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Origens do racismo

O racismo se originou por volta dos séculos XVI e XVII quando os europeus tiveram o domínio das terras do “Novo Mundo” (continente americano que era chamado entre eles desse modo). O genocídio dos povos nativos e a escravização de africanos foi uma base para a criação injusta de uma hierarquia racial feita pelos brancos europeus da época.

Os europeus da época consideravam que eles seriam mais inteligentes e capazes de dominar e prosperar, eles relacionavam muitas vezes os negros e indígenas a animais.

Racismo Estrutural

Racismo estrutural é o termo usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base na discriminação, que privilegia algumas raças em detrimento das outras. No Brasil, nos outros países americanos e nos europeus, essa distinção favorece os brancos e desfavorece negros e indígenas.


Essa estrutura social que possibilitou a manutenção do racismo ao longo da história, inclusive do Brasil, pode ser contada a partir das próprias leis do país algumas delas são da época em que os negros eram escravizados, é claro, mas outras vieram depois da abolição.


Essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Exemplos disso são:


1. O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite, como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à exclusão social.


2. Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente. Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que por desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece quando fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua cor de pele.



Racismo Institucional

O conceito foi criado para especificar como se manifesta o racismo nas estruturas de organização da sociedade e nas instituições. De uma maneira geral, ele é definido como privilégio a determinado grupo de indivíduos em detrimento de outros, em razão da etnia à qual estes pertencem, revelando-se na diferença de tratamento, distribuição de serviços ou benefícios.


Um exemplo é o segurança de uma empresa abordar um novo profissional que chega ao trabalho apenas por ser negro. Outro exemplo é priorizar a contratação de pessoas brancas.


As principais consequências são desigualdade salarial e de oportunidades entre brancos e pretos.


Racismo Individual

O racismo individual é expresso em atitudes discriminatórias individuais, através de estereótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas características étnicas que a sua.

Dessa maneira, temos expressões como "é preto, mas é limpinho" ou "índio bom é índio morto" que revelam o profundo desprezo a todo um grupo.

Racismo Cultural


Resulta na crença de que existe superioridade entre as culturas existentes, no amplo sentido que "cultura" engloba religião, costumes, línguas, dentre outras.


O racismo cultural foi usado como justificativa para colonizar e dominar territórios desde a Antiguidade. Na época moderna, esse tipo de racismo pode incluir elementos do racismo institucional e individual.