Grupos de Trabalho

GRUPOS DE TRABALHO

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OBS.: na salas em que ocorrerão os GTs não haverá data show devido a questões estruturais (com exceção dos GTs 04, 09, 10, 11, 12 e 15)

GT 01 - Ciências Sociais e História: diálogos sobre política, crime e movimentos sociais.

Coordenadores: Thiago Nunes Soares (CE - UFPE/UFRPE) e Jamerson Kemps Gusmão Moura (CE-UFPE).

Este Grupo de Trabalho tem como objetivo principal possibilitar uma discussão entre pesquisas no campo da História, das Ciências Sociais e áreas afns, interligando perspectivas contemporâneas. Os trabalhos devem versar sobre: A política e as relações de forças em meio a disputas pelo poder; O Estado, o setor privado e os movimentos sociais; Instituições punitivas; Teoria social, punição e controle social; Da integração social ao controle social; Punição e estrutura social; Do Estado Social ao Estado Penal; Globalização, mobilidade e imobilidade; A cultura do controle, entre outros temas correlatos. Dessa forma, através de um diálogo multidisciplinar, serão tecidos debates que terão como fio condutor a temática do GT relacionada aos campos histórico, econômico, cultural e político.

GT 02 - Raça, gênero e identidade: a produção de conhecimento sob o olhar da interseccionalidade.

Coordenadoras: Alyne Isabelle Ferreira Nunes (PPGS - UFPE), Juliana Torres Y Plá Trevas (PPGS - UFPE) e Indira Corban Brito Guerra (PPGS - UFPE).

Esse simpósio se propõe a discutir como as questões raciais, de gênero, de identidade, e outros marcadores, podem contribuir para que o conhecimento produzido a partir deste viés interseccional revele sujeitos e/os aspectos antes negligenciados ou suprimidos. A interseccionalidade é uma categoria proposta pela feminista negra norte-americana Kimberle Crenshaw (1982), que identificou a impossibilidade de compreender qualquer questão social a partir de categorias analíticas isoladas. Segundo Rodrigues (2013), a interseccionalidade constitui uma ferramenta fundamental e emergente tanto para as/os ativistas, como para as/os teóricas/os feministas comprometidas/os com as análises das múltiplas opressões em distintos contextos. É a partir da perspectiva interseccional que as questões de raça, sexualidades, corpos, religiosidades, geração, entre outras, adquirem centralidade nas reflexões junto às análises clássicas de gênero e de classe. Ao pensarmos as práticas discursivas e a (re)produção das violências e das desigualdades sociais reforçadas pelas estruturas dominantes de poder, encontramos uma população que é constantemente desprivilegiada e subalternizada (Spivak, 2010) desde os aspectos subjetivos alcançando até a dimensão física. É, justamente, a serviço desses grupos politicamente minoritários que a interseccionalidade vem tencionar o debate acerca da produção do conhecimento. No Brasil, por mais que as discussões sobre as relações de raça, de gênero, de identidade, e outros marcadores estejam avançando, as práticas que naturalizam as violências históricas estão passando por um processo de (re) atualização. É buscando compreender essas novas configurações de violência e da própria produção do conhecimento que o simpósio visa a reunir trabalhos e investigações, em andamento e/ou concluídos, que possam trazer contribuições para o debate de como as questões de raça, de gênero, de identidade e outros marcadores se interseccionam na leitura desses processos. Para tal, partimos da ideia de que a existência e uso dos múltiplos marcadores são necessários para compreender as construções sociais e discursivas que inscrevem os corpos em diferentes espaços na sociedade.

GT 03 - Saúde, Corpo e Emoções

Coordenadores(as): Álvaro Botelho de Melo Nascimento (PPGS - UFPE), Eliane Maria Monteiro da Fonte (PPGS - UFPE).

