Estranho

Não entenderás o meu dialeto

nem compreenderás os meus costumes.

Mas ouvirei sempre as tuas canções

e todas as noites procurarás meu corpo.

Terei as carícias dos teus seios brancos.

Iremos amiúde ver o mar

Muito te beijarei

e não me amarás como estrangeiro.

(MARTINS, 1952)

Sobre o autor Max Martins

Max Martins sempre foi envolvido com a literatura, a filosofia e a poesia desde muito novo. Seus estudos iniciaram em 1934 e os seus primeiros textos foram publicados por Haroldo Maranhão em um jornal escolar denominado “O Colegial”. A partir desse jornal e das publicações que surgiu a amizade entre Max, Haroldo e Benedito Nunes, durando mais de 50 anos. Nesse período, 1945 a 1951, o grupo de amigos participaram juntos do suplemento literário “Folha do Norte”, jornal de grande circulação em Belém. Esse grupo de amigos, ao publicarem textos literários nas páginas do suplemento literário da "Folha do Norte", começavam a se firmar como poetas, críticos, contistas, romancistas, cuja produção já demonstrava a contemporaneidade.

No jornal da família Maranhão , Max Martins publicou vários textos, em sua maioria poemas e que mais tarde viriam a integrar seu primeiro livro, "O Estranho" em 1952. As primeiras publicações de Max Martins e de outros autores paraenses, circulavam no suplemento literário do jornal, dirigido por Haroldo Maranhão.

Comentário da poesia "Estranho"

O poema "Estranho" apresenta alguém ainda a ser conhecido pelo leitor e, aos poucos esse alguém assemelha-se com o próprio autor Max Martins, ao deixar pistas sobre alguém e como ele se via: um estrangeiro no mundo em que vivia. Fosse pela consciência de ser diferente em relação ao seu tempo, fosse querer ser diferente em relação a estética poética da corrente literária parnasiana, da qual quis romper com ela em certo momento de sua trajetória.

Baseado nessas informações e nas suas pesquisas, faça a sua reflexão sobre o poema.

Aguardo os comentários de todos!

Caríssimos Alunos,

Para o acesso à outras poesias do autor Max Martins disponibilizo o link:

http://www.culturapara.art.br/maxmartins/maxpoemas3.htm