Dignidade e Justiça

Geografia e História

EUA e Brasil; não existiam cavalos, jumentos, bovinos, suínos, etc, e algumas sementes, foram trazidas da Europa em torno de 1600. Porém, alguns consideram que tais países deveriam ter se desenvolvido igualmente. É sempre a geografia, e com o passar do tempo, a história. Somos o melhor que podemos ser?

Somos capazes de alterar nossa geografia.

Solidão, Vida e Morte

Nascemos, interagimos, morremos.

Quem disse que ao morrermos não retornamos ao passado, justamente na pele daqueles com quem interagimos?

O mal e o bem que fazemos, fazemos sempre para nós mesmos, em diferentes tempos?

Verdades e Mentiras

Em um mundo mudo e sem paredes, existia uma pessoa cega, enquanto todos nós enxergávamos.

Víamos todas as verdades uns dos outros, mentir e dissimular era impossível.

Todos os dias tentávamos comunicá-la que conseguíamos enxergá-la. Todos os dias falhávamos.

Por compaixão, decidimos aceitar suas mentiras, acreditar em suas dissimulações, cair em suas trapaças.

Nosso mundo agora não é mais perfeito, mas é o melhor que pode ser.

Então, um dia a pessoa cega nos escreve uma carta, e nela dizia:

Você tem medo de que você seja a pessoa cega?

Uma Pergunta para Nietzsche

Feita ao Estilo de Nietzsche

Atingir a maturidade pode não ser agradável. Quando você descobre que não existem heróis, nem vilões. Que existe alguma forma de corrupção em todos nós, seja nas pessoas que odiamos, seja nas pessoas que amamos. Que somos parciais nos nossos julgamentos, afinal; existem limites para o quanto somos capazes de nos colocar no lugar de outrem. Que a humanidade, e seus antecedentes, não são dignos de grandes discursos, mas dignos de piedade, pela sua história de violência e fragilidade moral, também descritas em corpos e mentes sensíveis, feitos para quebrar - feitos para morrer - e caminhando inexoravelmente nessa direção. Mesmo aqueles que buscam a imortalidade na bioquímica ou dentro de máquinas, são ingênuos, por subestimar o significado de ser imortal e todas as consequências de uma existência infinita onde não é possível esquecer, ou morrer.

Não há saída - no pensamento maduro - para a desgraça da consciência humana, apenas momentos de alienação. Quando apreciamos belas construções, por exemplo, sejam concretas ou abstratas, o apreciar passa a durar cada vez menos, pois nos acostumamos a confrontar a criação, criadores e contexto.

Sejamos ao menos respeitosos quando interagirmos, e fornecendo, a quem quer que seja, o direito a uma existência e morte dignas, com o mínimo de sofrimento, e um trato respeitoso para com restos. Como é difícil olhar para si mesmo - para seus próprios erros - antes de olhar para outrem e antes de agir no mundo. Deveria ser qualidade aperfeiçoada diariamente, pois é tão facilmente esquecida na impulsividade da guerra, mesmo que seja aquela guerra enfadonha da sobrevivência rotineira.

Nossas mentes e corpos parecem feitos para esquecerem-se da reflexão, pois são em parte animais, motivados pela emoção. Como é tentadora a alienação, a ignorância e o retorno a infância: nos protegem, distanciando-nos da verdade. Se os heróis são hipócritas - e os vilões como crianças - por acreditarem que ficarão impunes do julgamento de suas próprias consciências, pode-se perguntar sobre o que resta fazer. Nietzsche e Deus estão mortos, portanto; para quem questionar senão para nós mesmos: será - após morrer - igual a antes de nascer?