O principal objetivo deste GT é dar espaço para apresentação de trabalhos e fomentar o debate e reflexão crítica sobre as contribuições das Ciências Sociais na discussão de resultados de estudos empíricos ou de pesquisas em andamento e de questões teóricas e/ou metodológicas em temáticas transversais sobre a tríade apresentada no título do GT. Pretende-se aqui incluir também trabalhos sobre temas que lidam com as problemáticas da saúde mental, do sofrimento psíquico, das emoções, da felicidade, bem-estar. Serão bem vindas abordagens sobre culturas, cosmovisões, percepções, subjetividades em torno da doença, saúde e cuidados, itinerários terapêuticos, medicina oficial e alternativa, estigma e exclusão,assim como, os enfoques sobre como estas temáticas tem sido tratadas nas sociedades contemporâneas e seus reflexos nas instituições, políticas públicas e nas novas práticas sociais e culturais.

GT 04 - Antropologia da Saúde e as Práticas Tradicionais de Cura

Coordenadores: Renato Athias (PPGA - UFPE) e Virgílio de Almeida BonJm Neto (PPGA - UFPE).

Este GT tem o objetivo de discutir as principais pesquisas que estão sendo desenvolvidas em Pernambuco com a temática das práticas tradicionais de curas entre as populações tradicionais. O GT está aberto para receber trabalhos e/ ou pesquisas em andamento que se situam no campo da Antropologia da Saúde que discute as medicinas tradicionais indígenas e afro-indígena. O GT vai colocar em evidências etnografias dessas práticas entre os grupos sociais estudados. O resultado da discussão desse GT pode subsidiar debates no âmbito da antropologia visando uma melhor compreensão dos programas e práticas em saúde coletiva.

GT 05 - Patrimônio, Memória e Políticas Públicas: História e Perspectivas Contemporâneas

Coordenadores(as): Isabel Cristina Martins Guillen (PPGH - UFPE) e Augusto Neves da Silva (Faculdade Joaquim Nabuco).

O GT pretende agrupar pesquisadores de diversos níveis que buscam refletir sobre o campo do patrimônio cultural no Brasil, seja ele o histórico arquitetônico, seja o intangível ou imaterial, e suas relações com as políticas públicas de cultura e com a memória. Objetiva-se propiciar o debate sobre o campo do patrimônio cultural a partir de algumas questões norteadoras que giram em torno das apropriações das políticas públicas de cultura por diversos agentes sociais diante do fenômeno da crescente patrimonialização, observável nas duas últimas décadas em nível mundial. Como pensar a patrimonialização mundial enquanto fenômeno histórico, em sua relação com a temporalidade e a historicidade na contemporaneidade? Como podemos pensar os usos do patrimônio que sustentam as memórias sociais de grupos sociais, e mesmo de identidades nacionais ou regionais? Que questões podemos formular, a partir dos usos e apropriações que estão sendo feitas por diversos agentes sociais das políticas públicas de cultura voltadas para o patrimônio cultural sobre o próprio campo patrimonial? Que novas ou ressignificadas questões estão sendo suscitadas por pesquisas pontuais ou específicas que nos possibilitem ampliar as questões sobre o patrimônio cultural? São questões estas que pretendemos abordar no GT a partir de trabalhos específi cos e que contribuirão para tornar mais densas as questões propostas.

GT 06 - Agricultura, mercados de alimentos e territórios: Novos arranjos e velhas questões

Coordenadoras: Juliana Gomes de Moraes (PPGS - UFPE), Camilla de Almeida Silva (PPGS - UFPE) e Manuella Carolina Costa de Oliveira (PPGS - UFPE).

