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Alcácer do Sal

Castelo de Alcácer do Sal

Caracterização do concelho:

Alcácer do Sal é uma cidade histórica, debruçando-se em anfiteatro sobre o rio Sado, povoada de velhos bairros medievais e encimada por um castelo de base muçulmana. Alcácer do Sal é a sede de um município de grandes dimensões (o segundo maior do País), com 1479,94 km² de área, mas apenas pouco mais de 14 mil habitantes, subdividido em seis freguesias: Santa Maria do Castelo e Santiago (Alcácer do Sal), Comporta, Santa Susana, São Martinho e Torrão.

O concelho é limitado a norte pelos municípios de Palmela, Vendas Novas e Montemor-o-Novo; a nordeste, por Viana do Alentejo; a leste, por Alvito; a sul, por Ferreira do Alentejo e por Grândola; a oeste, também por Grândola, através de um braço do Estuário do Sado e a noroeste, através do Estuário do Sado, por Setúbal.

A poucos quilómetros da cidade de Alcácer, seguindo o curso do rio Sado para jusante, encontra-se a Reserva Natural do Estuário do Sado, que se desenvolve ao longo de cerca de 23.160 hectares, a maior parte dos quais correspondendo a zonas húmidas, nomeadamente canais, esteiros e sapais.

A investigação arqueológica atesta a presença humana em Alcácer há 40 mil anos. Porém, é apenas ao período mesolítico que se referem os primeiros dados de produção agrícola e pecuária, registando-se também troca de produtos, como por exemplo peças de cerâmica.

Na Idade do Ferro, a zona conheceu um grande crescimento urbano, possuindo inclusive moeda própria. Posteriormente, com a ocupação romana, a povoação "Bevipo" passou então a designar-se "Salacia Urbs Imperatoria", atingindo o estatuto de cidade e dominando toda a região, de acordo com o Direito Romano.

A ocupação árabe dá-se em 715 e prolongou-se durante quatro séculos, período em que se constituiu capital da província de "Al-Kassar". Nesta altura, o rio voltou a ser frequentado por navegadores orientais e norte-africanos, mantendo-se como um porto de grande importância na Península Ibérica.

A partir do séc. XII, as batalhas entre cristãos e muçulmanos sucederam-se. D. Afonso Henriques conquistou Alcácer em 1158 ou 1160 (a data aceite depende da corrente seguida, respectivamente baseada em fontes europeias ou muçulmanas), mas os mouros retomaram-na até à reconquista final, em 1217, no reinado de D. Afonso II, com o auxílio de cruzados, recebendo no ano seguinte a sua carta de foral.