Manuela Matos Monteiro
FOTOGRAFIA
Palestra - 29 de maio - 14h15 - Auditório
FOTOGRAFIA
Palestra - 29 de maio - 14h15 - Auditório
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL
DE 26 a 30 DE MAIO DE 2025
P0 - Auditório
Nasceu e vive no Porto.
Licenciada em Filosofia e Psicologia é autora de vários livros de Psicologia, Psicossociologia, Metodologia de Projeto e Pedagogia publicados pela Porto Editora. Desenvolve desde a década de 1970 trabalho fotográfico tendo participado em exposições coletivas e individuais. Entre outras, é coautora com João Lafuente da exposição oficial que assinalou os 250 anos da Região Demarcada do Douro. «Douro: o tempo e a terra». Tem vários prémios em concursos e expôs trabalhos seus em Florença, Berlim, Miami, Kansas City, Istambul entre outras. Integrou vários júris em concursos nacionais e internacionais. É curadora de várias exposições.
Dirige, desde outubro de 2013, com João Lafuente, as galerias MIRA FORUM, Espaço MIRA e desde abril de 2017 a galeria MIRA | artes performativas.
É curadora com João Lafuente do Ciclo de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa.
Manuela Matos Monteiro, cofundadora do Projeto MIRA (Espaço Mira, Mira Fórum e Mira | Artes Performativas), fala sobre a transformação de Campanhã, no Porto, num polo cultural inesperado.
Tudo começou com a paixão pela fotografia, partilhada com o marido, João Lafuente.
O casal procurava um espaço para reunir fotógrafos e promover trocas culturais.
Em 2012, descobriram armazéns abandonados em Campanhã e, apesar da localização improvável, apaixonaram-se pelo local.
Impacto em Campanhã:
O projeto trouxe vida a uma zona antes negligenciada, atraindo pessoas que nunca visitariam Campanhã.
A relação com a vizinhança foi construída com respeito e naturalidade, sem imposições.
A visita do Presidente da República (2017) aumentou a autoestima da comunidade, mostrando Campanhã sob uma nova perspetiva.
Desafios e Filosofia:
Rejeitaram propostas comerciais (como bares ou restaurantes) para manter o foco na cultura.
O MIRA tornou-se um centro cultural plural, com exposições, debates, performances e cinema.
Acreditam na mistura social, evitando guetização ou colonialismo cultural.
Visão para o Futuro:
Preocupação com a gentrificação e a perda de identidade de Campanhã.
Defendem um desenvolvimento que respeite a comunidade local.
Atualmente, estão a documentar a história da Rua de Miraflor através de depoimentos dos moradores.
Perspetiva Pessoal:
Otimista por natureza, acredita que até das adversidades surgem oportunidades.
Recusa a ideia de ser vereadora da Cultura, preferindo manter-se ativa no projeto MIRA.
O MIRA é mais do que um espaço cultural: é uma intervenção social que valoriza a comunidade e a arte, mostrando que a cultura pode florescer em qualquer lugar.
https://www.facebook.com/manuelamatosmonteiro