A minha imaginação e paixão pela elegância feminina, cores alegres e calmas, utilizando o nosso conhecimento de técnicas e de aprendizagem que tivemos no âmbito da disciplina de Desenho A, deu origem a este trabalho.

Desenhei um esboço, inicialmente em dimensões pequenas no meu diário gráfico A5, a lápis de grafite H, transportando-o depois para uma folha de aguarela A3. A figura feminina, desenhada com delicadeza e criatividade, foi inspirada numa mulher dos anos 50, embora inicialmente a minha ideia seria desenhar uma mulher com “old time jazz”. Devido a um trabalho que estava em processo mudei a minha ideia, continuando com a mulher do tempo passado mas modernizando-a um pouco. Não utilizei qualquer tipo de cor no fundo, pois as cores e os contornos a preto, e os tons claros e escuros, já lhe dão uma leveza, um toque suave que desperta uma certa curiosidade e interesse no olhar do observador. O vermelho nos lábios da mulher transmite sensualidade e paixão; o pincel que ela carrega entre os seus dedos delicadamente demonstra o gosto pela arte; o arco-íris por baixo é a representação da alegria, felicidade e liberdade. Para além da aguarela, utilizei lápis de cor e esferográfica preta.

Este trabalho foi uma forma de eu poder mostrar o que realmente sou, pois sou uma pessoa que ama a arte e a pintura e também para poder mostrar um pouco da minha personalidade através das cores.

Este trabalho foi concebido em prol da minha imaginação e paixão pela elegância feminina. Explorei o lado mais profundo dos sentimentos, tal como já tinha feito anteriormente. Quero transmitir a visão que tenho perante algumas situações da vida que, por vezes, nos deita abaixo por completo, tanto a nível psicológico como a nível físico.

A mulher foi desenhada com delicadeza e criatividade, tendo-me inspirado numa pessoa dos tempos modernos com uma mistura dos loucos anos 20, como podemos observar pelo seu chapéu. O branco, o azul, o vermelho e o cinzento na t-shirt da mulher é uma mistura de cores que decidi experimentar e usar para poder suavizar a atenção. O preto e o cinzento foram usados no chapéu, representando a destruição e a solidão. Os três tons diferentes de azuis do fundo do quadro foram usados para que as outras cores pudessem sobressair, representando também a tristeza, o vermelho representando o amor e a dor.

Este trabalho foi uma forma de eu poder mostrar o que realmente penso sobre o que nos deita abaixo, para as pessoas verem ao que podem estar sujeitas, pois este sentimento pode afetar qualquer pessoa, mas também para mostrar que muitas das vezes nós conseguimos “esconder” sem que ninguém repare pelo que estamos a passar ou a sentir.