Coordenadores:
Francisco Thiago Rocha Vasconcelos (UNILAB)
Emanuel Freitas da Silva (UECE)
Silviana Fernandes Mariz (UNILAB)
Resumo GT 01
A proposta do GT é acolher pesquisas que abordem como o apelo a valores tidos como conservadores se relacionam com agendas políticas e com processos de radicalização, práticas de extremismo e crimes de ódio. O GT privilegiará cinco eixos principais: 1) conservadorismo e política: extrema-direita e conservadorismo; agenda “anti woke” ou “anti-identitária” e radicalização política; 2) extremismo e segurança pública: extremismo ideologicamente motivado; prevenção e controle de extremismos; radicalização de agentes da segurança pública; 3) religião e violência: conflitos religiosos, desrespeito e intolerância; atuação de religiosos na política e na segurança pública; 4) juventudes, escola e redes sociais: atentados e massacres em escolas; assédio e bullying online; subculturas online e processos de radicalização; políticas educacionais de prevenção e controle; 5) gênero, racismo e crimes de ódio: misoginia, transfobia e racismo como expressões do discurso de ódio e do extremismo violento.
Palavras-chave: Conservadorismo; Extremismo; Violência; Segurança Pública.
Coordenadoras:
Geísa Mattos de Araújo Lima (UFC)
Antônia Gabriela Pereira de Araújo (Harvard University)
Debatedor:
Hilário Ferreira Sobrinho (UFC)
Resumo GT 02
Resumo: Nos últimos dez anos, no Brasil, e particularmente no Ceará, novos debates no que se refere à classificação étnico-racial da população vêm ganhando força, principalmente no contexto das ações afirmativas que permitem o ingresso por cotas em instituições públicas. O racismo no País foi negado durante séculos sob o mito de que “somos todos mestiços”, enquanto no Ceará a alegação era de que “aqui não existem negros”. Seja qual for o mito sob o qual se buscou negar o racismo, hoje as políticas públicas obrigam a olhar diretamente para o fenótipo e definir quem é negro, portanto, quem tem direito às ações afirmativas. No debate em torno de identificações, autodeclarações e heteroclassificações surgem novas formas de violências raciais. De um lado, pessoas brancas fraudam a política se autodeclarando negras para ingressarem por ações afirmativas em concursos públicos. De outro, pessoas pardas têm seu reconhecimento como negras negados em comissões de heteroidentificação. Quem pode ser considerado preto, pardo, negro, afro-indígena e demais classificações étnico-raciais criadas nos últimos cinco anos? Neste Grupo de Trabalho, incentivamos propostas que reflitam sobre identificações, autodeclarações e heterodeclarações étnico-raciais dos povos brasileiros e cearenses. Como podemos considerar as especificidades locais de ser negro em diversas regiões e Estados do Brasil? Quais seriam as especificidades fenotipicamente cearenses da negritude? Pretendemos dialogar e receber propostas de trabalhos que incluam pesquisas acadêmicas, experiências dos movimentos sociais negros e indígenas e gestores de políticas públicas com vistas ao aperfeiçoamento das comissões de heteroidentificação e das políticas de ação afirmativas.
Palavras-chave: Classificação Étnico-racial; Políticas Afirmativas; Violências Raciais; Ceará.
Coordenadores:
Antonio Marcos de Sousa Silva (UNILAB)
José Lenho Silva Diógenes (UFC)
Resumo GT 03
Resumo: Este GT visa explorar as intersecções entre violência, direitos humanos, administração de conflitos e políticas públicas em contextos de segurança pública, com um foco especial em processos diaspóricos e práticas institucionais de controle social. Será dada ênfase às dinâmicas de violência relacionadas a racismo, xenofobia, migrações e seus impactos nas juventudes e gêneros, assim como à análise das práticas das instituições policiais (polícia federal, militar, civil e guarda municipal) na administração de conflitos que convergem em crimes. O GT também se dedicará a examinar como as políticas públicas podem influenciar e ser influenciadas por estas dinâmicas. Acolherá pesquisas empíricas, priorizando análises etnográficas e sociológicas e do direito sobre as tradições, ideologias, linguagens, práticas dos profissionais de segurança e suas interações com o público. O objetivo é fomentar um entendimento aprofundado sobre como os processos diaspóricos e as políticas públicas interagem com as práticas de segurança pública e administração institucional de conflitos, contribuindo para o debate sobre violência, direitos humanos e controle do crime em diversas formações sociais.