Este GT tem como objetivo contribuir para os estudos relacionados às questões agrárias vinculadas à distribuição e consumo de alimentos, levando em consideração os processos culturais, as formas de organização social e participação política para o desenvolvimento dos territórios e dos mercados. Também serão abarcadas por esta proposta questões que envolvam a comercialização e o consumo de produtos advindos da agricultura de base familiar e camponesa provenientes de uma pluralidade de arranjos sociais, tais como cooperativas e associações de produção, comercialização e consumo, bem como mercados artesanais, agroindustriais e ecológicos. Diante disso, a agenda do GT contemplará trabalhos que promovam discussão e reflexão sobre os estudos sociológicos e antropológicos, clássicos e contemporâneos, cujas abordagens versem sobre as seguintes questões: 1) Globalização e novas tecnologias de produção e consumo; 2) Políticas públicas de desenvolvimento rural e segurança alimentar; 3) Territórios, movimentos sociais rurais e reforma agrária; 4) Agroecologia e sustentabilidade; 5) Mercados e sistemas agroalimentares 6) Relações de trabalho e gênero em contextos rurais. Assim, espera-se neste GT, a participação de pesquisadores e estudantes que estejam interessados em debater, a partir de reflexões teórico-metodológicas, sobre as questões que envolvem o mundo rural e do consumo de alimentos. Para tanto, esperamos contribuições que possibilitem, especificamente, a construção de um debate crítico no quadro analítico da sociologia rural e da agricultura. Busca-se, por fim, elencar questões que ampliem e aprofundem, ao mesmo tempo, os sentidos e significados das relações entre sujeitos do campo e da cidade.

GT 07 - Sociologia Política: limites e tensões

Coordenadores: Filipe Barreiros Barbosa Alves Pinto (PPGS - UFPE), Aloizio Lima Barbosa (PPGS - UFPE), Bruno Ferreira Freire Andrade Lira (PPGS - UFPB).

O presente GT se propõe a uma discussão ampliada sobre as várias formas de abordar a política, tendo em vista as disputas que permeiam esse campo, inclusive na sua própria definição. A partir disso o objetivo das discussões é tensionar os tradicionais debates da sociologia política que envolvem as noções de poder, democracia e Estado. Nesse sentido, ao questionar os limites da ideia de política, possibilita-se explorar outras temáticas que orbitam aquelas clássicas, tais como: gênero e sexualidade, relações étnico raciais, classe e desigualdade socioeconômica etc. A relevância da proposta, então, apresenta-se a partir do momento em que buscamos refletir a política como categoria norteadora de um conjunto de temas, escapando, assim, de um sentido fixo e de uma abordagem simplesmente institucional, reconhecendo, entretanto, a sua importância. Sendo assim, amplia-se o leque teórico-metodológico da análise dos processos políticos, do que é o domínio do político, ao mesmo tempo que lança novas questões sobre a velha tensão entre uma sociologia da política e uma sociologia política. Dessa forma, trabalhos com preocupações mais clássicas da política e trabalhos que tensionem a noção de política terão o mesmo espaço.

GT 08 - Nações, Nacionalismos e Pós-colonialidade

Coordenadores: João Matias de Oliveira Neto (PPGS - UFPE) e Aristeu Portela Júnior (PPGS - UFPE / UFRPE).

A proposta deste Grupo de Trabalho é de reunir pesquisadores/as e interessados/as nos debates acerca da nação, nacionalismos e pós-colonialidade, dentro de um recorte abrangente e diversificado. Ao aproximar pesquisas neste eixo, buscamos acolher estudos sobre o papel das nações no passado e no presente, as reconfigurações das políticas e práticas nacionalistas e das identidades nacionais, e a pós-colonialidade, entendida como perspectiva a partir da qual se descortinam problemáticas cruciais para a questão nacional: seu vínculo com a discussão do racismo e das relações étnico-raciais, as políticas de ação afirmativa, o papel da literatura, do cinema e da cultura em geral na construção e problematização da nação. Subjacente a essas problemáticas está a compreensão de que os estudos sobre nações e nacionalismos não se esgotam nas abordagens clássicas, como as de Eric Hobsbawn e Benedict Anderson, mas reverberam na teoria e crítica pós-colonial, como em Hommi Bhabha, Stuart Hall, Franz Fanon, Walter Mignolo, Boaventura de Sousa Santos, Inocência Mata, entre outros – abordagens estas que tendem a pensar a formação das nações desde o ponto de vista da colonialidade do poder e do saber, da produção de um conhecimento sobre nações “subalternizadas” e da questão do desenvolvimento como um diálogo prenhe de múltiplos significados e novas epistemologias.

GT 09 - Assujeitamento e Processos de Subjetivação

Coordenadores(as): Raul Vinícius Araújo Lima (PPGS - UFPE), Gabriela Carvalho da Nóbrega (PPGS - UFPE) e Raphael de Souza Silveiras (UNICAMP).

Este Grupo de Trabalho tem como tema a investigação e discussão da formação dos sujeitos contemporâneos, seja em virtude dos processos de assujeitamento ou processos de subjetivação inerentes às relações de poder, com foco nas formas de governo em exercício nos dias atuais. Entende-se aqui que essa perspectiva traça uma crítica contundente sobre as formas de pensamento modernas ao problematizar as práticas discursivas e não-discursivas empregadas na constituição dos sujeitos. Neste sentido, a globalização e a intensificação da individualização, estimuladas pelo capitalismo contemporâneo são forças motrizes para a constituição do ambiente social e dos sujeitos concomitantemente. O intenso fluxo de informações tende a direcionar nossa atenção para a superficialidade dos acontecimentos, nos desviando de uma análise esquadrinhada dos processos inerentes a essa nossa relação com o espaço social que, ao mesmo tempo, compomos e nos compõe. Diante desse contexto, é fundamental refletir tais práticas, especialmente as tensões e conflitos existentes entre elas, com foco na identificação das práticas de resistência dentro das relações de poder. Para tanto, o GT tem em vista explorar criticamente as mais diversas ideias e práticas contemporâneas a partir de temáticas como educação, saúde, raça, tecnologia, governamentalidade, literatura, gênero e sexualidade, e cinema, no tocante aos processos de sujeição e constituição da subjetividade. Assim, o objetivo deste Grupo é discutir os mecanismos de sujeição contemporâneos (como sujeitos são condicionados por práticas estruturantes), como debater pesquisas voltadas para as possibilidades de resistência em detrimento ao poder hegemônico em exercício (a formação de sujeitos através de práticas éticas de liberdade), privilegiando abordagens que interliguem perspectivas contemporâneas das Ciências Sociais.

GT 10 - Relações sociais com animais não humanos

Coordenadoras: Maria Helena Costa Carvalho de Araújo Lima (PPGS - UFPE) e Nicole Louise Macedo Teles de Pontes (PPGS - UFPB).

Desde meados dos anos 1970, com a emergência dos movimentos de defesa animal e o estabelecimento de debates filosóficos sobre o caráter moral de nossas relações com outras espécies animais, a dicotomia que separava o humano de todos os outros seres tem sido fragilizada. Na ciência e na filosofia, as fronteiras ontológicas entre humanidade e animalidade têm sido expostas como uma construção precária; na política institucional e na vigilância exercida pelos cidadãos, multiplicam-se as iniciativas para reduzir ou eliminar o sofrimento de animais não-humanos, alargando nosso círculo de preocupações morais; no convívio cotidiano, membros de outras espécies passam a receber atenção e cuidados antes restritos a humanos. Em todos esses casos, surgem conflitos que evidenciam o desconforto causado pela percepção de que os animais podem ocupar espaços distintos dos que convencionalmente ocupam. Em meio a esse conjunto de transformações, surge para as ciências sociais uma diversidade de situações ricas para análise, reunidas no campo de estudos das relações com animais não humanos, que se convencionou chamar Animal Studies. Como forma de estimular o diálogo entre estudantes e pesquisadores interessados nessa área de estudos, ainda recente no Brasil, este grupo de trabalho tem como proposta reunir tanto estudos empíricos quanto teóricos voltados para a compreensão das relações sociais com animais não humanos. Destacando o caráter interdisciplinar dos Animal Studies, pretende-se reunir trabalhos nas seguintes linhas: 1 – relações práticas com outras espécies (animais de estimação, uso de animais na ciência, no entretenimento e na indústria de alimentos e vestuário); 2 – representações acerca de animais não humanos; 3– análise dos marcos legais e institucionais em que se desenrolam as relações interespécie; 4 – proposições teóricas e metodológicas para o desenvolvimento deste campo de estudos no Brasil.

GT 11 - Antropologia e Sociologia das Moralidades e Emoções

Coordenadores(as): Roberta Bivar C. Campos (PPGA - UFPE) e Thiago Santos (PPGA - UFPE).

Desde o final dos anos oitenta do século passado, a antropologia e sociologia das moralidades e emoções, em face das transformações da sociedade em termos de lutas por direitos e liberdades individuais e coletivas, e do intenso processo de urbanização e individualização da nossa sociedade, têm favorecido debates profícuos e possibilitado releituras dos lastros teóricos de ambas as disciplinas. Neste processo, alguns campos de pesquisa se sobressaem como guias dentro dos quais as pesquisas são desenvolvidas. Para referenciar algumas destas pesquisas, tem-se aquelas que buscam compreender o processo de formação de subjetividades e sua materialização, em discursos, corpos, vestimentas etc.; e outras que referem-se à dimensões estruturais, como os estudos sobre política, cidadania e diversas formas de exclusão, identificando nelas quais linguagens morais e emocionais são mobilizadas e informam os termos das disputas. Observa-se nesses casos partilha de uma dimensão moral, que é comunicada e constituída através de uma linguagem emocional que informam ações e práticas sociais. Esse Grupo de Trabalho tem interesse em receber propostas de comunicações que dialoguem com o tema das moralidades e emoções em antropologia e sociologia nos termos mencionados, de maneira direta ou mesmo que toquem transversalmente os temas centrais do GT. São bem-vindas proposta de pesquisas, de inclinação teórica e ou empírica, em estágio inicial, em andamento ou finalizadas.

GT 12 - Drogas, atores e sociedades

Coordenadores(as): Marcílio Dantas Brandão (PPGS - UFPE), Rosilene Oliveira Rocha (PPGS - UFPE) e Artur Fragoso de Albuquerque Perrusi (PPGS - UFPE)..

Ecoando o debate estabelecido no âmbito do Simpósio de Pós-Graduandos (SPG) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS), este Grupo de Trabalho visa a replicar a reflexão acerca de investigações em ciências sociais que analisem empiricamente a complexa questão das drogas no Brasil contemporâneo. Esperamos reunir pesquisadores que abordem desde as interações que são estabelecidas entre atores (usuários, produtores, comerciantes e agentes estatais) até aqueles investigadores que se dedicam a evidenciar implicações da atual política de drogas no Brasil e seus efeitos sobre o ordenamento social. Assim, o tema das drogas é nosso ponto de partida, mas esperamos que ele seja também nossa ponte para a compreensão de distintos modos de interação e regulação da vida em sociedade. Nesses termos, serão bem recebidas propostas de comunicação que apresentem estudos relacionados a diversas perspectivas de análise das relações entre drogas, atores e sociedades – o que perpassa investigações acerca de modos de interação entre substâncias, pessoas humanas e seus agrupamentos; impactos no comportamento, nas leis e nas políticas públicas; modos de produção e beneficiamento; dinâmicas e conflitos de mercado; mobilização social; tratamento e outros aspectos decorrentes da longa história de relações entre drogas, atores e sociedades.

