A convivência com o semiárido, sentido legitimado a partir de 2003, com a fundação da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), tem como foco, por meio da resiliência ao bioma caatinga, incentivar a criação de animais e o cultivo por meio de tecnologias sociais, sem desconsiderar os aspectos ambientais e sociais locais, além de fixar o homem e a mulher no campo, já que não se combate a seca, mas se convive com o semiárido, ambiente rico em cultura, arte, gastronomia, fauna e flora. Neste sentido, conviver com o semiárido é também reduzir os impactos da degradação e devastação da Caatinga, num processo que pode levar a desertificação. Neste sentido, é preciso valorizar as potencialidades e vocações e voltá-las ao respectivo contexto socioambiental.
O semiárido sustentável e agroecológico se desenvolve ainda que por meio de condições climáticas adversas e por isso os saberes populares precisam se aproximar dos saberes científicos e contextualizar as soluções.
Desse modo, a partir do uso de tecnologias sociais, produtos e serviços podem ser estudados, gerados e comercializados, tendo em vista a aproximação entre agricultores camponeses e familiares, universidade e mercado.