Gastronomia Porto

É certo e sabido que no Porto e Norte de Portugal há verdadeiras iguarias gastronómicas. Por isso, aproveitamos para recomendar uma escapadinha para experimentares alguns pratos típicos, como a Feijoada à Transmontana. Das belas paisagens desta zona do País à deliciosa cozinha tradicional, não faltam motivos para fazer um roteiro gastronómico, com foco nos pratos típicos do Porto e Norte. Vais, certamente, ficar com ‘água na boca’.  Neste artigo, vais encontrar apenas algumas ideias, mas garantimos que são deliciosas. Além disso, deves experimentá-las pelo menos uma vez na vida. Antes disso, fica o aviso: nunca será apenas uma vez. Depois da primeira, não vais resistir à segunda, nem à terceira!

A Francesinha é um prato típico da cidade do Porto e consiste numa sanduíche com carne de vaca, linguiça, salsicha fresca, queijo e molho. Há muitas variações da francesinha. No entanto, o ingrediente essencial e mais importante é o molho. Cada restaurante tem a sua própria receita, uns mais picantes, outros mais adocicados; há quase que um molho para todos os gostos e, por isso, uma francesinha perfeita para qualquer um! É difícil confirmar qual a Francesinha original, mas reza a lenda que nasceu no restaurante A Regaleira. O dono, Daniel David Silva, foi emigrante em França, voltou ao seu país, abriu este espaço e inventou este prato. Quanto ao nome, diz-se que está relacionado com a sua inspiração, o croque monsieur francês, uma sanduíche semelhante à Francesinha sem as carnes e o molho. A ideia terá sido adaptar este prato à gastronomia portuense, amante de comidas quentes e paladares fortes.

Não apenas é um prato emblemático da cidade, como está na origem do apelido dos habitantes do Porto: tripeiros. As tripas à moda do Porto são um prato com feijão onde não podem faltar o salpicão, as carnes, a orelheira, a mão de vaca, chouriça e, claro, as tripas. É um prato, normalmente, acompanhado de arroz branco. Ideal para um almoço de domingo, onde se juntam família e amigos e se cozinha num grande panelão, a história deste prato portuense remonta a 1415, tempo do rei D. João I. Diz-se que o monarca, juntamente com os seus dois filhos, preparava uma expedição a Ceuta para tomar a cidade, pelo que D. Henrique ficou encarregue de preparar as navegações no Douro e D.Pedro de fazer o mesmo no Tejo. Assim, e no sentido de servir e apoiar o Infante nesta jornada, a cidade doou todos os seus bens alimentares à frota, ficando apenas com as miudezas e as tripas. O prato surge da criatividade dos portuenses de transformarem “os restos” num prato que é hoje um dos mais típicos do Porto. Partilhamos aqui três sugestões de restaurantes, onde podes encontrar deliciosas tripas:

Tal como os fios de ovos, e outra doçaria tradicional portuguesa com base em gemas de ovo, pensa-se que o papo de anjo terá sido criado por freiras portuguesas por volta dos séculos XIV ou XV. As operações de lavandaria, parte do quotidiano conventual, necessitavam de um grande número de claras de ovo para engomar as vestes e hábitos monacais, gerando um grande excedente de gemas.

De acordo com a maioria das receitas, as gemas devem ser batidas até aumentarem para o dobro do seu volume original. Algumas receitas também usam claras de ovo - uma a duas claras para cada dez gemas - batidas em castelo separadamente, e depois cuidadosamente misturadas com as gemas. A mistura é então colocada em formas de muffins untadas, cerca de meia colher de sopa em cada, e cozida até que estejam firmes, mas ainda sem crosta. Em seguida, são levemente cozidas em calda, que pode ser aromatizada com rum, baunilha ou casca de laranja.