O PALÁCIO CASTILHO E TÁVORA. O BASTIÃO DOS CAPITÃES-MORES DE RIBA CÔA
Rui Castilho de Luna | ASSOCIAÇÃO CULTURAL CASTILHO E TÁVORA
Resumo: O poder centralizado na nobreza local nos séculos XVII e XVIII, gerado pelo afastamento geográfico da capital do reino e da corte, vai conferir aos Capitães-mores das Ordenanças, um poder social, político e militar quase absoluto, fortalecendo ainda mais a relação quase feudal da defesa territorial e da protecção social, na substituição do poder Real, pelo poder da aristocracia. O Palácio Castilho e Távora, é um dos grandes símbolos desse poder vigente. Símbolo maior dos Castilhos e dos Távoras, ostenta na sua imponente fachada, 113 flores de Lys dos Castilhos emolduradas pelas ondas dos Távoras. A sua construção, resulta do duplo casamento celebrado em 1718, entre irmãos das nobres famílias Castilho e Távora e que tornar-se-á o símbolo esculpido no granito dourado de Riba-Côa, deste poder militar hereditário, sustentado por um poder territorial e económico, absolutamente milionário, onde a ostentação da primeira nobreza do reino é uma evidência, traduzida nas regras artísticas do Barroco.
Nota curricular: Rui de Luna fez a sua formação musical em Itália na Fundação Morello (Veneza), com o Maestro Claude Thiolas, posteriormente em Savonna com Renata Scotto e no Royal College e Royal Academy of Music. Recebeu em 2019, de sua Excelência o Senhor Presidente da República, o Alto Patrocínio pela sua obra musical, o Diploma de Mérito Artístico de Brasília (96), Prémio Jovens Músicos de Roma (Papa João Paulo II), entre outros. Foi nos últimos 14 anos, artista da AIM de New York. Actuou em importantes salas de concertos da Europa ao Extremo Oriente, do Brasil aos Estados Unidos, sempre acompanhado pelas mais prestigiadas orquestras (Sinfónica de Budapeste e Sinfónica da China, entre outras). Gravou para a editora BMG/ RCA, e torna-se o primeiro cantor lírico português a receber uma etiqueta maior (RCA/GOLD). Em 2021 representou o Estado Português em Washington, na Convenção do Clima de Paris. No âmbito da Temporada “Saisons Croisée Portugal - France 2022” inaugurou a exposição da Joana Vasconcelos “A Árvore da Vida”, na Saint Chapelle de Vincennes, em Paris. No passado dia 10 de Junho 2023, no Mosteiro dos Jerónimos, estreou a obra de sua autoria, “Do Amor e da Glória em Camões”.
Cursou História na Universidade Livre e Lusófona de Lisboa. Paralelamente à sua carreira musical, dedica-se à investigação de fundos musicais. Tem participado em seminários, palestras e conferências nas Universidades: Católica, Nova, Lusófona, Clássica de Lisboa, Coimbra e Universidade de Sevilha, assim como em Museus Nacionais, Fundações, Bibliotecas e Institutos e colaborações com : Ana Duarte Rodrigues “The 8th Marquis of Fronteira’s taste of gardening in its English cultural context”, Gardens & Landscapes of Portugal,) e com a Universidade de Sevilha de Pablo de Olavide, “ O Palácio Castilho e Távora em Terras de Riba-Côa”, integrado no livro “Barroco em Movimento” da mesma Universidade. Iniciou em 2013 uma intensa colaboração com a Fundação da Casa de Bragança, resultando para além de inúmeros concertos no Festival de Música da mesma Fundação, a publicação dos seguintes livros: “A Sua Magestade a Rainha D. Amélia de Portugal. Um raro acervo musical”, “A música na Corte da Rainha D. Maria II de Portugal”, “A educação dos Príncipes”, “D. Manuel II-O Rei Músico”. Participou no catálogo da Exposição no Palácio da Ajuda “D. Maria II” e no livro “O Palácio das Necessidades” do Embaixador Manuel Corte Real. Foi comissário para a música, das exposições realizadas no paço Ducal de Vila Viçosa, “O raro acervo musical da Rainha D. Amélia” e a “A educação dos Príncipes” e a convite do Museu da Presidência, a exposição “D. Maria II” no palácio da Ajuda.
