MODALIDADES
atletismo
O atletismo pode ser praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.
Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe. Sendo obrigatório para os atletas da classe T11 (acuidade visual menor que LogMAR 2.60), opcional para a classe T12 (acuidade visual de LogMAR1.50 até 2.60; e/ou campo visual menor que 10 graus de diâmetro) e não permitido para os competidores da classe T13 (acuidade visual de LogMAR 1.40 até 1; e/ou campo visual menor que 40 graus de diâmetro).
Nas provas de fundo 5.000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca pode ser feita no decorrer da disputa). No caso de pódio, apenas o atletas-guia que termina a prova recebe medalha.
DEFICIÊNCIAS
Física
Visual
Intelectual
GÊNEROS
Masculino
Feminino
PROVAS
Pista
Campo
Rua
PROVAS DO ATLETISMO
Pista
Velocidade: 100m, 200m, 400m, rev. 4x400m e rev. 4x100m
Meio-fundo: 800m e 1.500m
Fundo: 5.000m e 10.000m
Salto em distância
Salto em altura
Salto Triplo
Rua
Maratona (42km)
Meia-maratona (21km)
Campo
Lançamento de disco e club
Lançamento de dardo
Arremesso de peso
CLASSES NO ATLETISMO
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional.
Os que disputam provas de pista e de rua (velocidade, meio-fundo, fundo e maratona) e saltos (altura, triplo e distância) levam a letra T (de track) em sua classe.
T Track (pista)
T11 a T3 Deficiências visuais
T20 Deficiências intelectuais
T31 a T38 Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)
T40 a T41 Baixa estatura
T42 a T44 Deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese
T45 a T47 Deficiência nos membros superiores
T51 a T54 Competem em cadeiras de rodas
T61 a T64 Amputados de membros inferiores com prótese
RR1 a RR3 Deficiência grave de coordenação motora competindo na petra
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos e lançamentos) são identificados com a letra F (field) na classificação.
F Field (campo)
F11 a F13 Deficiências visuais
F20 Deficiências intelectuais
F31 a F38 Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)
F40 e F41 Baixa estatura
F42 a F44 Deficiência nos membros inferiores
F45 e F46 Deficiência nos membros superiores
F51 a F57 Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações)
F61 a F64 Amputados de membros inferiores com prótese
ATLETA-GUIA E APOIO
T11 Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio.
T12 Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais.
T13 Não pode usar atletas-guia e nem ser auxiliado por um apoio
(Fonte: CPB, 2024)
BOCHA
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha paralímpica só apareceu no Brasil na década de 1970. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio (calhas), e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
As regras e competições internacionais da modalidade são organizadas e gerenciadas pela Boccia International Sports Federation (Bisfed). Já no Brasil, quem rege a bocha é a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
DEFICIÊNCIAS
Elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas
DISPUTAS
Individuais, em duplas ou por equipes
GÊNERO
Masculino e Feminino
OBJETIVO
Lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca
CLASSES NA BOCHA
Todos os atletas da bocha competem em cadeira de rodas. Na classificação funcional, eles são divididos em quatro classes, de acordo com o grau da deficiência e da necessidade de auxílio ou não. No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar mais propulsão à bola. Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça. Em alguns casos, o calheiro acaba sendo a mãe ou o pai do atleta.
BC1 Opção de auxílio de ajudantes (podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido).
BC2 Não podem receber assistência.
BC3 Deficiências muito severas. Usam instrumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa.
BC4 Outras deficiências severas, mas que não recebem assistência.
(Fonte: CPB, 2024)
PARABADMINTON
O Parabadminton é estruturado para pessoas com deficiência física e compôs o programa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez em Tóquio 2021. Para praticar a modalidade, atletas em cadeira de rodas e andantes utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em provas individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes.
DEFICIÊNCIAS
Física
Intelectual
GÊNEROS
Masculino e Feminino
DISPUTAS
Simples
Duplas
Duplas mistas
CLASSES NO BADMINTON
WH1 E WH2 Classes funcionais de cadeiras de rodas
SL3 E SL4 Classes funcionais de pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam
SU 5 Classe funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores
SH6 Classes funcionais de baixa estatura
SI Classe funcional para atletas com deficiência intelectual (classe que não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos).
(Fonte: CPB, 2024)
PARAESGRIMA
Destinada a atletas com deficiência locomotora, a esgrima adaptada surgiu em 1953 e foi aplicada originalmente pelo médico alemão Ludwig Guttmann, o pai do Movimento Paralímpico. A modalidade, uma das mais tradicionais, é disputada desde a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960.
Praticado por pessoas com amputações, lesão medular ou paralisia cerebral, a esgrima em cadeira de rodas é um esporte rápido e tenso, na qual os atletas devem usar sua inteligência e raciocínio estratégico para vencer seu adversário, julgando o momento e a quantidade de ataques assim como os movimentos defensivos.