Palavras-chave: Violência; Direitos Humanos; Segurança Pública; Processos Diaspóricos; Instituições Policiais; Políticas Públicas.
Coordenadores:
Wendell de Freitas Barbosa (UFCA)
Antônio Sabino da Silva Neto (UNIFAP)
Debatedores:
Gleison Maia Lopes (IFCE)
Lara Peixoto (UECE)
Resumo GT 04
Resumo: Este grupo de trabalho discute contribuições teóricas e metodológicas de análise das interfaces entre Estado, mercados ilegais, criminalidade violenta e segurança pública. Esse espaço tem por objetivo acolher trabalhos que discutam, entre outros temas, práticas formais e informais de administração de conflitos sociais e violência; regulações e fluxos nos sistemas prisionais; disciplina, desvio e punição de agentes estatais; Estado, Instituições e Práticas de Controle social e punição; atuação de facções e grupos criminosos nas dinâmicas da violência e da criminalidade nos municípios brasileiros; Formas de violência e punição ligadas ao Estado; Desenho e implementação de Políticas de Segurança Pública e Justiça; Relações entre criminalidade, polícia, segurança pública e justiça.
Palavras-chave: Segurança Pública; Criminalidade Violenta; Administração de Conflitos e da Violência.
Coordenadora:
Juliana Maria Borges Mamede (UNIFOR)
Resumo GT 05
Resumo: Este Grupo de Trabalho tem como objetivo estabelecer um espaço de convergência interdisciplinar, voltado à análise das intricadas teias e dinâmicas criminais patrocinadas pelas facções do crime, destacando a importância da atuação integrada das instâncias de poder. Diante da premente necessidade de discussões e reflexões construtivas visando à efetiva prevenção da criminalidade e ao autêntico combate às organizações criminosas em suas diversas manifestações, inclusive no que tange ao tráfico de drogas e armas, o GT visa aprofundar sua perspectiva ao considerar cuidadosamente as redes de amparo às vítimas de violência associadas a essas atividades criminosas. Tem-se, pois, que o GT almeja fomentar um debate enriquecedor que não se circunscreva aos limites e as possibilidades inerentes ao sistema de justiça, às políticas de segurança pública e às barreiras estruturais, mas que também reconheça o lugar de fala das pessoas que protagonizam, direta ou indiretamente, essa cena da criminalidade. Abre-se, ainda, espaço para o debate da compreensão do federalismo cooperativo na segurança pública, reconhecendo sua complexidade e destacando a necessidade de uma análise abrangente que contemple o cenário atual de desafios e possibilidades.
Palavras-chave: Dinâmicas Criminais; Segurança Pública; Sistema de Justiça; Redes de Amparo às Vítimas; Federalismo Cooperativo.
Coordenadores:
Clodomir Cordeiro de Matos Júnior (UFMA)
Marcílio Dantas Brandão (UNIVASF)
Maria Gomes Fernandes Escobar (UECE)
Resumo GT 06
Resumo: O Grupo de Trabalho (GT) tem por objetivo reunir pesquisadores(as), estudantes, gestores(as), profissionais e ativistas interessados(as) nos debates, sob uma perspectiva interdisciplinar, acerca das drogas, seus enquadramentos culturais e impactos nas formas de sociabilidades. Diante desse objetivo serão acolhidos trabalhos que envolvam resultados de pesquisas, concluídas ou em andamento, relatos de experiências e análises teóricas e metodológicos que contemplem, sem se limitar a essas propostas, as seguintes questões: História das drogas no Brasil; Sociedade, moralidades e drogas; Drogas, política e instituições; Ilegalismos, drogas e Justiça; Juventudes, territórios e tráfico de drogas; Movimentos sociais, drogas e sociabilidades; Saúde, drogas e sociedades; Ciências, Medicina e os discursos sobre as drogas; Drogas e seus usos medicinais; Consumo de drogas, instituições e práticas de tratamento; Consumo abusivo de drogas; Drogas e redução de danos; Drogas, cultura e relações étnicas; Religião, cultura e o uso ritual de substâncias; Religião, drogas e moralidades; Drogas, economia e sociedade; Growers, plantas e técnicas de produção; Drogas, sociabilidades e cultura do consumo; Desafios teóricos e metodológicos nos estudos sobre drogas.
