de dados suas informações serão armazenadas. Em suma, o objetivo dos desenvolvedores da Web3 é retomar o protocolo aberto e descentralizado da internet.

Quando apresentada ao grande público, a World Wide Web permitia pouca interação e as informações ainda eram centralizadas - ou seja, as pessoas tinham acesso, mas não produziam conteúdos. Isso mudou com a revolução da web 2.0, que permitiu a interação entre os usuários a partir de blogs, chats e redes sociais. Apesar da inovação, essa fase trouxe consigo uma problemática: os usuários fornecem suas informações pessoais para personalizar as experiências de uso, mas ficam suscetíveis ao vazamento ou venda de seus dados.

A revolução proposta pela Web3 tem potencial para alterar os mais variados aspectos do nosso cotidiano. A expansão do metaverso, por exemplo, deve influenciar a forma como nos entretemos e interagimos, o que já tem sido observado e, em certo nível, capitalizado pelas empresas. Outro setor que deve ser fortemente impactado pela nova fase da internet é o financeiro.

Um dos conceitos fundamentais da Web3 é a tokenização. Esse processo consiste no registro digital de dados em uma rede blockchain. Em outras palavras, as informações são criptografadas e armazenadas em um banco de dados que pode ser verificado publicamente, mas não pode ser alterado sem que haja um novo registro.

A partir desse processo surgiram novas modalidades de administrar negócios e de adquirir bens e serviços. Como exemplo, podemos citar as populares NFTs, ou token não fungíveis na sigla em inglês, que representam a posse específica e individual de obras de arte e objetos raros que são comercializados por meio de criptomoedas - outra vertente fundamental da Web3. O mercado cripto, tal qual a nova fase da internet, é baseado no registro público de dados mutuamente intercambiáveis entre os usuários.

Além das empresas privadas, entidades públicas também têm se preparado para a consolidação Web3. Recentemente, o Banco Central do Brasil (BC) anunciou que o Real Digital, moeda virtual emitida pela autarquia, tem grande potencial para funcionalidades de DeF, ou Finanças Descentralizadas - como são conhecidas as transações que descartam intermediários financeiros centrais, como corretoras, exchanges e bancos.

Segundo o BC, os ativos digitais poderão ser programados e liberados mediante regras estabelecidas em contratos inteligentes, uma ferramenta da descentralização da economia que descarta a mediação de operações financeiras por terceiros. Ainda em testes, o Real Digital deve ser lançado em 2023.

Com isso, é perceptível que as empresas e governos que se prepararem para essa nova fase da tecnologia e da economia estarão melhor posicionadas na corrida por esse mercado que demonstra, cada dia mais, seu poder disruptivo.


Fonte: