III Encontro - Fotos e informativo

3º Encontro da Família Meurer

Cafelândia - Paraná

31/01/2010

Histórico da Família Meurer

Tudo começou quando Mattias Meurer embarcou com sua família para o Brasil deixando seu país de origem, Alemanha, em busca de uma vida nova. Em 1828, aportaram ele e sua esposa no Rio de Janeiro, que era capital do Império, e em 12 de novembro do mesmo ano, chegaram ao brique Márquez de Vianna, em menos de 5 meses, exatamente no dia 29 de março de 1829, instalaram-se em São Pedro de Alcântara, que foi a primeira colônia alemã em Santa Catarina. Estes imigrantes tais quais muitos que aqui vieram, provém das regiões do Eifel e Hunsrück, na época, pertencentes ao reino da Prússia, onde hoje é o Estado Alemão Renânia Palatinado.

O segundo a chegar ao Brasil vindo da Prússia e que também foi para Santa Catarina foi Peter Meurer, porém este se instalou na Colônia de Santa Izabel, fundada em 1847, onde hoje ficam as cidades de Águas Mornas e Rancho Queimado na região da serra catarinense. Depois deste, em 1847, veio com destino à Santa Catarina Franz Meurer e Johann Adam Meurer, que moraram na Colônia Piedade fundada no mesmo ano, onde hoje é a Armação da Piedade no município litorâneo de Governador Celso Ramos, esta colônia fundada com 150 pessoas regrediu em poucos anos, devido à área imprópria para a agricultura, por isso muitos mudaram para a Colônia Leopoldina fundada em 1848, onde hoje fica o município de Antônio Carlos ou para o município de Biguaçu. Johann morreu sem ter filhos, porém Franz teve vários descendentes.

Em 14 de agosto de 1858 chegou ao Brasil Simon Meurer, sua esposa Christine Rippel e seu filho Nicolaus Meurer, mas estes se instalaram no Rio Grande do Sul, em Picada Dois Irmãos – São Leopoldo, no mesmo ano, também vieram com destino ao Rio Grande do Sul Johann Peter Meurer com sua esposa Margaretha Pies e mais 3 filhos. Já em 1862 chegaram ao mesmo estado, Jacob Meurer e sua esposa Catharina Jacobs, que se instalaram na Colônia de Santa Cruz atual Santa Cruz do Sul. Vindo também no mesmo ano para o Rio Grande do Sul, Jacob Meurer, sua esposa Helena e seu filho Carlos Meurer.

Dados também relatam que em 1859, veio para o Espírito Santo, Johann Jacob Meurer onde lá ficou instalado com sua família e que também pode haver imigrantes que se estabeleceram no Rio de Janeiro, porém estes podem não ter associações com os de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dados a serem confirmados.

Mattias Meurer nasceu em 1795, na Prússia, filho de Margaretha Putt e Joannes Meurer, era carpinteiro e casado com Anna Maria Marthenthal, teve 8 filhos, os quais os trouxeram muitos descendentes. Um deles, seu bisneto Pedro Daniel Meurer, nasceu em 20 de fevereiro de 1890 em São Ludgero Santa Catarina, filho de Domingos Meurer, que foi um dos desbravadores de Rio Fortuna, e Ana Esser. Pedro Daniel casou-se com Carolina Bloemer em 09 de agosto de 1911 e teve com ela 15 filhos: Ana Meurer casada com Leopoldo Jasper; Maria Meurer casada com Adolfo Jasper; Catarina Meurer casada com Pedro Matias; Fridulino Kilian Meurer casado primeiramente com Adélia Nata Kemper, segundo casamento com Emilia Vamboemer e terceiro casamento com Francisca de Oliveira; Bernardo Ricardo Meurer casado com Izabel Oenning; Verônica Meurer casada com Alexandre de Lima; Antônio Meurer falecido aos três anos de idade; Gertrudes Meurer casada com Teófilo Pavlac; Elizabete Meurer casada com Saturno Hoffman; Guilhermina Meurer casada com Arlindo Polastri; João Pedro Meurer casado primeiramente com Irene Vicente e segundo casamento com Carolina Wisenteiner; Adolfo Meurer casado com Natalia Oenning; Martinho Meurer casado com Florentina Oenning; Amantino Meurer casado com Amélia Brown e Rosa Rainilda Meurer casada com Marcos Vwarmeling.

Todos nasceram em Santa Catarina, mas com o tempo, cada um foi seguindo a sua vida em busca de novas oportunidades.

João Pedro Meurer e Rosa Rainilda Meurer, saíram de Santa Catarina com destino ao Paraná, com suas famílias e mudanças em um caminhão, por volta de 1960, se instalando em Paranavaí, lá João Pedro sua esposa Irene e mais 7 filhos ficaram morando de favor na casa de sua irmã Ana Meurer Jasper e família, enquanto Rosa Rainilda viveu por essa região de Paranavaí por mais ou menos 3 ou 4 anos, depois disto o Sr. Antônio Jasper trouxe Rainilda e família para morar na comunidade Central Santo Antônio, pertencente a Cafelândia, vivendo ali por muitos anos, mudaram-se para a comunidade Anta Gorda, pertencente a Nova Aurora, também lá ficando por muitos anos, depois foram morar no Paraguai e desde 1993 que ela reside em Cafelândia.

