Espécies

nativas em extinção.

Enquanto discutimos o desaparecimento de animais carismáticos ao redor do mundo, seres tão importantes quanto estão se extinguindo de forma silenciosa.

Conhecemos as espécies de animais em extinção, até são homenageadas em nosso sistema monetário: mico-leão-dourado, lobo-guará, tartaruga-marinha, arara... Mas… e sobre plantas? Quantas vezes você ouviu falar sobre uma planta extinta ou em perigo de entrar em extinção?

Nossos pesquisadores não vão te deixar sem respostas!

Eles colocaram a mão na massa, digo, no teclado, e pesquisaram algumas espécies da Mata Atlântica que estão ameaçadas de extinção.

PAU-BRASIL

Árvore símbolo do País, é uma madeira pesada, dona de um extrato interno que gera uma tinta vermelha. Por ser de alta qualidade, foi muito usada na fabricação de instrumentos musicais, como violinos, harpas e violas. A exploração predatória viveu seu auge no século XVI, pelas mãos dos portugueses. No dia 3 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Pau-brasil.

JACARANDÁ-DA-BAHIA

Era encontrada nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, mas, atualmente, só é encontrada no sul da Bahia. Uma das mais valorizadas madeiras brasileiras, é explorada desde a fase colonial. Com altura entre 15 e 25 metros e tronco de 40 a 80 centímetros de diâmetro, tem madeira de cor escura e resistente. Floresce entre setembro e novembro, e os frutos amadurecem em agosto-setembro. É comumente utilizada em obras de marcenaria, construção de instrumentos de corda e na fabricação de pianos.

CEDRO-ROSA

Árvores de brilho forte, madeira leve e macia. Pode atingir 30 metros de altura. É usado em construções civis, decoração, mobiliário, chapas condensadas, instrumentos musicais ou parte deles. Na medicina, é usado no combate a febre, feridas e úlceras.

MANACÁ-DA-SERRA

Você sabia que a árvore Manacá da Serra é uma das plantas mais comercializadas no Brasil? O Manacá da Serra também é conhecido pelos nomes de Cuiperúna, Jacatirão e Manacá-da-Serra-Anão. Essa espécie ornamental é de porte médio e pode atingir até 12 metros.

A árvore Manacá da Serra possui folhas verdes escuras com flores brancas que mudam sua coloração gradativamente para o rosa até atingir à tonalidade lilás. Você pode encontrar a árvore Manacá da Serra com flores das três cores simultaneamente no mesmo galho.

O Manacá da Serra é uma planta comum da Mata Atlântica que pode ser encontrada no litoral de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.


Itaúba

A itaúba (Mezilaurus itauba) é uma árvore da família das lauráceas, nativa do Brasil (especialmente dos estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Possui folhas grandes e coriáceas, flores pálidas em panículas e frutos bacáceos, a madeira é utilizada na construção civil e naval. Também chamada de nuva.

Árvores nativas da Mata Atlântica brasileira, existentes apenas na Região Sudeste do Brasil e em alguns estados vizinhos. Suas folhas apresentam tom avermelhado na primavera e suas flores são claras ou vermelhas. Em língua tupi, significa "gigante da floresta", o que é compreensível. Figuram na relação das maiores árvores do Brasil, tal como os jatobás, sapucaias e angelins. Na floresta, árvore adulta desta espécie é emergente, isto é, pode ser vista bem acima das demais. Registros atuais anotam jequitibás com sessenta metros de altura. Para se ter ideia do que significam sessenta metros, basta lembrar que esta é a altura de um prédio de vinte andares. Suas pequenas flores têm um delicioso e adocicado aroma.

Peroba

A peroba rosa é uma espécie de árvore nativa da mata atlântica brasileira e também é encontrada na Argentina, Paraguai Peru e Colômbia. Ela tem a altura média de 20 e seu diâmetro costuma variar de 30cm a 1,20m. Essa árvore também é conhecida como peroba, amargoso, peroba-amarela ou peroba-rajada. Mas atenção, não confunda essa madeira com a cupiúba (ou peroba do norte).