Palavras-chave: Drogas; Cultura; Sociabilidades.
Coordenadores:
Francisco Elionardo de Melo Nascimento (UECE)
José Douglas dos Santos Silva (IFPA)
Resumo GT 07
Resumo: Esta proposta de Grupo de Trabalho (GT) tem como objetivo debater as temáticas da violência, políticas de segurança pública, faccionais (“facções/coletivos criminais”) e seus atravessamentos entre o dentro e o fora das prisões brasileiras. Para tanto, buscamos reunir trabalhos que versam sobre as violências múltiplas geradas por processos e intersecções entre a política de segurança e o sistema prisional, problematizando os modos operacionais de atores estatais e criminais nos cenários urbano e prisional num conjunto de técnicas, tecnologias, discursos, negociações, colaborações, sobreposições e distinções que envolvem desde as malhas de fazer o crime às malhas da política de Estado pelo dispositivo de segurança (FOUCAULT, 2008). A justificativa deste debate está na escalada da violência nas cidades e nas prisões, protagonizadas por ações de agentes criminais e estatais pela “guerra entre facções”, “guerra às drogas” ou “enfrentamento as organizações criminosas”, gerando sofrimento e morte de determinadas populações. Interessa a este GT reflexões teóricas e empíricas, principalmente resultantes de pesquisas etnográficas, que abordem as políticas de segurança pública, prisionais e faccionais no controle e propagação de práticas criminais, de relações de poder e hierarquias. Focamos, mais especificamente, nas temáticas: violência urbana; dinâmicas criminais; chacinas; rebeliões e motins; facções criminais; gestão prisional; rotina prisional; relações de gênero, feminilidade e masculinidade no sistema prisional; dinâmicas do trabalho na segurança penitenciária e processos de militarização da Polícia Penal e da Guarda Municipal.
Palavras-chave: Violência; Crime; Estado; Segurança pública.
Coordenadoras:
Leila Maria Passos de Souza Bezerra (UECE)
Alba Maria Pinho de Carvalho (UFC)
Natália Monzón Montebello (UECE)
Debatedor:
Antonia Iara Adeodato (UECE)
Maria Messianne de Sousa Vieira (UFC)
Marcus Giovani Ribeiro Moreira (EDHAL/UFC)
Resumo GT 08
Resumo: O GT MARGENS E RELAÇÕES DE PODER: Violências Interseccionais, Migrações e (Re)existências Socioterritoriais aborda as temáticas das desigualdades, discriminações e violências urdidas no âmbito do capitalismo contemporâneo, bem como as vias de seu enfrentamento na América Latina e no Brasil, com destaque às resistências/(re)existências socioterritoriais em curso nas margens, e as formas de mobilidades migratórias e refúgio, sobretudo entre os países do Sul global. Por um lado, buscamos problematizar as configurações da violência estrutural – pobreza pluridimensional, das vulnerabilidades socioeconômicas e civis–, das violências/violações de direitos, dos deslocamentos forçados, além das práticas e tecnologias de gerenciamento das políticas da vida e da morte àqueles que se encontram às margens do Estado, a considerar a situação peculiar de imigrantes e refugiados. E, por outro, pretendemos enfocar práticas de dissidências e (re)existências socioterritoriais, as políticas sociais de enfrentamento às desigualdades/discriminações e violências urdidas nas margens, e as experiências voltadas à garantia de direitos. Este GT abrigará trabalhos que reflitam sobre as dinâmicas de produção e (re)significações das margens e dos direitos, as práticas regulatórias estatais e micro regulatórias, com ênfase nas configurações contemporâneas do Estado, da necrobiopolítica e das “vidas matáveis”; e seus tensionamentos e conflitos com os modos de vida/saberes não hegemônicos, que podem abrir vias de reinvenção da política das/nas margens, de decolonialidade dos direitos humanos e da artesania de epistemologias dissidentes a partir das lutas político-culturais. Serão privilegiados, assim, os seguintes eixos temáticos:
1) Capitalismo, violência estrutural e Estado no século XXI;
2) Configurações contemporâneas das segregações socioespaciais, efeitos de lugar, pobreza/vulnerabilidades socioeconômicas e civis, violências/violações de direitos nas margens;
3) Migração, deslocamentos forçados e refúgio, vulnerabilidades (socioeconômicas, políticas, culturais, de gênero) e direitos humanos;
Palavras-chave: Margens e Relações de Poder; Violências Interseccionais; Migrações; (Re)existências e territórios.
