ST 1 - História e Educação para o Patrimônio Cultural
Ademir José de Oliveira – Historiador Mestre da Divisão de Patrimônio Histórico da Fundação Araguarina de Educação e Cultura – (FAEC).
E-mail: yaohush@hotmail.com
Gilma Maria Rios – Profa. Doutora Colaboradora do curso de Mestrado Profissional em Educação da Universidade Federal de Uberlândia – (UFU)
E-mail: gilmarios2016@hotmail.com
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O presente Simpósio Temático convida professores, pesquisadores e interessados a discutir as relações materiais e imateriais do patrimônio histórico-público. Propomos uma discussão que parte do exemplo da relação de poder presente no legado cultural da antiga Estrada de Ferro Goiás na cidade de Araguari MG, e as múltiplas representações culturais que envolvem, e/ou representam o Colégio Sagrado Coração de Jesus, e a Escola Técnica de Formação Familiar: Patrimônio Histórico Araguarino.
E convidamos os interessados numa discussão que abarque de forma ampla as análises da importância histórica e cultural dos municípios, bem como trazer visibilidade sobre a riqueza da imaterialidade patrimonial, a qual muitas vezes é esquecida, e/ou entorpecida diante dos saberes e fazeres daqueles que direta, e/ou indiretamente estão ligados à memória ferroviária. Objetiva-se nesse Simpósio reunir trabalhos e pesquisas que discutam as várias memórias, por um traçado que nos levem à formação de uma nova consciência histórica, identitária e cidadã. Propondo valorizar e reconhecer a importância dos locais de memória coletiva, e de referência cultural, mas principalmente validar as vozes esquecidas, e/ou silenciadas pelo tempo, cuja produção de conhecimentos constituem a sua imaterialidade, bem como refletir e avaliar sobre as múltiplas linguagens produzidas frente a essa relação de poder estabelecida entre as memórias, e a invisibilidade de seus sujeitos, os quais denotam um conhecimento histórico imensurável, indescritível e cultural.
Palavras-chave: Memórias, Consciência histórica, Patrimônio Cultural.
ST 2 - Trabalho, Educação e Movimentos Sociais
Dra. Camila Aparecida de Campos - Universidade Federal de Catalão (UFCAT).
E-mail: camila.campos@ufcat.edu.br
Yasmin Rodrigues Roque, graduanda em História - Universidade Federal de Catalão (UFCAT).
E-mail: yasminroque@discente.ufcat.edu.br
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O objetivo do Simpósio Temático é problematizar pesquisas que discutam o trabalho, a educação e os movimentos sociais. Percebemos o trabalho no campo da humanização como uma possibilidade, mas que na medida em que se torna mercadoria, a força de trabalho, tende a servir para o contrário, a desumanização. São bem-vindos trabalhos que tenham como objeto, ou fundamento, as metamorfoses do mundo do trabalho. A Educação, no mesmo sentido, é uma potência humana que tem sido utilizada nas perspectivas mais restritas possíveis para viabilizar a venda da força de trabalho por um lado, mas, por outro, pedagogias como a freiriana e a histórico-crítica de Saviani têm sido utilizadas na busca da emancipação. Receberemos trabalhos que discutam práticas, saberes e políticas educacionais. E, por movimentos sociais, compreendemos organizações populares que interferem, de forma coletiva, na vida em sociedade. Sejam elas oficiais ou não, cabe o amplo debate neste simpósio. Aqui, perpassam debates teóricos sobre os conceitos, estudos de caso, pesquisas participantes, etc, que envolvam uma ou mais das temáticas propostas, desde que sejam pesquisas em andamento ou concluídas.
Palavras-chave: Trabalho, Educação, Movimentos Sociais.
ST 3 - O debate sobre gêneros, mulheres e sexualidades: o NÃO ao silenciamento
Dra. Lilian Marta Grisolio – Universidade Federal de Catalão UFCAT/História
E-mail: limarta@ufcat.edu.br
O objetivo que move o simpósio temático O debate sobre gêneros, mulheres e sexualidades: o NÃO ao silenciamento, é colaborar com o debate sobre a atual conjuntura política e social do mundo na perspectiva das dinâmicas conservadoras. A proposta é debater a questão do feminino, dos feminismos, das sexualidades e gêneros, existências e resistências nos mais diferentes contextos. Vivemos uma época de recrudescimento das violências, racismo, feminicídio e demais formas de silenciamento, perseguição e preconceitos. Dessa forma, entendemos que discutir - no âmbito da universidade - novas ideias e perspectivas através de pesquisas e articulação com a atuação política, com a educação, arte, sociedade e cultura, contribui efetivamente para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Pretendemos assim contribuir com o debate acadêmico, articulando diálogos possíveis entre as diversas áreas no intuito de colaborar com o florescimento de novas pesquisas e temáticas.
