0047 O EVENTO DE 4 DE AGOSTO DE 1972

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ambiente, assim, aumenta substancialmente a ionização e a possibilidade real de contacto,

colisão ou atrito com elementos constituintes do topo da Troposfera. esta energia

adicionasl poderia ser um dos elementos constituintes do aumento de eletricidade atmosférica

naquela altitude.

Quando ocorrem tempestades geomagnéticas, o valor do campo geomagnético

diminui muito, portanto aumenta o número de partículas energéticas, estas ao se precipitar

na atmosfera, geram forte eletrização. Tal fenômeno foi registrado quando ocorreu uma

grande tempestade magnética nos dias 4 e 5 de agosto de 1972 [12].

A ionização na baixa ionosfera na região da AMAS, devido à precipitação de

partículas durante a tempestade, aumentou significativamente. Isso ocorreu porque chegou

à Terra grande quantidade de Massa Coronal Ejetada (CME) oriunda de explosões solares.

Os elétrons e íons na região da AMAS, provocaram alterações extremas nas camadas D

e E (A camada C não era levada em conta naquela época) da ionosfera. Assim, ocorreu

forte precipitação de partículas na região e fechamento total de propagação das ondas de

rádio por absorção pela camada D.

De acordo com as pesquisas de Coutinho, comprovadas experimentalmente pelo

grupo de Rádio-Ciência do IAE (atual Instituto de Aeronáutica e Espaço) e a National Aeronautics

and Space Administration (NASA), em convênio com Air Force Cambridge Research

Laboratories, nas décadas de setenta e oitenta (Ver tabelas 1 e 2 no Apêndice 1)

“...Ficou evidenciada a notável influência da AMAS na precipitação de partículas presas

e na física da baixa ionosfera e alta atmosfera” [12]. A NASA e a “Agência Espacial das

Repúblicas Socialistas Soviéticas”, atual Agência Espacial Russa, na década de sessenta,

traçaram um modelo inicial da Anomalia Magnética do Atlântico Sul e os fenômenos causados

por ela, inclusive alterações significativas de ionizações causadas pelas partículas

presas nos Cinturões de Van Allen. Cujos dados atuais, coletados por satélites e pesquisas

mais modernas e elaboradas, vêm a acrescentar de forma importante o que havia sido iniciado

pelos cientistas da época (Anexo 1 Figuras - 44 e 45).

(c) Ângelo Antônio Leithold. py5aal