RESUMO
No contexto de Ecologia de Comunidades e em várias aplicações da Biologia da Conservação, diversidade indica variedade de espécies, podendo ou não incluir informações sobre a importância relativa de cada espécie. Diversidade é um dos atributos mais fundamentais no estudo de comunidades e para tal uma ampla gama de métodos para sua mensuração estão disponíveis. Entre eles destacam-se, pelo amplo uso, índices de diversidade não-paramétricos (ou de heterogeneidade) tais como os Índices de Shannon e Simpson. Estes índices consistem de (ou confundem) dois componentes, riqueza de espécies e equabilidade. Diferentes índices de diversidade podem ser obtidos combinando-se com diferentes pesos estes dois componentes. Dada a ausência de um critério objetivo na escolha destes pesos, o uso de um índice em detrimento de outro é muitas vezes arbitrário. Adicionalmente, visto o peso dado por cada índice de diversidade para cada um dos dois componentes, um dado índice pode indicar que a amostra A é mais diversa que a B, enquanto um outro índice pode indicar o contrário. Ainda, índices de diversidade aplicados sobre amostras diferindo em riqueza de espécies e equabilidade podem produzir o mesmo valor. Tais problemas podem ser contornados utilizando-se métodos alternativos. Um destes consiste no cálculo de perfis de diversidade, em que se calcula não apenas um mas vários índices de diversidade diferindo no peso dado a cada um dos componentes. Outras alternativas incluem o uso de riqueza de espécies apenas, diagrama de Whittaker (ou de dominância) e diagramas de dispersão com eixos definidos por riqueza de espécies e um índice de equabilidade. Com exceção de riqueza de espécies, as demais alternativas citadas mostram de forma gráfica muito mais informações do que aquela embutida num único valor obtido pela aplicação de um índice de diversidade. No caso de estudos em que se necessita de um valor resposta, a ser modelado segundo um ou mais preditores (Modelos Lineares tais como Regressão e Análise de Variância), uma sugestão é o uso separado de riqueza de espécies e de equabilidade.
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ÍNDICE DE DIVERSIDADE DE SIMPSON
Gabriel Antônio Rezende de Paula
Resumo
Um dos objetivos centrais da ecologia é compreender as influências recíprocas entre a biodiversidade e o funcionamento do ecossistema. Devido às pendências nas abordagens tradicionais, observa-se que as perspectivas funcionais podem refletir melhor a organização e a dinâmica das comunidades biológicas por representarem a relação entre as funções dos organismos e os processos ambientais. Tendo isso em vista, este estudo apresenta um levantamento bibliográfico sobre o surgimento e desenvolvimento de conceitos ecológicos relacionados à biologia das comunidades e a ecologia funcional, compreendendo uma discussão sobre os consensos adotados, meios de pesquisa, aplicabilidade e sua relação aos parâmetros baseados em agrupamentos taxonômicos. Observou-se que métodos de síntese e associação entre os fundamentos funcionais e taxonômicos podem compreender vias mais promissoras na realização de pesquisas voltadas ao estudo da dinâmica da biodiversidade, permanecendo necessários: um referencial teórico conciso e bem estabelecido, determinações precisas sobre os parâmetros adotados e a busca por práticas mais abrangentes com fins de generalização.
SUCESSÃO FLORESTAL SECUNDÁRIA NO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, LITORAL DE SANTA CATARINA: ESTRUTURA E DIVERSIDADE