No Brasil, a modalidade é regulamentada pela Confederação Brasileira de Esgrima (CBE).
DEFICIÊNCIAS
Motora
DISPUTAS
Florete, espada e sabre
GÊNERO
Masculino e feminino (separadamente)
QUADRA
As pistas medem 4m de comprimento por 1,5m de largura
As cadeiras de rodas ficam fixas ao chão
OBJETIVO
Tocar o oponente
CLASSIFICAÇÃO NA ESGRIMA EM CR
Os atletas são avaliados, principalmente, de acordo com a mobilidade do tronco. Eles podem ser classificados em três categorias: A, B e C, sendo a C a mais severa e, a A, a menos comprometida.
CATEGORIA A Atletas com mobilidade no tronco; amputados ou com limitação de movimento
CATEGORIA B Atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio
CATEGORIA C Atletas com tetraplegia, com comprometimento do movimento do tronco, mãos e braços
DISPUTAS NA ESGRIMA EM CR
Na esgrima em cadeira de rodas, há disputa em três tipos de armas. Nas provas de florete, pontua quem tocar a ponta da lâmina no tronco do rival. Na espada, faz o ponto quem toca a ponta da arma em qualquer parte acima da cintura do rival. Já no sabre, qualquer toque com qualquer parte da lâmina acima do quadril do adversário vale ponto.
FLORETE
Ponta da lâmina: tronco do rival
ESPADA
Ponta da arma: qualquer parte acima do quadril do rival
FLORETE
Ponta da arma ou lâmina: qualquer parte acima do quadril do riva
(Fonte: CPB, 2024)
tÊNIS DE MESA
O tênis de mesa começou a ser praticado por pessoas em cadeira de rodas e entrou para o programa dos Jogos Paralímpicos em Roma 1960. A primeira participação de jogadores em pé aconteceu em Toronto 1976, junto com a estreia do Brasil na modalidade.
Nesta modalidade, participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre mesatenistas andantes e cadeirantes, com jogos individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.
DEFICIÊNCIAS
Físico-motora
Intelectual
DISPUTAS
Individual ou duplas
GÊNERO
Masculino e Feminino
PARTIDAS
5 sets de 11 pontos
REGRAS
Para andantes, as regras são as mesmas do Olímpico.
Para os cadeirantes, o saque difere
CLASSES NO TÊNIS DE MESA
Os atletas são divididos em 11 classes distintas, sendo dez para deficiência física e uma para deficiência intelectual. Para deficiência física, mais uma vez segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.
A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade para segurar a raquete.
São 11 classes:
Classes 1, 2, 3, 4 e 5 Para cadeirantes
Classes 6, 7, 8, 9 e 10 Para andantes
Classe 11 Para andantes com deficiência intelectual
(Fonte: CPB, 2024)
TIRO COM ARCO
O tiro com arco paralímpico pode ser disputado por pessoas com amputações, paraplégicos e tetraplégicos, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na coluna e múltiplas deficiências.
Além das provas individuais e duplas, a modalidade ainda conta com a disputa por equipes, com três arqueiros em cada time. As regras do tiro com arco paralímpico são as mesmas do esporte olímpico. Os participantes têm como objetivo acertar as flechas o mais perto possível do centro do alvo, que fica colocado a uma distância de 70m e tem 1,22m de diâmetro, formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto, e o central, dez. Quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida.
No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) e, internacionalmente, a World Archery (Federação Mundial de Tiro com Arco).
DEFICIÊNCIAS
Amputados, paralisados, paralisados cerebrais, doenças disfuncionais e progressivas, lesionados da coluna e múltiplas deficiências
GÊNERO
Masculino e Feminino
OBJETIVO
Acertar as flechas o mais próximo possível do centro do alvo, que fica posicionado a 70m de distância
REGRAS
As regras são as mesmas da modalidade olímpica
ALVO
Círculo com 1,22m de diâmetro, formado por 10 círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto. O central, 10
CLASSES NO TIRO COM ARCO
No tiro com arco, os atletas são divididos em três grupos de classes, que se diferenciam pelas capacidades do atleta de ficar em pé e/ou de locomoção nos braços e tronco: W1 e W2, OPEN (Arco recurvo e composto) e V1, V2 e V3.
W1 e W2 Para atletas com deficiências graves, em três ou quatro membros (braços e nas pernas)
OPEN (Arco recurvo e composto) Para atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior) ou ainda em dois membros (inferiores ou superior e inferior do mesmo lado)
V1, V2 e V3 Para atletas com deficiência visual (porém, não integram o programa dos Jogos Paralímpicos)
(Fonte: CPB, 2024)