Coordenadoras:
Camila Holanda Marinho (UECE)
Isaurora Claúdia Martins de Freitas (UVA)
Flávia Alves de Sousa (UERJ)
Resumo GT 09
Resumo: A proposta do GT é constituir-se como espaço de diálogos, debates e reflexões sobre as inúmeras facetas das experiências e das práticas juvenis na contemporaneidade, propiciando um encontro de visões e modos de fazer pesquisa sobre as culturas e as sociabilidades juvenis. Serão acolhidos trabalhos que busquem analisar percursos, transições, práticas e rotas juvenis a partir dos seguintes eixos temáticos: Contextos de promoção ou de violação de direitos humanos, Criminalidade e Segurança Pública, Fronteiras, linhas e territórios de conflitos e disputas; Corpo, território e sociabilidade; Mapas afetivos, redes e intimidade; Experiências juvenis no ciberespaço; Trânsitos e mobilidades; Práticas de arte e cultura; Espaços de socialização e sociabilidades juvenis.
Palavras-chave: Juventudes; Experiências; Sociabilidades; Conflitualidades; Contemporaneidade.
Coordenadores:
Leonardo Oliveira de Almeida (CEBRAP)
Ozaias da Silva Rodrigues (UFAM)
Resumo GT 10
Resumo: Este GT tem como objetivo reunir pesquisadores/as em torno das temáticas da intolerância religiosa e do racismo religioso no Brasil e, sobretudo, no contexto cearense ou nordestino. É importante motivador para a presente proposta a intrigante capacidade de atualização desses fenômenos na história brasileira, capazes de assumir novas formas e mobilizar diferentes atores e grupos. Dados, publicações e eventos/fatos recentes, além de inspirarem a presente proposta, evidenciam um rico campo de análise para as Ciências Sociais e um importante espaço de diálogo entre diferentes áreas, como o Segundo Relatório Sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe (UNESCO - 2023); o Inventário dos Povos de Terreiro do Ceará (2022), que apresentou importantes dados sobre intolerância religiosa e o racismo religioso no estado; o lançamento do livro As tramas da intolerância e do racismo (2023), que apresenta pontos relevantes à análise da realidade brasileira; ou os recentes casos de violência contra espaços religiosos, objetos e pessoas ocorridos em diferentes regiões brasileiras, a exemplo da exposição Festa, Baia, Gira, Cura, que vem ocorrendo no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e que recentemente sofreu ataques vindos de representantes do poder público estadual. Este GT será dividido em sessões para a apresentação de pesquisas em andamento ou já finalizadas e tem como um de seus objetivos propor reflexões a partir de bibliografia especializada e de experiências do cotidiano que são atravessadas pela violência religiosa. Nosso GT apresenta-se como um espaço de debate acerca da presença do religioso na sociedade brasileira e sua interface com a violência.
Palavras-chave: Intolerância religiosa; Racismo religioso; Brasil; Violência religiosa.
