Sêneca Sobre A Brevidade Da Vida Pdf Download

O filsofo estico Sneca em seu texto defende a ideia de que o esprito deve ser contido das emoes como algo prprio do pensamento racional, portanto, cabe ao homem a moderao de suas paixes para que a razo possa reger a vida.

As cartas de Sneca a Luclio (Epistolae morales ad Lucilium) so consideradas a grande obra-prima do filsofo latino. Aprendendo a viver uma seleo de 29 textos desses 124 que Sneca redigiu nos seus anos finais, entre 63 d.C. e 65 d.C., e apresenta uma sntese dos princpios de sabedoria, virtude e liberdade que o pensador perseguiu em vida.

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O escritor e filsofo destacou-se por sua ironia, arma da qual se utilizava com muita sabedoria, principalmente nas tragdias, as nicas do gnero na literatura da antiga Roma. Conhecidas como verses retricas de peas gregas, elas substituem o elemento dramtico por efeitos violentos, como mortes em cena e discursos agressivos, demonstrando uma viso mais trgica e mais individualista da existncia. Sneca deixou a vida pblica em 62 d.C. Dentre seus textos, constam a compilao cientfica Naturales quaestiones (Problemas naturais), os tratados De tranquillitate animi (Da tranquilidade da alma), De vita beata (Da vida beata), as cartas reunidas em Sobre a brevidade da vida[1], (De brevitale vitae) e, talvez sua obra mais profunda, as Epistolae morales dirigidas a Luclio. As cartas morais, escritas entre os anos 63 d.C. e 65 d.C, misturam elementos epicuristas com ideias estoicas e contm observaes pessoais, reflexes sobre a literatura e crtica satrica aos vcios da poca.

Na literatura latina, so referncias obrigatrias do gnero epistolar as Epstolas, de Horcio, as cartas de Varro, Plnio, Ovdio e, sobretudo, de Ccero, que fixaram um modelo que foi fartamente imitado. Como referncia obrigatria, deve-se incluir os textos epistolares de Sneca, cujo tom coloquial define que o estilo que melhor convm a uma carta no deve conter um acmulo de conhecimentos dos diversos ramos do saber ou ser afetado.

As cartas que Sneca envia ao amigo Luclio fazem parte de uma longa tradio do gnero epistolar, que se prolonga em autores modernos. Essas cartas, escritas entre os anos 63 e 65 d.C., misturam elementos epicuristas com ideias estoicas e contm observaes pessoais, reflexes sobre a literatura e crtica satrica dos vcios comuns na poca. No se sabe se Luclio existiu ou se configura apenas em mero interlocutor imaginrio criado pelo filsofo para desenvolver a sua filosofia maneira de dilogo, o que foi bastante comum durante muitos sculos.

Nas cartas a Luclio, Sneca aborda diversas questes. um otimista. Considera que todas as pessoas trazem consigo a semente de uma vida honesta, embora os bons exemplos exeram um papel essencial na adoo das virtudes. A educao moral consiste em fazer com que os atos correspondam aos princpios ticos. Por vezes, a vontade fraca ou deficiente. Assim, faz-se necessrio um guia espiritual. O homem possui uma natureza que o predispe quer para o bem quer para o mal, e nem sempre possui a fora de vontade e a sabedoria suficientes para optar pelo bem em detrimento do mal.

A morte no um bem nem um mal, podendo tornar-se uma libertao quando as circunstncias da vida condenam o homem a uma escravido incompatvel com a liberdade. Dessa forma, est aberto o caminho para que o homem deixe a vida. Nada os obriga a viver na misria ou no cativeiro. Essas so apenas algumas das inmeras questes tratadas nas 29 cartas de Sneca dirigidas a Luclio que esto reunidas neste volume. 006ab0faaa