Sabemos que o envelhecimento humano envolve mudanças estruturais, funcionais e neurais. Tais alterações podem comprometer órgãos e funções diversas. Uma das funções que se destaca é a deglutição.
O ato de engolir exige a integridade de um grupo de estruturas interdependentes, envolvendo ações mecânicas e reflexas, de caráter neuromuscular, que depende de um sistema dinâmico e sincrônico. Através deste processo complexo, o alimento deve ser conduzido da boca até o estômago de forma segura. Ou seja, sem permitir a entrada do material ingerido em vias aéreas.
DISFAGIAS
A Disfagia se configura numa falha nesse processo. Pode ocorrer devido a alterações resultantes de doenças neurológicas, como Doença de Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Doença de Alzheimer e Miastenia Gravis. Também pode resultar de alterações estruturais, em decorrência de tumores e traumas. Quando ocorre simplesmente por modificações inerentes ao processo de envelhecimento, chama-se Presbifagia.
As complicações decorrentes da disfagia envolvem risco de desnutrição, desidratação, complicações respiratórias e pneumonia aspirativa. Considerando que o momento da refeição deve representar um momento prazeroso, de socialização e interação familiar, a Disfagia também tem impactos sociais e emocionais. Quando engolir se torna um desafio, muitas vezes o idoso pode preferir se isolar, o que pode comprometer o envelhecimento saudável.
Mas o que fazer quando isso acontecer?
Se estivermos falando de um idoso cognitivamente saudável, deve-se procurar um Fonoaudiólogo. Este profissional da saúde pode ajudar o idoso a aprender a engolir novamente.
Quando estamos falando de um portador de doença degenerativa, o ideal é ter acompanhamento de uma equipe multi-disciplinar de saúde, com médico, fonoaudiólogo e nutricionista.