CONTRIBUTOS PARA O ESTUDO DA ICONOGRAFIA DA CIDADE DO PORTO: O TEMPO DO BARROCO
Pedro Flor | UAb / IHA – NOVA FCSH / IN2PAST
Resumo: O estudo da paisagem urbana através da iconografia remanescente é metodologia antiga e que voltou nos últimos anos a receber a atenção dos investigadores. A aplicação das novas tecnologias à história da arte como meio de potenciar o seu entendimento e a exploração das suas múltiplas potencialidades através da aplicação das realidades virtuais e dos ambientes web colocaram na ordem dia a área disciplinar das Humanidades Digitais. A preservação do património cultural e o acesso global a recursos digitais, através da inovação tecnológica tem vindo a promover a interdisciplinaridade e a democratização do conhecimento em largo espectro, traduzindo-se até na criação de legislação internacional sobre o tema. Tomando por base as boas práticas de estudo levadas a cabo com a cidade de Lisboa, procuraremos na nossa intervenção enunciar uma metodologia de trabalho e de análise crítica aplicável a exemplos presentes no Norte do país, nomeadamente na cidade do Porto.
Nota curricular: Pedro Flor é Professor Auxiliar com Agregação em História da Arte Moderna na Universidade Aberta e investigador integrado no Instituto de História da Arte da NOVA / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Tem coordenado vários projectos de investigação financiados e tem publicado vários livros e artigos no âmbito da sua área de investigação, nomeadamente o Renascimento e a arte do Retrato e os Estudos de Lisboa. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História. É actualmente o Presidente da Associação Portuguesa de Historiadores da Arte.
OS PARTERRES: DA GEOMETRIA À BRODERIE
Ana Duarte Rodrigues | CIUHCT / FCUL
Resumo: Parterre foi o nome que se deu ao terraço preenchido com buxo ‘esculpido’ de maneira a criar formas geométricas ou mais livres, por norma, mais voluptuosas, por vezes designadas de barrocas. Os terraços assim elaborados apareceram no Renascimento italiano, mas como foi posteriormente a literatura francesa a teorizar sobre o desenho de jardim formal, vingou a definição de parterre. Os primeiros a serem incluídos na tratadística de jardim, de desenhos geométricos, surgem em Jacques Boyceau (1638), mas vão rapidamente complexificar-se e abandonar as formas geométricas para procurar inspiração noutros suportes, como nas tapeçarias, nos tecidos adamascados e nos bordados, ganhando assim a denominação de parterres de broderie, como os que aparecem representados no livro La Théorie et la Pratique du Jardinage (1709) de Dézallier d’Argenville.
Enquanto o quadrado como módulo, multiplicado por um ou por quatro prevaleceu nos jardins renascentistas, verificou-se uma tendência muito marcada no período barroco formada por duas ou mais peças simétricas de parterre a ocupar uma área retangular, adornadas com fontes e rematadas por um hemiciclo. No norte da Europa, o desejo de ter parterres, mas a impossibilidade de os ter de buxo porque não crescia, conduz ao aparecimento de um diferente jogo de cheios e vazios realizado com relva e areia.
Com mais ou menos cor, e com mais ou menos formas esculpidas em topiária, esta conferência convida a uma viagem pelo universo dos parterres desde a sua conceção e passagem para o terreno, até às múltiplas formas que foi adquirindo entre os séculos XVI e XVIII em várias regiões da Europa.
Nota curricular: Ana Duarte Rodrigues é professora associada do Departamento de História e Filosofia das Ciências e coordenadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT). Teve uma formação multidisciplinar que aliou a história da arte, sobretudo no período da Idade Moderna, com os estudos de jardins e paisagem, e a história da ciência e da tecnologia, com passagens por instituições académicas de renome internacional como o Warburg Institute da Universidade de Londres e Dumbarton Oaks de Harvard. No seu currículo conta com mais de 150 publicações, e a coordenação de três projetos financiados pela Fundação para a Ciências e Tecnologia. Da sua investigação, que cobre um vasto leque de tópicos, destaca-se aquela que usa a história como alavanca para descobrir soluções eficientes sobre poupança hídrica e energética, opções de espécies botânicas adaptadas às condições biofísicas, enfatizando as climáticas, e entendimento dos jardins e paisagens como janelas para refletir sobre questões variadas do passado, presente e futuro. Foi-lhe atribuído, por dois anos consecutivos – 2021 e 2022 – o Scientific Merit Award – pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
GALERIAS DE RETRATOS EM CASAS SENHORIAIS: O EXEMPLO DA CASA DA ÍNSUA - PENALVA DO CASTELO
Susana Varela Flor | IHA – NOVA FCSH / IN2PAST
Resumo: Na definição do conceito de casa nobre concorrem muitos elementos, para além do título concedido por mercê régia. Assim, em paralelo à posse de Palácios, Quintas ou Solares, da distinção heráldica e sua distribuição pelo património imóvel e móvel, registe-se a existência de Livraria e de Arquivo que fundamenta, de igual modo, a nobilitação de uma determinada família e é reveladora da sua importância no contexto do Antigo Regime. A par da importância que a Livraria e o Arquivo assumem na afirmação do papel dos pares do Reino, a encomenda de uma galeria de retratos vem corroborar visualmente toda a ancestralidade reivindicada, à semelhança do que a Coroa fazia nos seus espaços de representação.