GT 13 - Antropologia e Etnografia: experiências do fazer antropológico

Coordenadores(as): Polyanny Lílian do Amaral Braz (PPGA - UFPE) e Arlindo José de Souza Neto (PPGA - UFPE)

A antropologia como disciplina moderna considera a etnografia como seu principal método/modelo de trabalho. A complexidade da investigação antropológica está diretamente ligada à relação pesquisador e pesquisados. E o campo da religião e seus rituais, por sua vez, exige certas estratégias etnográficas e um esforço metodológico maior do pesquisador. Desde sua origem como disciplina, a antropologia definiu o trabalho de campo como uma das principais ferramentas do fazer antropológico, vide Malinowski e sua definição de observação participante. Muitas vezes, como já nos alertou este autor, o campo nos coloca situações imprevisíveis, vividas durante o trabalho etnográfico e em momentos inesperados: são os imponderáveis da vida real (cotidiana). Ao assumir o papel de pesquisador, o antropólogo faz um mergulho, durante seu trabalho de campo, em busca da compreensão de seu objeto. Entre tanto, este objeto pesquisado é muito mais um sujeito do que um objeto, no sentido restrito da palavra. Esse pesquisado sente, pensa, fala e interage com o antropólogo. Desta forma, embora o pesquisador possa prever algumas ações, ele se depara com sujeitos que são capazes de influenciar e serem influenciados. O pesquisador lida com pessoas, e estas são imprevisíveis. A necessidade de pensar a relação do pesquisador com seu objeto de estudo tem sido preocupação relativamente recente na antropologia, apesar de referências clássicas à esta questão nos trabalhos de Malinowski, Lévi-Strauss, Evans-Pritchard e outros. Mas questões metodológicas referentes à relação pesquisador/pesquisado é intrínseca ao fazer antropológico, e mostra-se como uma etapa importante para a construção do conhecimento. Assim é urgente pensar a relação entre o antropólogo (situações/relações de poder, sua experiência, sensações e emoções) com seus “informantes” e com o próprio campo de modo geral. Essas questões são importantíssimas para a construção de etnografias, conceitos e teorias na antropologia, ou seja, do conhecimento antropológico. Com base nestas preocupações, este Grupo de Trabalho propõe o debate sobre a complexidade do método etnográfico e a sua relação intrínseca com a produção do conhecimento antropológico. Buscamos assim, experiências que tenham por base a análise de rituais religiosos ou rituais de modo geral, com o propósito de refletirmos sobre a participação do pesquisador num campo que, muitas vezes, impõe limites e “imponderáveis” que constituem parte do fazer antropológico.

GT 14 - Sociologia da Arte e da Cultura

Coordenadores(as): Paulo Marcondes Ferreira Soares (PPGS - UFPE) e Paula Manuella Silva de Santana (UFRPE-UAST).

O GT de Sociologia da Arte e da Cultura espera reunir pesquisas finalizadas ou em curso que tenham como objeto de estudo as obras de arte, processos culturais e suas relações com a sociedade, privilegiando uma perspectiva sociológica. A proposta é produzir conhecimento amplo sobre as relações entre arte, cultura e sociedade, no contexto dos processos sociais contemporâneos, caracterizados, entre outras coisas, pelas tensões relacionadas com a crise dos modelos neoliberais, assimetrias entre centro e periferia, questionamentos dos modelos hegemônicos e canônicos, assim como a emergência de novas alternativas sociais e políticas. Desta maneira, o GT pretende valorizar a diversidade teórico-metodológica dos enfoques utilizados, bem como a pluralidade de objetos e problemáticas de pesquisa.

GT 15 - Etnicidade, povos indígenas e comunidades "tradicionais": questões atuais

Coordenadores: Virgilio de Almeida Bomfim Neto (PPGA - UFPE), Edwin Boudewijn Reesink (PPGA - UFPE) e Miguel Colaço Bittencourt (PPGA - UFPE).

O GT busca reunir pesquisadores que desenvolvem pesquisas etnográficas e teóricas em torno da história e das questões atuais que envolvem povos indígenas, povos ciganos, comunidades quilombolas e “comunidades tradicionais” em geral, no Nordeste. Tendo como eixo central compreender as dinâmicas relacionadas ao modo como estas populações criam suas especificidades identitárias no contexto sociopolítico que as engloba, sugerimos que uma série de temas que podem ser objeto de comunicações: territorialidade, meio-ambiente, formas de organização formal, políticas públicas, transmissão de saberes, e sua noção de “cultura”.