Coordenadores:
Igor Monteiro Silva (UNILAB/UECE)
Lara Denise Oliveira Silva (Rede de Ensino Básico/CE)
Resumo GT 11
Resumo: O GT objetiva constituir um espaço de debate acerca dos territórios urbanos considerando as práticas e usos de dotação de sentido mobilizados pelos sujeitos que os habitam. Com maior ênfase, tenciona-se refletir – teórica, metodológica e empiricamente – sobre expressões plurais do “fazer-cidade” (AGIER, 2015) produzidas no diálogo forjado entre iniciativas culturais e ações políticas que interpelam as dimensões do instituído, do hegemônico, do legal e do colonial nas cidades. Tal foco no “fazer-cidade” permite pensar a urbanidade em sua dinamicidade, composta por “disputas”, “negociações” e “conflitos”, questionando seus entendimentos totalizantes. “Rolezinhos”, saraus, batalhas de rap, hortas urbanas comunitárias, rodas de capoeira e as diversas formas de resistência coletiva às precariedades da vida configuram-se como alguns dos exemplos em que arte, cultura e performance apropriam-se de “danos políticos” (PALLAMIN, 2017) como matéria de reivindicações e práticas concretas de transformação social. É, portanto, a reflexão sobre esta tensão acionadora da criatividade como “gesto político”, inscrito na cidade, que este GT procura explorar em suas interlocuções.
Palavras-chave: Cidades; Urbano; Política; Cultura; Arte.
Coordenadores:
Cristian S. Paiva (UFC)
Marcelle Jacinto da Silva (UNICHRISTUS)
Debatedores:
Socorro Leticia Peixoto (UECE)
Roberto Marques (URCA/UECE)
Daniele Ribeiro Alves (UFC)
Monalisa Soares Lopes (UFC)
Resumo GT 12
Resumo: O cenário pós-bolsonarista da sociedade brasileira nos desafia a repensar, política e epistemologicamente, a disputa de estratégias biopolíticas em curso: discursos e intervenções progressistas, republicanas e laicas são desafiados por dispositivos micro e macro políticos permeados por autoritarismos, conservadorismos reacionários, sexismo, racismo e lgbtqiapn+fobia, em que juventudes e demais coletivos em múltiplas situações de vulnerabilidade social são constantemente acusados de atentar contra um ideal eugenista e colonial de Nação. Essa disputa, que se articula em diversas dimensões (da política às redes sociais), revela traços estruturantes da sociedade brasileira, marcada pela desigualdade, pela injustiça e pela violação de direitos fundamentais. Problematizar esse cenário a partir de um olhar das políticas de gênero e sexualidade e suas intersecções com outros operadores da diferença se constitui, assim, como tarefa inadiável.
Este GT pretende reunir relatos de pesquisas concluídas e/ou em andamento em que sejam problematizados aspectos metodológicos, analíticos e ético- políticos na abordagem das temáticas de gênero, sexualidade e direitos humanos, nas suas intersecções com outros marcadores de diferença, tais como classe, raça/cor/etnia, geração, etc. Estão dentro do campo de interesses do GT os seguintes temas: identidades, políticas e cidadania lgbtqiapn+; violências de gênero, violência doméstica; feminicídio, transfeminicídio e lgbtqiapn+fobias; negligência, liminaridade e vulnerabilidade no contexto das práticas sexuais dissidentes; mercado erótico e trabalho sexual; práticas de segurança, policiamento e vigilância de coletivos de jovens, mulheres e lgbtqiapns; biopoder, biopotência e gestão das sexualidades; gordofobia, controle biofarmacológico dos corpos e emoções; culturas corporais transgressivas; regulação e re-patologização das transexualidades; experiências e estratégias de resistência envolvendo redes de coletivos subalternizados/minorizados; direitos sexuais e reprodutivos; família, direitos conjugais e parentais; interseccionalidade e epistemologias decolonais e contra-coloniais; lugar de fala e representatividade; mídia, feminismos e ativismos em rede.
Palavras-chave: Gênero e Sexualidade; Cidadania Sexual; Feminismos; Lgbtqiapn+; Interseccionalidade.