Também a fidalguia não titulada e ligada ao funcionalismo da corte não fugiu a esta moda e, embora com menos recursos, muitas foram as famílias que mimetizaram o cenário de galerias de retratos, no qual se exibiam as virtudes dos seus patriarcas e os feitos daqueles que se sacrificaram pela pátria. Os Albuquerques da Casa da Ínsua são o exemplo que escolhemos para narrar esta prática.
Nota curricular: Susana Varela Flor é doutorada em História, especialidade Arte, Património e Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 2010 com uma tese subordinada ao tema "Aurum Reginae or Queen-Gold”: “A Iconografia de D. Catarina de Bragança”. entre Portugal e Inglaterra de Seiscentos".
Entre 2006-2012, foi coordenadora da Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões, tendo sido responsável pela inventariação do seu espólio e pela sua transferência para o Museu Nacional do Azulejo. Integrou ainda o Comissariado Científico da exposição evocativa do centenário do nascimento de João Miguel dos Santos Simões em 2007.
Colaborou como docente com o Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa e com a Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva, ministrando unidades curriculares na área da História da Arte e do Património. Tem participado em encontros de carácter científico nacionais e estrangeiros e é autora de publicações na área de especialidade de Pintura e Retrato seiscentista. Foi investigadora responsável do projecto "Biblioteca DigiTile: Tiles and Ceramic on line" (PTDC/EAT-EAT/117315/2010) financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC).
No presente, é investigadora auxiliar do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA no âmbito do Laboratório Associado IN2PAST e docente no Departamento de História da Arte da mesma Instituição.
A CASA NOBRE NO CONCELHO DE VILA NOVA DE FOZ CÔA: PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE ROTEIRO
Ana Celeste Glória | IEM – NOVA/FCSH
Resumo: A região demarcada do Douro é um território intensamente marcado pela história e cultura associada à produção vinícola. Na sua extensa paisagem entre as encostas íngreme e os povoados interiores sobressaem um conjunto de arquitecturas diversificadas – quintas, casas nobres e palácios – que constituem verdadeiros exemplares da arquitectura barroca à neoclássica. Neste contexto evidenciaremos o concelho de Vila Nova de Foz Côa, que integra no seu território dois Patrimónios mundiais da humanidade (Vale do Côa e Alto Douro Vinhateiro) e onde se distribuem um conjunto de solares e casa nobres que merecem ser divulgadas e promovidas à semelhança de tantas outras dado o seu interesse histórico e cultural. Assim, esta comunicação tem como objectivo a proposta de criação de um roteiro em torno das casas nobres existentes no concelho de Vila Nova de Foz Côa, com vista à sua promoção e valorização, bem como da história, da cultura e do património do referido município.
Nota curricular: Doutorada em História da Arte (2020) pela NOVA FCSH, com o projecto “A Casa Nobre na Região Demarcada do Douro no século XVIII” apoiado financeiramente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (2013-2016) e acolhido no Instituto de História da Arte – NOVA FCSH. Mestre em Património – esp. Património Artístico (2010) e licenciada em História da Arte (2007) pela mesma Faculdade.
Recebeu a Menção Honrosa “Alerta” atribuída pelo SOS Azulejo, Museu da PJ e Museu do Azulejo (Prémios SOS Azulejo 2014) pelo trabalho “Casa dos Condes da Lousã – Damaia” apresentado em diferentes conferências e a Menção Honrosa “Defesa do Património Azulejar” pelo trabalho desenvolvido sobre a “Casa da Pesca: 10 anos de investigação” (Prémios SOS Azulejo 2019-2020).
As suas áreas de interesse são a arquitectura civil erudita, a casa nobre e o património. Actualmente é investigadora contratada no Instituto de Estudos Medievais NOVA FCSH.
O PALÁCIO CASTILHO E TÁVORA EM ALMENDRA E TERRAS DE RIBACÔA E SEU HINTERLAND: ESBOÇO DE LEITURA DE UMA FACHADA ÚNICA E ORIGINAL NO NORDESTE DE PORTUGAL
Miguel Montez Leal | IHA – NOVA FCSH / IN2PAST
Resumo: Na Beira-Alta no hinterland do magnífico Douro que vindo de Espanha desagua na foz do Porto existe e permanece em Almendra, terras de Riba-Côa, um palácio construído cerca de 1743 e que a todos nos espanta pela sua monumentalidade, escala e imponência.
A sua arquitectura nada tem a ver com o solar minhoto, com a torre senhorial sede de solar, que marca e simboliza a memória e o início de uma estirpe e linhagem, mesmo que esta chegasse do país vizinho, como é o caso dos Castillo cujo escudo de armas apresenta e ostenta uma torre. E nem sequer com a vizinha Casa de Mateus da autoria do toscano Nicolau Nasoni.