Palavras-Chave: Gêneros, Mulheres, Sexualidades.
ST 4 - Trabalho docente e precarização no contexto da crise pandêmica
Dr. José de Lima Soares - Universidade Federal de Catalão (UFCAT).
E-mail: josesoares@ufcat.edu.br
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Este simpósio está aberto a pesquisas que visam refletir sobre o trabalho docente, de forma geral, e a precarização do mesmo, por meio do ensino remoto durante o distanciamento social, que vem ocorrendo desde 2020 como medida utilizada pelos governantes no sentido de evitar a contaminação do coronavírus. Nessa via, questiona-se: como pensar a práxis docente no período de distanciamento? O que diferencia o trabalho docente? Como as aulas gravadas e disponibilizadas em um hospedeiro digital interferem na criatividade e inventividade do trabalho docente? Morin (2000) destaca os quatros pilares básicos e essenciais, preconizados pela UNESCO, a um novo conceito de educação: aprender a conhecer, aprender a viver juntos, aprender a fazer e aprender a ser. Com base em tais fundamentos, discute-se o papel do trabalho docente no século XXI. Entendemos que os dilemas dos educadores, nesses novos tempos, estão centrados em três questionamentos: O que ensinar? Como ensinar? Para que ensinar? Diante deste quadro, partimos da premissa de que o trabalho docente deverá enfatizar sua função educativa e que a base deve ser alicerçada em um conjunto de valores que possibilite alterar percepções, maneiras de pensar e instaure a cooperação e a sabedoria em detrimento do tecnicismo. Objetiva ainda, em primeiro plano, a dimensão ontológica da educação, examinando a origem de sua relação com o trabalho.
ST 5 - Justiças e Injustiças em Tempos Pós-Pandêmicos- Lições da História para o Amanhã: Contribuição dos Historiadores e do Ensino de História às novas gerações na busca por Justiça Social, Direitos Humanos, lutas por Democracia e Cidadania.
Dra. Jeanne Silva - Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
E-mail: jeanne16@ufcat.edu.br
Ms. Maria Leônia Veiga Gonçalves - Universidade Federal de Catalão (UFCAT). poder judiciário Pires do Rio - Goiás.
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Este Simpósio visa agregar Pesquisadores, Professores de História e Interessados em geral que discutam em suas propostas de trabalho a importância dos Estudo Históricos como uma disciplina eticamente comprometida com a busca e compreensão das realidades sociais, realizada através do domínio de métodos de pesquisa e produção de conhecimento próprio da História, comprometida com os Sujeitos Históricos, seus Valores e Busca de Sentidos Civilizatórios. A Dimensão histórica fornece conhecimentos e referenciais para compreensão das diferenças, dos conflitos, avaliação das mudanças e permanências, do jogo das instituições políticas, a produção de memórias de grupos diversos, instrumental para análise crítica das pluralidades sociais. No caso da História Ensinada oferece aos alunos a possibilidade da construção de sentidos e identidades, com horizontes de dimensão política e cidadã. Juridicamente o avanço e a luta por novos direitos e o respeito à ordem Constitucional vigente demarca na atualidade a importância do diálogo entre o Direito e a História, como lutas de atuação que possibilitem reduzir o campo das Injustiças Sociais. Nos tempos pós-pandêmicos atuais em que vivemos, composto por incertezas, negacionismos científicos, desqualificação das verdades factuais onde cada um pode escolher no que acreditar; as noções de verdade, ciência, e direitos humanos estão ameaçadas, juntamente com as conquistas até então consagradas pelo chamado Estado Democrático de Direito. Juntamo-nos à filosofia de Hannah Arendt, para discutirmos o papel das história e dos historiadores no estabelecimento de questões que denunciem os erros, ilusões, opiniões, e falsidades deliberadas em oposição à construção e à investigação das verdades factuais. A mentira organizada é um dado histórico e, contemporaneamente, “onde todos mentem acerca de tudo o que é importante, aquele que conta a verdade começa a agir”, e quer saiba ou não, também se compromete com os rumos da História, e terá dado um primeiro passo para a transformação do mundo que vivencia, sendo na escrita e na produção de suas pesquisas acadêmicas, seja no chão da sala de aula na formação de seus educandos, seja na lutas e defesas dos direitos humanos em espaços públicos que demandam a inserção dos operadores jurídicos.
