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(óleo sobre tela, 139.1 × 374.6 cm, Museum of Fine Arts, Boston)

       O pintor francês Paul Gaugin aconselhou-nos a observar o seu quadro da direita para a esquerda e indicou que os três grupos de figuras principais ilustram as questões (filosóficas) colocadas no título. Assim, as três mulheres com a criança representam o início da vida; o grupo do meio simboliza a existência diária dos jovens adultos; no grupo final,  "uma velha mulher próxima da morte parece reconciliada e resignada com os seus pensamentos" e, aos seus pés, "um estranho pássaro branco (...) representa a futilidade das palavras". O ídolo azul  na parte de trás representa o "Além", a espiritualidade. 

         O quadro constitui uma metáfora da vida, da sua fragilidade e exposição à  passagem do tempo que, inexoravelmente, nos atinge a todos. Mas é igualmente um convite à contemplação da sua beleza e à celebração serena dessa dádiva que nos foi dada. Vive a tua vida com amor e sabedoria!