Ipê Amarelo

O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, como a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.

O ipê é a árvore brasileira mais conhecida, a mais cultivada e, sem dúvida nenhuma, a mais bela. As árvores denominadas ipê, são na verdade, várias espécies com características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas ou roxas. Não há região do país onde não exista pelo menos uma espécie dele.


Araucária

Araucária (Araucaria angustifolia) é uma espécie arbórea de gimnosperma pertencente à família Araucariaceae que é encontrada na região Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) do Brasil. Apresenta outros nomes populares, sendo conhecida também como pinheiro-do-paraná, curi, pinheiro-brasileiro e pinho-do-paraná. O cone feminino recebe o nome de pinha, que é onde se desenvolvem as sementes. Essa espécie vive cerca de 200 anos, sendo que a produção de sementes inicia-se após o vigésimo ano em habitat natural. Essa árvore nativa do Brasil foi, por muitos anos, alvo da exploração indiscriminada e, por isso, hoje é considerada uma espécie ameaçada de extinção. A planta pode ser usada para variados fins, incluindo-se o artesanato e o uso medicinal.

Caixeta

Ocorrência: de Pernambuco ao norte de Santa Catarina.

Outros nomes: caxeta, tabebuia, pau caxeta, pau paraíba, tabebuia do brejo, pau de tmanco, tamanqueira, malacaxeta, pau de viola, corticeira, tamancão, caixeta-do-litoral.

Características - Árvore de pequeno porte que atinge de 3 a 13 m de altura e de 10 a 30 cm diâmetro. Raramente chega a 20 m de altura, sempre em locais onde não é explorada.

As flores, pouco numerosas, são brancas com estrias roxas e perfumadas, e os frutos têm forma de cápsula.

Habitat: terrenos alagadiços da faixa litorânea, Mata Atlântica.

Utilidade - Sua madeira não é considerada nobre nem está na lista das mais cobiçadas no mercado internacional.

A madeira é usada no artesanato e para fabricar lápis. É ótima para ser usada na construção de instrumentos musicais, na fabricação de tamancos, palitos de fósforo entre outros objetos.

Para se ter uma ideia de sua utilidade, até os anos 70, uma importante indústria de lápis do país, a Johan Faber, só usava a caixeta como matéria-prima.

Sapucaia

A sapucaia (nome científico: Lecythis pisonis) é uma árvore brasileira que vai do Ceará ao Rio de Janeiro, com bastante predominância nos estados do Espírito Santo e Bahia e são encontradas na Amazônia e na mata atlântica.

“Sapucaia” este termo se origina do tupi, que significa “ fruto que faz saltar o olho”, e isto se deve ao fato de que ao abrir o opérculo do fruto (estrutura que serve de tampa ou cobertura a uma cavidade ou orifício) a mesma fica com um formato de um olho. Em contrapartida, há quem acredite que a palavra tem origem na palavra tupi para galinha(elemento de troca entre índios e portugueses, no início da colonização, que as trocavam pelas sementes do fruto – castanhas).

A sapucaia é uma árvore que se encontra em desaparecimento, e atualmente, a maioria são encontradas em viveiros.

As suas folhas passam por algumas fases, onde ela muda a sua forma e até mesmo a sua coloração no decorrer dos meses. Quando jovens, suas folhas possuem uma coloração rosa, depois mudam para o verde, e logo após, para cor avermelhada ou vinho, e em seguida mudam para a cor castanho- dourada.

Palmeira Juçara

A juçara ou içara (Euterpe edulis), também chamada jiçara, palmito-juçara, palmito-doce, palmiteiro e ripeira, é uma palmeira nativa da Mata Atlântica, no Brasil, que dá o palmito do tipo juçara. Está ameaçada de extinção.

"Juçara", "içara" e "jiçara" são derivados do seu nome em tupi: yu'sara. "Palmito-doce" e "palmiteiro" são alusões a seu uso para extração de palmito. "Ripeira" é uma alusão ao uso de sua madeira na confecção de ripas.