Coordenadores:
Rafael Godoi (UEMA)
Fernando Rodrigues (UFAL)
Debatedor:
Fábio Candotti (UFAM)
Karina Biondi (UEMA)
Fábio Mallart (UFAM)
Priscila Rodrigues Serra (Frente pelo Desencarceramento do AM)
Resumo GT 13
Resumo: O GT pauta a experiência carcerária contemporânea a partir das possibilidades de articulação entre atividades de pesquisa e extensão e do exercício etnográfico em colaboração com pessoas presas, egressas e familiares. Serão bem-vindas pesquisas que persigam políticas, fluxos e mobilidades marginais e prisioneiras vividas através e ao redor do dispositivo carcerário e em seus agenciamentos locais e translocais. Também espera-se possibilitar trocas e alianças entre projetos e atividades de extensão que possuam relação orgânica com pesquisas em andamento, com vistas a consolidar e promover um maior entrelaçamento dessa produção coletiva de conhecimento em diferentes escalas e regiões, estimulando a articulação de uma rede ampliada e diversa de pesquisa e intervenção sobre à realidade prisional brasileira.
Palavras-chave: Prisão; Pesquisa; Extensão; Fluxos Prisionais; Etnografia
Coordenadores:
José Lindomar Albuquerque (UNIFESP)
Pedro Henrique Coelho Rapozo (UEA)
Resumo GT 14
Resumo: As regiões de fronteira em diferentes escalas territoriais (países, estados, municípios, bairros) são lugares privilegiados para pensarmos as dinâmicas de circulação de mercadorias ilegais e as práticas cotidianas de produção de conflitos, violências e crimes. A partir destes espaços fronteiriços, podemos compreender simultaneamente os dispositivos de controle e gestão dos territórios e dos ilegalismos por parte de distintos agentes, assim como as estratégias de atravessamento, enriquecimento e sobrevivência daqueles que se dedicam aos negócios ilícitos. Dois eixos articulados estruturam este GT: 1) Regiões de fronteira entre diferentes territórios: Serão bem vindos trabalhos que analisam as dinâmicas dos mercados ilícitos, as formas de conflito (econômicos, políticos, jurídicos e socioambientais), organizações e práticas de crimes localizadas entre países, estados, municípios e bairros; 2) Circuitos e mobilidades em diferentes escalas: Visa congregar pesquisas que discutam as mobilidades de pessoas e a circulação de mercadorias, tais como rotas dos mercados ilegais e ilícitos entre diferentes territórios, os transportes clandestinos de pessoas e mercadorias, as mobilidades e deslocamentos das organizações criminosas, assim como o lugar do mundo virtual nos rearranjos territoriais e nos circuitos das mercadorias ilegais.
Palavras-chave: Fronteira; Território; Conflito; Ilegalismos; Circuitos.
Coordenadores:
Irlena Maria Malheiros da Costa (ESMEC)
Francis Emmanuelle Alves Vasconcelos (Unileão)
Resumo GT 15
Resumo: Este GT tem como objetivo construir um diálogo com pesquisadores sobre teorias, metodologias e universos empíricos que envolvem temas relacionados a relações gênero, geração, família e violência. Serão aceitos trabalhos que discutam: 1) Violência doméstica e intrafamiliar contra mulher; 2) Violência doméstica e intrafamiliar contra crianças e adolescentes; 3) Feminicídio; 4) Sistema de Justiça Criminal e combate à violência contra mulheres, crianças e adolescentes; 5) Políticas sociais de enfrentamento à violência contra mulheres, crianças e adolescentes.
Palavras-chave: Violência Doméstica; Violência Intrafamiliar; Mulher; Criança; Adolescente.
Coordenadores:
Jania Perla Diógenes de Aquino (UFC)
Thiago do Nascimento (UFC)
Daniel Rincon-Machon (University of Cambridge)
Debatedor:
Carolina Christoph Grillo (UFF)
Resumo GT 16
Resumo: O grupo de trabalho pretende agregar pesquisadores cujos estudos envolvam práticas ou coletivos ilegais, agentes e mecanismos (institucionalizados ou não) de classificação, repressão e punição, ações suscetíveis à incriminação, bem como experiências de diversos atores em instituições policiais, judiciais e prisionais. Além da discussão de dados e descobertas etnográficas, o GT buscará contribuir para a reflexão de dilemas éticos e dificuldades operacionais referentes à realização da pesquisa, ao tratamento analítico dos dados e às formas de publicização das informações obtidas.
Palavras-chave: Crime; Violência; Polícia; Justiça.