Coordenadores: Dra. Susan Eghrari, Universidade de Uberaba. | Dra. Maria Cecília Pereira Tavares, Universidade Federal de Sergipe.
Este grupo de trabalho tem como objetivo incrementar o debate sobre a cidade em relação às mulheres e à comunidade LGBTQIA+. Este tema é relevante quando nos deparamos com os índices do Mapa da Violência de Gênero: Mulheres são quase 67% das vítimas de agressão física no Brasil. No ano de 2017, houve 12.112 registros de violência contra pessoas trans e 257.764 casos de violência contra homossexuais ou bissexuais no Brasil. Foram 11 agressões contra pessoas trans e 214 contra pessoas homo/bi no país a cada dia. No mesmo ano, mulheres foram 67% das vítimas de agressão física registradas no país. No Distrito Federal, esse índice chegou a 75%. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM/DATASUS, 30% das mulheres foram mortas em casa, enquanto entre os homens este índice cai para 11%. Eles morreram mais em via pública (46%), local em que 29% das mulheres foram assassinadas. Em relação à comunidade LGBTQIA+ a taxa de violência nacional foi de 41 casos a cada 100 mil habitantes. As cidades pautadas no modelo neoliberal têm crescido sob uma ótica cisgênera que não empodera a população feminina e a comunidade LGBTQIA+. As questões se agravam ainda mais se considerarmos as questões étnicas e raciais. A partir do contexto exposto, este GT busca o debate coletivo de diferentes campos do conhecimento, não apenas críticos e teóricos como ações contra hegemônicas que contribuam para a construção de cidades mais inclusivas, incluindo projetos exitosos tratando, particularmente, mas não apenas, dos seguintes tópicos:
·         Economia:  acessibilidade ao microcrédito, economia solidária, autonomia financeira, políticas de habitação pautadas em gênero.
·         Urbanismo feminista, geografia feminista, zoneamento, saúde ambiental, protagonismo feminino nos bairros vulneráveis, e as relações sociais de gênero no espaço público.
·         Participação no planejamento urbano e processos projetuais, políticas públicas de gênero.
·         Projetos específicos para mulheres: equipamentos que atendam a mulher (centro de referência de apoio à mulher, casas-abrigo)
·         Gênero e mobilidade, o corpo na cidade: uso de diferentes modais (peatonal, bicicleta, transporte público).
·         A (in)visibilidade da comunidade LGBTQIA+ e população feminina:  historiografia feminista, teorias feministas, mulheres urbanistas.
·         Existências contra hegemônicas e o impacto na urbanização: arte urbana de resistência.
As contribuições serão recebidas em português, ou espanhol através do website: https://rppc.emnuvens.com.br/urbanismoii