Palavras-chave: Ensino de História, Justiça Social, Direitos Humanos, Cidadania.
ST 6: Sensibilidades e identidades sociais: gênero, raça e movimento LGBTQIA+
Drª Luciana Leite da Silva - Universidade Federal de Catalão (UFCAT).
e-mail: luciana_leite@ufcat.edu.br
Drª Luzia Marcia Rezende Silva - Universidade Federal de Catalão (UFCAT).
e-mail: luzia_marcia_resende@ufcat.edu.br
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Esse simpósio se encontra aberto a todas pesquisas e experiências, vivenciadas no contexto educacional ou em outros espaços públicos, que se interseccionam com questões relacionadas a: história das populações negras, indígenas, LGBTQIA+; luta contra o racismo e contra lgbtfobia; feminismos; educação para as relações etnicorraciais. Espera-se que esse diálogo possa fortalecer o papel social das produções acadêmicas neste momento em que discursos e políticas públicas reforçam a exclusão social e a violência física e epistêmica contra esses grupos.
Palavras-chave: identidade sociais, gênero, ração, LGBTQIA+.
ST 7: Identidades Novas e Ressurgidas: perspectivas, dilemas e horizontes
Dr. Marcos Teixeira de Souza, negro, doutor em Sociologia – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).
E-mail: prof1marcos@hotmail.com
Moyses Aparecido Berndt, mestrando em Ciências de Educação, Emil Brunner World University (EBWU), descendente pomerano.
Lilia Jonat Stein, pedagoga formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), descendente pomerana.
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No Brasil, o sec. XXI traz consigo novas mobilizações identitárias, fragilizando a ideia de que somos um único povo coeso - o brasileiro. Quilombolas, indígenas e comunidades de imigrantes estão entre os grupos "ressurgidos" que movimentam o tecido social em torno da criação e implementação de políticas públicas afirmativas que historicamente lhes foram negadas ao longo do século XX. Este simpósio temático pretende refletir e discutir as trajetórias e construções identitárias destes grupos e a afirmação (ou não) de novos direitos culturais em um país oficialmente monolíngue. Neste cenário, por meio de trabalhos e pesquisas neste simpósio, principalmente bibliográficas e etnográficas, pretende-se investigar os percursos no tocante a essas representações político-identitárias, problematizando como os atores sociais, por meio de suas memórias, falas e ações, elaboram e reelaboram estratégias em uma sociedade para engendrar um sentimento de pertença e direitos. A contribuição desta pesquisa consiste em mostrar como essas mudanças político-identitárias, bem como esses desafios e tensões, estão articulados ao contexto político mais amplo que perpassa a sociedade brasileira e o mundo.
Palavras-chave: povos e comunidades tradicionais, pomeranos, quilombolas, indígenas.
ST 8 - Figurações do tempo e cidades: narrativas, temas sensíveis e História
Dra. Vera Lúcia Silva Vieira - Secretaria Municipal de Educação-Catalão/GO
E-mail: veravieira.luci@gmail.com
Dr. Radamés Vieira Nunes - Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
E-mail: radamesnunes@ufcat.edu.br
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A proposta do simpósio é abarcar pesquisas e trabalhos interessados nas múltiplas configurações do tempo e cidades, com atenção especial para narrativas e linguagens que figurem percursos e tessituras urbanas, bem como temas sensíveis relacionados aos direitos humanos e disputas de memória. Tramas históricas, desafios éticos e estéticos que demarcam complexos meandros entre razão e sentimento, desejos, medos, indiferenças e humilhações: multifacetadas dimensões da condição humana que dizem respeito às diversas formas de experiência estética, sensível e histórica. O objetivo é somar preocupações relativas às diferentes percepções e experiências do tempo que mobilizam afetos, sentimentos, linguagens e memórias. Diálogos e encontros que envolvem cidades plurais e ambivalentes: inquietações que muitas vezes evocam as formas plásticas das cidades, do tempo e do direito à vida. Desse modo, procuramos aprofundar debates e reflexões sobre temporalidades urbanas, usos públicos e políticos do passado, reunindo pesquisadores que busquem também explorar diferentes texturas e intersecções históricas por meio de variados discursos e gêneros textuais.
Palavras-chave: Tempo, Cidades, Temas Sensíveis, História, Memória.