Inventário Participativo do Patrimônio de Maceió em Subsidência
Grupo RELU - Representações do Lugar
FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFAL
RELU - Representações do Lugar
Imagem que representa o Grupo de Pesquisa.
O Grupo de Pesquisa Representações do Lugar (RELU) foi criado em 2004 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas.
Desenvolve pesquisas sobre história, memória, design e patrimônio cultural (material e imaterial), discutindo questões concernentes às mudanças e permanências dos agrupamentos urbanos, concentrando-se nas seguintes Linhas de Pesquisa:
Preservação Patrimonial Urbana;
Inventários para fins de registro ou tombamento do patrimônio cultural;
Análise e representação da forma na arquitetura, na cidade e nas artes;
Representações do lugar a partir das novas tecnologias da informação e comunicação.
Desde 2020, o RELU criou o Tatipirun - Atelier de Criação de Produtos de Educação Patrimonial, voltado para o público infantil.
Inventário Participativo do Patrimônio de Maceió em Subsidência
Imagem que representa o Projeto de Extensão.
A "diáspora" ocasionada pela necessidade de evacuação da área atingida causou o enfraquecimento e risco de desaparecimento definitivo não apenas do patrimônio material, que é o construído, mas de tradições que sempre foram muito presentes na cultura alagoana, muitas das quais são frutos de resistências de grupos que descendem de africanos escravizados e indígenas.
Essas tradições consistem de folguedos populares como os grupos de quadrilha e coco de roda, cuja existência está relacionada exclusivamente da relação com a territorialidade e proximidade geográfica dos brincantes, já que os grupos eram formados por parentes e vizinhos, os quais foram realocados distantes uns dos outros, inviabilizando a continuação das tradições.
Como a cidade é o objeto de estudo de arquitetos e urbanistas, as professoras da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFAL, Adriana Capretz Manhas e Adriana Guimarães Duarte, líderes do Grupo RELU – Representações do Lugar – sabendo da sua responsabilidade diante da tragédia e, desta inquietação, criaram um projeto de extensão que desde janeiro de 2021 vem se empenhando em fazer o inventário participativo do patrimônio cultural da área atingida, que corresponde atualmente a cinco bairros.
A metodologia para o inventário participativo é a mesma já aplicada pelo IPHAN, a partir da experiência adquirida pelo grupo RELU em 2014, quando participou do projeto pioneiro que fez o Inventário Participativo das Referências Culturais de Alagoas.
Além de registrar o patrimônio material e imaterial dos bairros de Maceió em situação de afundamento, a partir do olhar de seus moradores, o inventário participativo que vem sendo elaborado pelo grupo visa subsidiar políticas públicas voltadas para a região, culminando em documentos que ficarão disponíveis em um banco de dados que será criado ao final do projeto e será enviado para instituições públicas e privadas envolvidas na situação.