2024-Atual Insubordinação em textos do Português Arcaico
Descrição: em continuidade ao que vinha sendo pesquisado no Projeto Desgarramento e/ou insubordinação no Português (2020-2021), Rodrigues (2022) apresenta uma proposta de estabelecimento de padrões formais das orações insubordinadas em português, visando a abarcar um maior número destas construções. Com base em Cristofaro (2016), a autora defende que a insubordinação é um fenômeno de (des)articulação clausal mais geral, no qual estariam inseridos também os casos de desgarramento. A defesa de tal posicionamento foi crucial para o desenvolvimento do Projeto Padrões de insubordinação no Português (2022), que ainda está em curso. Rodrigues e Oliveira (2023), por sua vez, analisam textos do português arcaico, a fim de identificar cláusulas insubordinadas bem como seus padrões nessa fase histórica do idioma. Essa empreitada, mais recente do que as realizadas nos Projetos antes mencionados, é fundamental para verificarmos a hipótese diacrônica de Evans (2007) de que a insubordinada se origina de uma subordinada. Tal origem diacrônica pode ser inferida com base na própria definição de insubordinação dada pelo linguista, que define a insubordinação como o uso convencionalizado como cláusula principal do que, à primeira vista, parecem ser formalmente cláusulas subordinadas (Evans, 2007, p. 367). Para darmos conta desse objetivo, no Projeto que ora se apresenta, recorremos ao site da CIPM (Corpus Informatizado do Português Medieval), disponível em https://cipm.fcsh.unl.pt/, para coletarmos nossos dados. Esperamos com os resultados de nossa análise comprovar a hipótese de que há mais de um padrão de insubordinação nos textos históricos examinados.
Integrantes: Violeta Virginia Rodrigues (Coordenadora) / Thiago Laurentino de Oliveira (vice-coordenador) / Patrícia Marinato Gonçalves Nascimento (IC) / Hellen Soares da Silva (IC) / Natália Almeida (TCC).
2022-Atual Padrões de insubordinação no Português
Descrição: as construções insubordinadas sincronicamente podem ser associadas ao uso independente de construções principais exibindo características à primeira vista de cláusulas subordinadas. Nesse sentido, pode-se afirmar que as construções insubordinadas funcionam como cláusulas independentes do ponto de vista sintático, semântico e pragmático. Defendemos, neste projeto, a hipótese de que é muito difícil estabelecer um único padrão de insubordinação na esteira do que afirma Evans (2007). Sendo assim, este projeto visa a estabelecer padrões de insubordinação para o português brasileiro escrito. Justifica-se tal proposta pelo fato de haver poucos estudos sobre insubordinação na modalidade escrita do português na perspectiva sincrônica. Grande parte dos estudos sobre insubordinação partem de um ponto de vista sincrônico e adotam corpora de língua falada. Com base em corpora escritos diversos, pretendemos verificar se há tipos de discurso particularmente propensos a favorecer o desenvolvimento da insubordinação.
Integrantes: Violeta Virginia Rodrigues (Coordenadora) / Thiago Laurentino de Oliveira (vice-coordenador) / Marcelo Rodrigues Affonso Junior / Natália Pires Santos (TCC) / Carolina Sthefany Almeida da Silva / Patrícia Marinato Gonçalves Nascimento (IC) / Hellen Soares da Silva (IC) / Natália Almeida (TCC).
2022-Atual A percepção (socio)linguística de fenômenos morfossintáticos do português
Descrição: este projeto tem como objetivo geral analisar a percepção (socio)linguística de fenômenos morfossintáticos variáveis do português brasileiro. Especificamente, focaliza-se a expressão pronominal de referência à segunda pessoa do singular em diferentes contextos morfossintáticos. Para tanto, pretende-se explorar, além da análise de corpora linguísticos diversos, a metodologia experimental, utilizando técnicas como a tarefa de julgamento de escolha induzida e de matched-guise. Como fundamentação teórica, adota-se a perspectiva da Sociolinguística Variacionista, tanto nas abordagens mais clássicas (LABOV, 1994; 2001; 2008[1972]) quanto nas abordagens mais recentes (ECKERT, 2012; 2019; CAMPBELL-KIBLER, 2010; SQUIRES, 2014). Assume-se como pressuposto central que a variação linguística constitui uma parte importante do conhecimento linguístico do indivíduo, fato que pode ser observado nos modos distintos como os falantes percebem as formas variantes e as conectam a múltiplos significados sociais.
Integrantes: Thiago Laurentino de Oliveira (Coordenador) / João Vittor Gomes Firmo (IC) / Luciana Rabello de Souza (IC) / Thiago Garcia da Cunha (IC) / Brenda Gonçalves Tosi (D) / Thaissa Frota Teixeira de Araujo Silva (D)