Subentende-se a sua nobreza ancestral, uma família de militares, preparados para defender as suas nações, a sua região e as suas propriedades sendo leais ao Rei, sendo além de tudo isto riquíssimos, pois como afirmou o nobre de origem navarra, Juan José Navarro Gianthomasi y Búfalo, Visconde de Viana e Marquês de La Victoria (1687-1772), nascido em Messina, filho e neto de militares: “nobreza sem dinheiro é nobreza de fumo, e não fumo de potentes canhões de galeões que cruzavam o Mediterrâneo ou o Atlântico. Mas de fumo que se evola, porque sem património, sem capital e uma teia hierárquica de lealdades, não há riqueza, nem moeda, nem Casa que se possa sustentar. Cargos, vínculos e mercês, capelas e morgadios são os pilares da nobreza. Quando duas ou três falham em cinco lá se esboroa a nobreza. Fica o legítimo orgulho nos antepassados e a responsabilidade de manter o status, a memória e o lustro.
Desde a antiguidade clássica e dos tratados de Vitrúvio que a arquitectura serve de base à nossa civilização europeia e ocidental.
Uma fachada bem proporcionada é pautada por um ritmo e musicalidade. Na Casa Castilho e Távora as referências arquitectónicas são quase todas exteriores a Portugal e mesmo à Península Ibérica. Vêm do norte de Itália, da Áustria e da Hungria. Nesta comunicação é esta a proposta base de descodificação de um edifício belo e imponente, com uma escala originalíssima e invulgar no norte e interior de Portugal.
Nota curricular: Miguel Montez Leal, Doutor e Mestre em História da Arte Contemporânea, Licenciado em História, graus obtidos na Nova fcsh, pós-graduado no Ramo de Formação Educacional (Nova FCSH), antigo Professor do 10ºGrupo A (História), pós-graduado em Estudos Europeus-Dominante Jurídica na Universidade Católica Portuguesa, frequentou a parte lectiva dos cursillos de Doctorado de História Moderna de Espanha, na Universidad Complutense de Madrid.
Investigador do Instituto de História de Arte, autor de artigos académicos e livros nos campos da História e da História de Arte, Sócio Correspondente do Instituto Português de Heráldica, antigo guia turístico especializado, poeta, escritor, genealogista, cronista na imprensa regional, tradutor, comissário, Presidente da Comissão dos 200 Anos da Elevação do Cartaxo a Vila(1815-2015), Comissário dos 150 Anos do nascimento e da morte do dramaturgo Marcelino Mesquita, membro da Comissão Municipal de Toponímia da Câmara Municipal do Cartaxo, sua terra natal, co-autor do guião da série "Memória Fotográfica" que passou na RTP 2 em 2018. Dedica-se ao estudo do século XIX em Portugal, o longo romantismo português, e investiga o estudo do percurso e obra do pintor-decorador Pereira Cão (1841-1921), a azulejaria, pintura mural, arquitectura e genealogia.
EL BARROCO MUSICAL ESPAÑOL Y LA INFLUENCIA DE LA NUEVA MODA ITALIANA
Marian Rosa Montagut | Centro de Investigación y Difusión Musical TEMPUS
Resumo: La música barroca española gozó de gran esplendor durante todo el siglo XVII, pues además de diferenciase estilísticamente de la que se cultivaba en otros lugares, poseía géneros y formas propias, como es el caso de los tonos y los villancicos.
Sin embargo a partir de los conflictos bélicos de la guerra de sucesión española acaecidos a principios del siglo XVIII -con la disputa por el trono entre Felipe V y el archiduque Carlos de Austria-, empezarán a llegar músicos europeos a las capillas españolas y con ellos llegarán nuevos instrumentos, nuevas formas y nuevos lenguajes. Ambos pretendientes al trono traerán consigo sus propias capillas de música a los emplazamientos que ocuparán y representarán géneros desconocidos en el territorio, como es el caso, sobre todo, de la ópera. Debido a ello, se iniciará un movimiento de fusión entre el lenguaje considerado típicamente español (el modo de componer tradicional del siglo XVII) y la llamada “moda italiana” con una gran influencia de la música escénica. Este hecho no solo afectará a los movimientos musicales de los ámbitos cortesanos y de los primeros teatros públicos que empezarán a proliferar en las grandes ciudades, sino que asimismo se hará notar en las propias capillas de música de ámbito eclesiástico, donde los tradicionales instrumentos del siglo anterior como las chirimías, los sacabuches o los bajones se verán sustituidos progresivamente por los modernos violines, oboes, flautas y trompas, entre otros,. Si bien esta apertura se iniciará en las primeras décadas del siglo XVIII, las composiciones sufrirán un proceso inicial de convivencia de géneros y estilos que será muy atacado por los principales críticos musicales del momento como así lo haría el padre Benito Jerónimo Feijoo. La mayoría de críticos y musicólogos de épocas posteriores han despreciado la música barroca española del siglo XVIII por considerar que esta llegada de la nueva moda la llevó a una decadencia y desvalorización, por lo que incluso durante décadas no ha sido fruto de estudio ni de recuperación por parte de musicólogos e intérpretes, una tradición que se ha mantenido durante siglos y que ha causado un cierto desprestigio de la música española del Setecientos. Afortunadamente este panorama esta empezando a cambiar y gracias a las recientes recuperaciones se ha vuelto a poner en valor la gran importancia de la música barroca española en sus diferentes fases evolutivas.
