Centenário de Sophia

Para celebrar o centenário de Sophia de Mello Breyner Andersen o Externato realizou algumas atividades. Nesse dia, 6 de novembro, os alunos foram convidados a visitar uma exposição na biblioteca e no corredor. Na aula de Apoio ao Estudo, quisemos saber como foi preparar e participar nesse evento. Cada uma das turmas entrevistou uma professora de português, a professora Ana Rita Ribeiro (PARR), a professora Carla Melo (PCM) e a professora Chantal Barreto (PCB), bem como um aluno, Matilde Godinho (MG), Joana Ghira (JG) e Francisco Costa (FC).
Entrevista do 6º A à professora Ana Rita Ribeiro (PARR)6º A – Qual foi o maior obstáculo ao criar este projeto? PARR – De início, havia várias ideias para celebrar o centenário de Sophia. Assim, foi difícil conciliá-las a todas de forma a arranjar uma ideia final apelativa e uma conclusão definitiva. 6º A – O que gosta mais em Sophia?PARR – Sempre achei bonita a forma como ela olha para a vida e a importância que atribui às palavras.6º A – Qual é a sua obra favorita de Sophia? PARR – Não tenho nenhuma obra que possa apontar como sendo a minha favorita. Contudo, há um poema de que gosto muito – Ausência. 6º A – Gostaria de ter conhecido Sophia? Se sim, porquê? PARR – Sim, gostaria muito de ter conhecido Sophia. A importância que esta poetisa atribui à cultura e à escrita de palavras é inspiradora e, hoje em dia, fazem falta pessoas que estimem o lado mais humanista da sociedade.
Entrevista do 6º A à aluna Matilde Godinho (MG)6º A – Já leste algum livro de Sophia? Se sim, qual recomendarias?MG - Sim, já li o livro A Noite de Natal e recomendá-lo-ia aos meus colegas, pois a história é muito interessante. 6º A – O que é que esta escritora significa para ti?MG – Quando me lembro de Sophia relaciono-a com a palavra inspiração.6º A – O que é que aprendeste com o centenário de Sophia?MG – Aprendi que Sophia é uma pessoa importante e que influenciou a educação de vários jovens.6º A – Qual a tua opinião sobre Sophia?MG – Para mim, Sophia era uma pessoa bastante inteligente e bondosa.
Entrevista do 6º B à professora Carla Melo (PCM)6º B - Gostou de realizar este trabalho sobre Sophia de Mello Breyner? PCM - Eu gostei muito da exposição, até porque a ajudei a preparar e estive envolvida na sua montagem, juntamente com as outras professoras de Português.6º B - Gostou do resultado final do trabalho?PCM - Sim, gostei muito do resultado final do trabalho pois, para além de me ter dado um grande prazer prepará-lo, este trabalho foi realizado numa parede que se encontra “despida” no corredor do Externato.6º B - Gosta da poesia de Sophia?PCM - Gosto muito da poesia de Sophia. Gosto especialmente dos poemas cuja temática se encontra relacionada com o mar, pois tenho uma ligação quase tão forte como Sophia a este elemento.6º B - De onde surgiu a ideia de criar um mural com textos dos alunos?PCM - Confesso que a ideia não foi minha. Esta surgiu por parte da professora Chantal e agradou a todas as professoras de Português, tendo o resultado sido extraordinário.
Entrevista do 6º B à aluna Joana Ghira (JG)6º B - Gostaste das atividades preparadas?JG - Sim, gostei muito das atividades.6º B - Qual é o teu poema favorito de Sophia? JG - Gosto de vários poemas de Sophia, sobretudo daqueles que se relacionam com o mar.6º B - O que não gostaste nas atividades?JG - Gostei de tudo! Todas as atividades estavam muito interessantes.6º B - Qual foi a atividade de que mais gostaste?JG - Eu achei a atividade do mural muito interessante, mesmo não tendo escrito nada lá.
Entrevista do 6º C à professora Chantal Barreto (PCB)6º C - Para preparar as atividades, inspirou-se nalgum episódio da vida de Sophia, nalguma obra?PCB - Não me inspirei em nenhuma obra em especial. Considero toda a obra de Sophia muito especial, principalmente a sua poesia, que considero genial.Em relação aos contos infantis que vocês conhecem, estes ajudam-me a compreender um pouco mais a personalidade da escritora e, também, considero que são importantes para desenvolver a vossa criatividade e a vossa capacidade de sonhar.6º C - Como foi a dinâmica da preparação deste dia?PCB - Este dia foi pensado por todas nós com muito carinho, uma vez que todas nós somos grandes apreciadoras da prosa e poesia de Sophia. Tentámos arranjar atividades que mostrassem um pouco da sua vida e obra, incluindo uma fotogaleria, para que todos vissem como Sophia era real.6º C - Sente que se Sophia visse o que preparou, ir-se-ia sentir homenageada? Se sim, porquê?PCB - Julgo que iria apreciar o nosso gesto de a dar a conhecer a todos vocês e, provavelmente, declamaria uma poesia ou leria um dos seus contos.6º C - Qual é a sua opinião em relação ao produto final apresentado neste dia?PCB - Todos nós gostámos do produto final, em especial, do mural de poesia, lugar onde os alunos puderam expressar a sua veia poética. Pessoalmente, eu considero muito positivo dar a conhecer aos alunos a vida e obra de escritores tão fascinantes como Sophia de Mello Breyner Andresen e outros que se seguirão.
Entrevista do 6º C ao aluno Francisco Costa (FC)6º C - O que achaste desta exposição sobre Sophia de Mello Breyner?FC - Foi giro e gostei muito dos poemas.6º C - Achas que esta exposição te ajudou a descobrir mais sobre Sophia?FC - Sim, com esta exposição fiquei a saber mais sobre a vida de Sophia.6º C - Qual a tua atividade favorita?FC - Gostei bastante de ver os documentários e entrevistas.6º C - Gostavas que os professores repetissem estas atividades frequentemente?FC - Sim, porque achei esta atividade muito gira e interessante.6.º ano