Durante o tempo em que João Pedro Meurer morou em Paranavaí teve com sua esposa mais 3 filhos, passando por muitas dificuldades e problemas de saúde. Residiram lá durante 3 ou 4 anos e vieram morar na comunidade do Iguaçuzinho, pertencente a Cafelândia, onde moraram no sítio de seu irmão Amantino Meurer até conseguir comprar alguns alqueires de terra e construir um engenho de farinha, ali teve mais 2 filhos, porém sua esposa veio a falecer em 13 de maio de 1965 deixando-o com 12 filhos para criar. Depois de 1 ano e 7 meses, João Pedro casou-se novamente, tendo 4 filhos com Carolina Wisenteiner. Mudou-se para um sítio na comunidade do Ouro Verde em 1971 e por volta de 1982 começou a mexer com caminhões frangueiros no inicio do abatedouro da Copacol de Cafelândia, sendo o primeiro a transportar os frangos dos aviários para a Copacol, se fixando neste ramo e vindo morar, ele sua esposa e seus filhos que ainda eram solteiros, em Cafelândia. Passou por muitas dificuldades, porém, com o tempo, passou por cima de tudo conseguindo se superar no ramo de transportes, sempre com muita dignidade e honestidade. Seu sonho sempre foi realizar um encontro onde pudesse reunir familiares e descendentes dos Meurer e também saber mais sobre suas origens, porém 1 ano e 2 meses depois de seu falecimento, Waldecir Meurer teve a iniciativa de realizar, também seu sonho, o 1º Encontro da Família Meurer dando um grande passo para continuarmos a realizar esta grande festa.

Hoje em Cafelândia ainda vivem Rosa Rainilda Meurer e uma filha com sua família, a maioria dos filhos e a esposa de Adolfo Meurer, alguns filhos de Elizabete Meurer, a maioria dos filhos de Ana Meurer, alguns filhos de Catarina Meurer, a maioria dos filhos de Fridulino Kilian Meurer, alguns filhos de Verônica Meurer, esposa e alguns filhos de Martinho Meurer e maior parte dos filhos de João Pedro Meurer. De todos estes, os que não residem em Cafelândia, moram aqui na região do Paraná, em Santa Catarina, no Mato Grosso do Norte e alguns descendentes em Rondônia e no Paraguai.

Aqueles que já não estão mais entre nós, restaram à história de toda uma vida sofrida, que hoje é lembrada e celebrada, e que nos tráz um grande orgulho por tudo o que fizeram!

Música para o encontro – missa

A família está neste mundo a cumprir seu destino

Trás herança de berço paterno e materno de outrora

Faz o idoso pensar que ele fosse ainda menino

E brincando com o tempo nos campos como fosse agora

Mas o tempo passou e nós viemos da terra além mar

Desbravando o país quais guerreiros no auge da luta

Nós mostramos que a nossa família só veio somar

Trabalhando, lidando, caindo, se erguendo com a pele enxuta

A família é o elo que une a terra e o céu

Os seus membros são anjos ativos no auxilio de Deus

E Jesus nasceu nela mostrando assim um sinal

Que honrar pai e mãe nos ajuda a livrar-mos do mal

A família que reúne os seus descendentes não perde o passado

Todos lembram histórias vividas por cada povo

Cada traço de estrada sofrida são passos marcados

Trazem rugas e calos nas mãos do que ele passou

Nossos jovens precisam ser cientes do que é o futuro

Orgulhamos dos pais que mostram pra nós o perfil

Nós os Meurer tornamos pra sempre os rebenta muros

Somos força, a fé, a vontade de amar o Brasil.

Autor: Waldecir Meurer

Música para o encontro – apresentação

Queridos Meurer hoje aqui reunidos

Toda família capaz é feliz

Se em nossa festa hoje tem abraços

Há muito tempo que formou raiz

Lá na Europa e no resto do mundo

Nosso governo chamava atenção

O nosso país é do tamanho do céu

Em nossa terra corre leite e mel

Lá tem lugar pra muita imigração

Ouvindo o apelo muita gente veio

De nações pobres e outras arrasadas

Nosso pai Matias e Ana Marthenthal

Deixaram Alemanha e aqui chegava

Em Santa Catarina o navio foi parando

Com outros descendentes já desembarcaram

Os rebenta muros estavam na terra

Com sua família enfrentou as feras

Colônia da origem eles ali fundaram

Um mil oitocentos e vinte e oito

Rasgando as matas plantando o progresso

Santa Catarina também no Rio Grande

Em todo o Brasil os Meurer tem acesso

Esperança e fé vontade no peito

Por todos os recantos a família aumentava

Até mesmo na guerra do Paraguai

Lá foram os Meurer honrar nossos pais

Este nosso sangue fervia e brigava

Hoje são milhares por todo o Brasil

Em todas as instâncias de nossa nação

Estão representando com o nosso nome

Nós estamos certos de vossa atenção

Este nosso elo de capacidade

Trazemos herança do berço paterno

Solicitamos que na boa luta

Se faz necessário ter limpa conduta

Para não manchar um nome que é eterno

Em dois mil e oito outra vez a história

O primeiro encontro entre o nosso povo

Família gigante falta entrosamento

Quem participou já queria de novo

Hoje abraçamos quem veio de longe

De nações vizinhas e de nosso redor

E daquele lago de água parada

Só foi necessário dar uma remada

Que a onda está forte cada vez maior

Nós agradecemos a vossa presença

Todo nosso encontro sempre é fraternal

Aqui partilhamos as nossas histórias

O encontro dos Meurer é o nosso natal

Nascemos crescemos dentro da família

Educação forte moral permitida

A este nosso povo fica um forte abraço

Mas ao regressar vamos lembrar os laços

Estamos em festa celebrando a vida.

Autor: Waldecir Meurer

Fotos e textos enviados pela Comissão do 3º Encontro: encontrofamiliameurer3@hotmail.com