Nota curricular: Natural de Benifaió (Valencia). Inicia los estudios musicales en su localidad natal, obteniendo la titulación de piano en el Conservatorio Superior Joaquín Rodrigo de Valencia, estudios que compagina con los universitarios, licenciándose en Filosofía en la Universidad de Valencia. Se especializa en música antigua y barroca, finalizando los estudios superiores de clave con J. L. González Uriol en el Conservatorio Superior de Música de Zaragoza. Paralelamente estudia clave y bajo continuo con Albert Romaní y Eduard Martínez, asistiendo a cursos de perfeccionamiento de clave y dirección, entre otros, con J. Ogg, R. Alesandrini, W. Jansen y E. López Banzo. Fundadora de Harmonia del Parnàs es la clavecinista y directora de esta agrupación con la que ha grabado ocho CDs y actuado en los principales auditorios y festivales de Europa y América. Como investigadora obtiene el Diploma de Estudios Avanzados (D.E.A.) del Doctorado en Musicología en la Universidad Autónoma de Barcelona, siendo becada en varias ocasiones para realizar investigaciones y estancias en el extranjero. Ha publicado artículos en numerosas revistas científicas, así como entradas de diccionarios especializados y libros. Ha participado como ponente e impartiendo cursos de formación en la Universidad de Valencia, la Universidad de León, la Universidad de Almería, así como en Polonia, Francia, La Habana, Buenos Aires, Montevideo, Chicago o Nueva York. Es la directora del Centro de Investigación y Difusión Musical TEMPUS.
O PALÁCIO DOS CONDES DE ANADIA EM MANGUALDE
Helder Carita | IHA – NOVA FCSH / IN2PAST
Resumo: Um dos exemplares mais notáveis da casa senhorial e da arquitetura barroca em Portugal. Embora com uma campanha de obras realizadas por Gaspar Paes de Amaral, capitão-mor de Azurara, no ano de 1644 sobre um núcleo primitivo, o atual conjunto arquitetónico resulta de uma grande campanha de obras promovida, a partir do primeiro quartel do século XVIII, por Simão Paes de Amaral. Estas obras, concluídas já no fim do século, conferem ao edifício uma invulgar coerência estilística. A sua notabilidade decorre, não só da qualidade da arquitetura como do seu programa interior que, caso muito raro, mantém a sua estrutura distributiva quase inalterável, com uma magnifica estrutura de escadas reais e um piso nobre com um conjunto de salas, antecâmaras e camaras distribuídas nas mais coerentes normas setecentistas. A estas qualidades acresce ainda uma excecional coleção de azulejaria que se distribui pelas escadarias e salas do piso nobre, datável de entre 1740 e 1750 e atribuída à oficina de Salvador Sousa Carvalho, como ainda uma rara coleção de pintura e de mobiliário do século XVIII.
Nota curricular: Hélder Carita é arquitecto e investigador integrado no Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade NOVA de Lisboa, onde desenvolve uma investigação sobre a casa senhorial em Portugal, no Brasil e em Goa. Realizou um Pós-Doutoramento na Universidade NOVA de Lisboa com um projecto sobre a arquitectura regimentada e os processos de regulamentação desenvolvidos pela provedoria de obras reais. Doutor em História da Arte Moderna - variante de Arquitectura e Urbanismo pela Universidade do Algarve, com uma tese sobre a arquitectura religiosa indo-portuguesa no Kerala, e Mestre em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa, com uma dissertação sobre a Lisboa Manuelina e a formação de modelos urbanísticos da época moderna. Foi docente na Escola Superior de Artes Decorativas, em Lisboa. Coordenador do projecto de investigação “A Casa Senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro, sécs. XVII, XVIII e XIX: Anatomia dos Interiores” e investigador nos projectos “Alberti Digital - Tradição e inovação na teoria e prática da arquitectura em Portugal” e “Lógicas Coloniais - Espaço e Sociedade em Goa”.