FERNANDO LOPES GRAÇA

Fernando Lopes Graça nasceu a 17 de dezembro de 1906 e foi um grande compositor português. Ele criou diversas obras tanto para orquestra, como para piano. Algumas das suas obras mais conhecidas são: as Variações sobre um Tema Popular Português (piano), em 1927; as Primeiras Versões de Sonatinas para Violino e Piano, em 1931; a composição para a obra “A Menina do Mar” (1961).Na época em que ele nasceu, era costume as pessoas começarem a trabalhar ainda muito novas. Assim, com 14 anos, Lopes Graça foi trabalhar como pianista para o Cineteatro de Tomar, uma vez que os filmes eram mudos e acompanhados por um piano.Em 1923, frequentou o curso superior do Conservatório de Lisboa, no qual teve como professores Adriano Meira, no curso superior de piano; Tomás Borba, na disciplina de composição; Luís de Freitas Branco, em ciências musicais. Mais tarde, frequentou a disciplina de virtuosidade, onde teve como professor o Mestre Vianna da Motta, o maior pianista português. No entanto, devido à sua oposição contra o regime existente, acabou por abandonar o curso como forma de protesto político.Concorreu a um lugar de professor para o Conservatório Nacional, tendo obtido a classificação mais elevada. Ficou colocado como professor de solfejo e piano, no entanto, nunca chegou a exercer este cargo pois foi preso pela polícia política.Depois de ser libertado, ganha uma bolsa de estudo na área da música em Paris. A decisão do júri foi anulada por ordem da polícia política e Lopes Graça foi novamente preso. Passado apenas dois anos foi libertado, altura em que viajou para França com o objetivo de estudar música.Cinco anos mais tarde, foi-lhe dada a possibilidade de adquirir a nacionalidade francesa, proposta que recusou. Consequentemente, acabou por ser obrigado a regressar a Portugal.Lopes Graça foi nomeado para dirigir os serviços de música da Emissora Nacional. Contudo, recusou esta proposta, uma vez que lhe era exigido a assinatura de uma declaração de “repúdio ativo do comunismo e de todas as ideias subversivas”.Nos anos cinquenta as orquestras são proibidas de tocar obras de Fernando Lopes Graça; roubam-lhe os direitos de autor; anulam-lhe o diploma de professor e é obrigado a abandonar a Academia dos Amadores de Música, à qual só regressa em 1972.Com a indispensável ajuda de Michel Giacometti (também ele um apaixonado por Portugal), Lopes Graça dá asas ao seu interesse nacionalista e partem os dois de região em região. Nesse trabalho fazem uma recolha das melodias tradicionais portuguesas que foram por ele harmonizadas para coro a capella.O título “Grande Oficial da Ordem Militar Sant’lago de Espada” foi-lhe atribuído a 9 de abril de 1981 e a 2 de fevereiro 1987 foi agraciado com a “Grã-Cruz da Ordem de Infante D. Henrique”.Fernando Lopes Graça foi autor de uma vasta obra literária, mas maior ainda era a sua obra musical. Morreu em 1994, mas não sem antes ter marcado a história da música portuguesa do século XX.
6.º ano