GT 16 - Juventudes e diferentes espaços mobilizatórios

Coordenadores: Sidney Oliveira Santos Silva Filho (PPGCS - UFRN) e Tarcísio Augusto Alves Silva (DCS - UFRPE).

Contemporaneamente, os jovens têm encontrado e construído diferentes espaços mobilizatórios onde suas formas de politização do social vem se revelando de maneira muito significativa. Isso quer dizer que o lugar da política recebe novos contornos e materialidades nos espaços de sociabilidade relativos a cultura, ao meio ambiente, ao lazer, a religião etc. O objetivo do grupo de trabalho aqui proposto é acolher estudos que abordem questões referentes a construção de sentidos e significados de vida das Juventudes brasileiras, tendo-se em vista as recentes discussões de natureza teórica e metodológica no campo das ciências sociais que discorrem sobre as relações dos diferentes segmentos juvenis com temáticas como gênero, trabalho, educação, ocupação, cultura, participação, mobilização, política, meio ambiente, dentre outros. Mais especificamente, busca-se a construção de um espaço de investigação teórico-empírica, produção e divulgação do conhecimento científico dos estudos sobre juventudes no campo das ciências sociais, sobre os hodiernos espaços e formas de articulação, organização e mobilização das juventudes na sociedade. O grupo de trabalho e a relevância dessa problemática circunscreve-se na possibilidade de discussão sobre as práticas juvenis na contemporaneidade, sobretudo, em um momento de intensa participação social e política juvenil, iniciada em 2013 com as manifestações de rua que potencializaram em muitos jovens a primeira experiência de participação política em formas e espaços não convencionais (partidos políticos, sindicatos, entidades de classe, movimento estudantil). Verifica-se que a literatura das ciências sociais problematiza o movimento de construção de redes, espaços juvenis, grupos informais, coletivos de jovens, que tem se colocado como importantes espaços de sociabilização, organização, prática social e política das juventudes nas sociedades. Serão aceitos tantos trabalhos já finalizados, quanto propostas de estudos sobre a temática juventudes, construindo-se assim, um espaço de discussão e troca de experiências sobre questões do universo juvenil.

GT 17 - Religião Política e Gênero

Coordenadores(as): Fagner Andrade (UFPE) e Tairine Ferreira (UFPE)

O GT “Religião, política e gênero” tem como objetivo trazer para o diálogo pesquisadores de graduação e de pós-graduação que estejam desenvolvendo trabalhos de pesquisa nas áreas temáticas de religião (em suas diversas expressões e realidades, clássicas ou contemporâneas, novas definições do religioso, estudos sobre o (neo)pentecostalismo, RCC, relações entre religião e política, religião e esfera pública,), política (desde o viés institucional, abrangendo as dinâmicas eleitorais, a representação política e os enfrentamentos contemporâneos) e questões relacionadas ao gênero (matrizes conceituais, enfrentamentos políticos, componentes curriculares, pesquisas acerca de mulheres, LGBT, estudos queers masculinidades e relações com a política) e seus desdobramentos na contemporaneidade. Trabalhos que entrelacem os três eixos também serão contemplados. A proposta parte da observação de que o cenário contemporâneo, em especial o brasileiro, tem constituído terreno fértil para a problematização da interface entre os aspectos da vida social acima mencionados. Metodologicamente, o GT acolherá desde análises comparativas, estudos de caso, pesquisas em andamento, abordagens teóricas, relatos de experiências e estudos quantitativos desde que se encaixem em uma das temáticas mencionadas. Esperamos com as discussões do GT promover o intercâmbio entre pesquisas que podem se enriquecer mutuamente através da diversificação de abordagens em face dos temas que compõem o título da proposta.