Publicou, entre outros, os livros A Casa Senhorial em Portugal; Arquitectura Indo-Portuguesa na Região de Cochim e Kerala; Os Palácios de Goa - Modelos e Tipologias de Arquitectura Civil Indo-portuguesa; Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal; Oriente e Ocidente nos Interiores em Portugal; e Lisboa Manuelina e a Formação de Modelos Urbanísticos da Época Moderna. Recebeu em 1990 o prémio de olissipografia Júlio Castilho, pela Câmara Municipal de Lisboa. Divide os seus domínios de investigação entre história da arquitectura e do urbanismo, sendo uma das suas áreas privilegiadas a arquitectura civil; neste âmbito, orientou dissertações de mestrado, organizou diversos eventos científicos, participou em inúmeras conferências e publicou vários textos.
O ARCIPRESTADO DE VILA NOVA DE FOZ CÔA. VIAJANDO NO TEMPO E PELOS TEMPOS DA TALHA DOURADA DOS RETÁBULOS
Carla Queirós | ESEPP
Resumo: Situado na ponta oriental do vasto território que compreende a diocese de Lamego e constituindo uma das catorze jurisdições eclesiásticas do bispado, o arciprestado de Vila Nova de Foz Côa é o que se encontra mais afastado da cidade sede episcopal. Este afastamento não impediu, porém, que as novidades estéticas, que cedo eram introduzidas em Lamego, chegassem a Vila Nova de Foz Côa e fossem colocadas em prática pelos diferentes artistas, em diferentes épocas, embora com algumas particularidades. Percorrendo as quinze paróquias que constituem esta jurisdição e no que concerne à talha dourada, verificamos a excelente qualidade das estruturas retabulares destas igrejas. Procuraremos demonstrar como as tendências estéticas deste arciprestado, acompanharam não só o gosto imposto pela cidade sede do bispado, mas também como o distanciamento geográfico dos grandes centros urbanos, o peso da tradição e o gosto dos encomendadores acabaram por influenciar, de igual modo, a execução destes retábulos, impondo-lhes um cariz mais regionalista, mas nem por isso menos audaz e brilhante se os compararmos com aqueles executados nos grandes centros produtores de talha.
Nota curricular: Licenciada em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP, 1994), Mestre em História da Arte em Portugal (FLUP, 2001) e Doutora em História da Arte (FLUP, 2007).
Professora Adjunta na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto.
Investigadora Integrada no CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar em Cultura, Espaço e Memória) no grupo de investigação Património Material e Imaterial e Investigadora Colaboradora no inED (Centro de Investigação e Inovação em Educação) no grupo de investigação Cultura, Arte e Educação e no grupo de investigação Formação de Professores.
Como investigadora desenvolve a atividade na área dos retábulos em talha dourada, escultura sacra e arquitetura religiosa e civil dos séculos XVII-XVIII.
Em paralelo desempenha funções como consultora e assessora técnica na área das madeiras policromadas, em colaboração com várias dioceses portuguesas (Lamego, Porto, Viana do Castelo e Santarém) e instituições públicas e privadas.
Autora de várias publicações e comunicações em conferências, seminários e colóquios nacionais e internacionais.
SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS, EM LAMEGO: UM SACRO MONTE MARIANO
Maria Isabel Roque | CIDEHUS – UÉ
Resumo: O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, inscreve-se no fenómeno religioso reformista da transferência de devoções pré-existentes (dulia) para espaços de culto mariano (hiperdulia). Em 1564, o bispo D. Manuel de Noronha ordenou a destruição da antiga e arruinada ermida dedicada ao proto-mártir Santo Estêvão e, posteriormente, mandou construir uma nova capela, em cota abaixo da inicial, a qual veio a adquirir o título de Nossa Senhora dos Remédios, embora mantivesse elementos do antigo culto. A crescente afluência de peregrinos e devotos implicou a construção do atual santuário, cujas obras tiveram início em 1750.
A partir de meados do século XVIII, a popularidade dos santuários cristocêntricos e o interesse das irmandades responsáveis em renovar os espaços de peregrinação, ampliando-os e atualizando-os ao gosto da época, e, com isso, dinamizando o culto neles praticado, favoreceram a introdução do modelo dos sacro monti com escadório em santuários marianos, tal como acontece no de Nossa Senhora da Piedade, em Sanfins do Douro, no de Nossa Senhora da Peneda, em Arcos de Valdevez, ou no de Nossa Senhora dos Remédios. A implantação cenográfica deste, com um escadório que sobe a colina face ao núcleo urbano de Lamego, desenvolvendo-se em onze lanços convergentes e divergentes, interrompidos por terraços com fontes e capelas, faz nítidas referências ao Santuário de Bom Jesus do Monte, em Braga, considerado como pioneiro e um dos mais relevantes sacro monti concebidos segundo o modelo matricial de Varallo.
Fundamentada através de pesquisa documental e complementada pela observação direta dos sítios, a análise comparativa entre ambos os santuários permite aferir as suas convergências formais e simbólicas e destacar as particularidades do santuário lamacense, decorrentes da necessidade de alterar a conceção do espaço em função da narrativa cristológica da via-sacra para a adaptar ao culto mariano. Embora o plano inicial não tenha sido integralmente executado, nomeadamente, no que se refere à construção das capelas ao longo do escadório, o Pátio dos Reis, com a representação de figuras bíblicas pertencentes à árvore genealógica da Virgem, e a capela dedicada à Sagrada Família são os dois elementos que traduzem esta mudança, consolidada, já em meados do século XX, através da colocação, nos patamares, de painéis de azulejos com cenas da vida da Virgem num enquadramento revivalista que remete para a estética barroca e rococó.
Nota curricular: Maria Isabel Roque - Doutora em História, especialização em Museologia da Religião. Professora na Universidade Católica Portuguesa e investigadora integrada do Centro Interdisciplinar de História, Cultura e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS.UÉ). Membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa, do ICOM – International Council of Museums, da APHA – Associação Portuguesa de Historiadores de Arte e da APOM – Associação Portuguesa de Museologia. Integrou comissariados de exposições temporárias de arte religiosa (1993-2000) e as Estruturas de Projeto de Inventário dos Bens Culturais Móveis (1991-1993; 1997/2000). Participou na criação e desenvolvimento da Biblioteca Nacional Digital (2001-2007) e nos projetos de edição eletrónica de manuscritos, incunábulos e livro antigo para as bibliotecas digitais das Universidades de Lisboa e de Coimbra. Integrou o grupo de trabalho para a versão portuguesa do projeto internacional Thesaurus: vocabulário de objetos do culto católico. É coeditora e coautora de catálogos de exposições e autora de livros e artigos no âmbito da arte religiosa, da história da museologia, da comunicação no museu e do turismo cultural e religioso. Edita e é autora do blogue a.muse.arte. Os atuais interesses de investigação cruzam as áreas da história da arte, estudos de museu, turismo cultural e religioso e humanidades digitais.
O BARROCO E A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES: A CIRCULAÇÃO DE MÚSICOS E OBRAS E OS PARADIGMAS ESTILÍSTICO-MUSICAIS EM PORTUGAL, BRASIL E ESPANHA NO SÉCULO XVIII E INÍCIO DO XIX
Ricardo Bernardes | FUNDAÇÃO DA CASA DE MATEUS
Resumo: Desde o início do século XXI tem havido, do ponto de vista histórico-interpretativo, uma importante mudança de leitura em relação ao século XVIII, anteriormente tido como uma era de menor valor em função de uma pretensa deletéria influência estrangeira, período em que as produções artísticas em Portugal, Espanha e suas colónias teriam sofrido uma perda de identidade cultural própria em suas buscas pela modernidade. Em seu livro "La música en España en el siglo XVIII" Juan Carreras López atesta que o século XVIII era usualmente visto em Espanha como o século da "alienação", o que pode ser válido também para Portugal no processo de italianização das artes, como o momento em que a identidade foi perdida na busca de alinhamento com o Iluminismo e a moderna literacia. No entanto, hoje conclui-se que, inversamente, o que aconteceu nesses países não foi tão diferente do resto da Europa, e nem deletério como foi assumido anteriormente. Outrossim, esse fenómeno pode ser visto como parte de uma transformação cultural inserida num pan-europeísmo na circulação das ideias nos setecentos, combinada com uma caracterização das especificidades da Península Ibérica que, embora contenha diferenças internas, também foi vista como uma unidade cultural tanto diversa quanto indissociável. A circulação de música e músicos, que ocorre desde os primeiros tempos da arte como profissão, é especialmente interessante no séc. XVIII para a compreensão da leitura e o filtro que os músicos peninsulares faziam dos repertórios italianos. Se o mesmo fenómeno ocorreu na França, na Áustria, na Alemanha e na Inglaterra com características próprias, o mesmo aconteceu em Portugal e na Espanha, tantos nas cortes como nas provinciais e vice-reinos das colónias. Em suma, o século XVIII não deve ser visto como um período de decadência, mas sim como um recomeço da modernidade ibérica e da globalização artística, em estreita ligação com o que se passava no resto da Europa, com destaque para a que ocorreu entre o Norte de Portugal e a província espanhola da Galiza, tendo sempre como base a influência italianizante, filtrada pelos gostos das cortes de Lisboa e Madrid, bem como as percepções e absorções mais diretas dos repertórios e da experiência trazida pelos músicos italianos que aqui circularam.
Nota curricular: Ricardo Bernardes possui um doutoramento em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin e um doutoramento em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Foi editor da coleção “Música no Brasil – séculos XVIII e XIX” do Ministério da Cultura do Brasil e da revista “Textos do Brasil”, em seu número intitulado “Música Clássica Brasileira”, editado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Além da intensa atividade acadêmica, desde 1995, Bernardes é maestro e diretor musical do Americantiga Ensemble, um grupo dedicado à execução e gravação do repertório português-brasileiro dos séculos XVII a XIX, com seis CDs e um DVD gravados no Brasil, Argentina e Estados Unidos da América. Radicado em Portugal desde 2010, em 2012 dirigiu a estreia moderna da ópera “Basculho de Chaminé” com a Orquestra Sinfónica Portuguesa no Teatro de São Carlos, em Lisboa. Desde fins de 2015 é o Diretor Artístico das atividades musicais da Fundação Casa de Mateus, dirigindo concertos, organizando séries de concertos, simpósios e jornadas musicológicas com importantes oradores nacionais e internacionais. Desde 2018 é o Diretor Artístico dos Encontros Internacionais de Música. No mesmo criou a Orquestra Barroca de Mateus. Em Lisboa, é diretor artístico do FMA-LX (Festival de Música Antiga de Lisboa).
A ARTE EM ESPELHO: OS ANTIGOS CONVENTOS DE SANTO ANTÓNIO, EM LISBOA E EM BELÉM DO PARÁ
Maria Adelina Amorim | CHAM – NOVA FCSH
Resumo: Durante o período colonial, modelos culturais, concepções estéticas e partidos arquitectónicos atravessaram o Atlântico na bagagem ideológica dos viajantes. Da administração civil à eclesiástica, as edificações e os objectos artísticos reflectem correntes e estilos dominantes ou emergentes na Europa. É assim que as casas conventuais construídas no Brasil se identificam com as suas congéneres na metrópole. São disso exemplo os dois antigos conventos franciscanos de Santo António dos Capuchos, em Lisboa, e em Belém do Pará.
Dos remanescentes dos dois edifícios, é possível aferir essa similitude, quer na estrutura, quer na decoração. Apesar das alterações sofridas em várias campanhas artísticas, ou de adaptação a novas funções, mantêm-se testemunhos da espacialidade original, bem como de programas iconográficos referentes à ordem franciscana.
Exemplo maior é a delicada azulejaria barroca, de grande qualidade artística, que orna as igrejas, os claustros, capelas e outras dependências das duas casas monásticas, como vívida atestação dessa arte em viagem que cruzou durante largo tempo as duas margens do Mar-Oceano.
Nota curricular: Nasceu em Coimbra. Viveu em Angola até ingressar no Ensino Superior (Faculdade de Medicina).
Doutorada em História do Brasil pela Universidade de Lisboa com a tese: «A Missionação Portuguesa no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1622-1750): Agentes, Estruturas e Dinâmicas» (2012). Mestre em História e Cultura do Brasil pela Faculdade de Letras da mesma Universidade.
É investigadora doutorada integrada do CHAM- Centro de Humanidades/ Universidade Nova de Lisboa/ Universidade dos Açores, onde coordena o SEPA- Seminário Permanente de Estudos sobre a Amazónia.
Docente universitária. Sócia fundadora e presidente da Associação de Cultura Lusófona (ACLUS) na FLUL, onde co-dirigiu o «Dicionário Temático da Lusofonia», 2015.
Pertence a várias instituições (inter)nacionais: Sociedade de Geografia de Lisboa; ICIA- Instituto de Cultura Ibero-Atlântica; AHEF- Asociación Hispánica de Estudios Franciscanos (Univ. de Córdova, Univ. Int. de Andalucia), PEN Club Literário; Cátedra João Lúcio de Azevedo (Instituto Camões/UFPA); sócia correspondente do IHGB- Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Autora de dezenas de artigos e livros, de que se destacam “Os Franciscanos no Maranhão e Grão-Pará. Missão e Cultura na Primeira Metade de Seiscentos”, Universidade Católica Portuguesa, 2005; «Belém do Pará: 1616-2016», ‘Revista Camões’, n.25, Lisboa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2016; Rubrica “Bestiário” na ‘Rev. Atlântica’, Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, entre outros textos académicos e de ficção.
Em 2021 publicou o HILUS (poesia) pela Oro/Caleidoscópio. Tem participado em dezenas de Conferências e Seminários nacionais e internacionais nas suas áreas de especialização. Organiza e participa de projectos nas áreas de História da Amazónia, Grão-Pará e Maranhão, Ordens Monástico-Conventuais e Missionação, Santo António, Literatura de Viagens, Língua Portuguesa, Literaturas, Culturas e Artes Lusófonas, entre outros.
Comissária Científica de várias Exposições e Mostras, de que se distingue: «Da Feliz Lusitânia à ‘Felix’ Belém. 400 Anos da Fundação de Belém do Pará», Biblioteca Nacional de Portugal, 2016/2017. «Nos 200 Anos da Partida da Família Real para o Brasil», Lisboa, Museu Nacional dos Coches, 2017/2018.
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Ficha Técnica
Título
Colóquio Tempos do Barroco
Editor
IHA - NOVA FCSH / IN2 PAST / ARS LUMINAE
Local e data
Lisboa, 2023