Muitas vezes o Senhor nos permite passar pela provação com objetivo de nos aperfeiçoar. Esse primeiro esboço de pregação, baseado no livro de Jonas, aborda o propósito de Deus em meio à provação, e como isso pode afetar as nossas vidas.
Texto: Jonas 1:1 - 2:10
Objetivo da pregação: Levar os ouvintes à decisão de quererem fazer a vontade de Deus, diante das dificuldades que enfrentam, para que o propósito soberano do Senhor se cumpra em suas vidas.
Tema: O Propósito de Deus na Provação
1. Argumentação:
O profeta Jonas, conforme II Reis 14:25a, era de um vilarejo no norte de Israel, perto de Nazaré, chamado Gate-Hefer.
A Palavra do Senhor veio para Jonas clara e explicitamente.
Ele deveria pregar para a grande cidade de Nínive:
Jonas 1:1-2
A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, com esta ordem: Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença.
Jonas foi o único profeta do Antigo Testamento mandado por Deus para pregar aos gentios (não judeus).
No entanto, ele seguiu na direção oposta à ordem estabelecida por Deus:
Jonas 1:3
Mas Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor.
Essa atitude de Jonas o levou a experimentar uma grande provação: foi engolido por um grande peixe.
Entretanto, foi essa provação que fez Jonas mudar de ideia e o levou a tomar a decisão de buscar cumprir o propósito de Deus para a sua vida.
No ventre do peixe, Jonas decide obedecer a Deus.
2. Ideia principal:
Deus está no controle de todas as dificuldades que enfrentamos, conduzindo todos os acontecimentos que nos cercam, para que o Seu propósito se cumpra em nós e através de nós.
Jonas 1:4-6
4 O Senhor, porém, fez soprar um forte vento sobre o mar, e caiu uma tempestade tão violenta que o barco ameaçava arrebentar-se. 5 Todos os marinheiros ficaram com medo e cada um clamava ao seu próprio deus. E atiraram as cargas ao mar para tornar o navio mais leve. Enquanto isso, Jonas, que tinha descido ao porão e se deitara, dormia profundamente. 6 O capitão dirigiu-se a ele e disse: Como você pode ficar aí dormindo? Levante-se e clame ao seu deus! Talvez ele tenha piedade de nós e não morramos.
O Senhor fez com que uma grande e violenta tempestade atingisse o barco que Jonas viajava: v. 4
Os marinheiros ficaram apavorados e começaram a clamar, cada um ao seu Deus, e a jogar a carga no mar: v. 5a
No entanto, o texto bíblico diz que Jonas dormia profundamente: v. 5b
Provavelmente estava muito cansado, pois teria andado cerca de 50 km até Jope para embarcar no navio.
O capitão desperta Jonas para clamar ao seu deus: v. 6
Muitas vezes, Deus permite que a provação venha para nos despertar espiritualmente.
A inércia espiritual é um grande impedimento para que o propósito de Deus se cumpra em nossas vidas: "Levante-se e clame ao seu Deus!"
Jonas 1:7-10 (cf 3:1-4)
7 Então os marinheiros combinaram entre si: Vamos lançar sortes para descobrir quem é o responsável por esta desgraça que se abateu sobre nós. Lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. 8 Por isso lhe perguntaram: Diga-nos, quem é o responsável por esta calamidade? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence? 9 Ele respondeu: Eu sou hebreu, adorador do Senhor, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra. 10 Então os homens ficaram apavorados e perguntaram: O que foi que você fez?, pois sabiam que Jonas estava fugindo do Senhor, porque ele já lhes tinha dito.
Os marinheiros decidem lançar sortes para saber quem era o culpado: v. 7
A sorte cai sobre Jonas, e os marinheiros, entendendo que ele era o culpado, questionam sobre quem ele era: v. 8
Ao afirmar ser "adorador do Senhor, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra", ele estava dizendo que não servia a um deus de uma causa específica, mas adorava o Deus soberano sobre tudo e sobre todos: v. 9
Aquilo deixou os marinheiros ainda mais apavorados diante da insensatez do profeta: v. 10
Tudo isso que aconteceu foi permitido por Deus para que Jonas percebesse a seriedade da sua situação e corrigisse o seu caminho.
Jonas 1:11-17
11 Visto que o mar estava cada vez mais agitado, eles lhe perguntaram: O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme? 12 Respondeu ele: Peguem-me e joguem-me ao mar, e ele se acalmará. Pois eu sei que é por minha causa que esta violenta tempestade caiu sobre vocês. 13 Ao invés disso, os homens se esforçaram ao máximo para remar de volta à terra. Mas não conseguiram, porque o mar tinha ficado ainda mais violento. 14 Eles clamaram ao Senhor: Senhor, nós suplicamos, não nos deixes morrer por tirarmos a vida deste homem. Não caia sobre nós a culpa de matar um inocente, porque tu, ó Senhor, fizeste o que desejavas. 15 Em seguida, pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou. 16 Tomados de grande temor ao Senhor, os homens lhe ofereceram um sacrifício e se comprometeram por meio de votos. 17 O Senhor fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noites.
Como a tempestade aumentava, os homens do navio questionam Jonas sobre o que eles deveriam fazer com ele: v. 11
Jonas se oferece em sacrifício para salvar a vida daqueles homens, reconhecendo o seu erro: v. 12
Entretanto, os marinheiros se esforçaram para chegar em terra firme e não ter que jogar Jonas ao mar: v. 13
Ser jogado ao mar no meio de uma tempestade é morte certa.
No fim eles desistem e pedem perdão ao Senhor por terem que jogar Jonas ao mar: v. 14
Quando Jonas é jogado ao mar a tempestade cessa: v. 15
O Senhor acaba sendo adorado pelos marinheiros do barco: v. 16
O Senhor faz, então, com que Jonas seja engolido por um grande peixe: v. 17
Jonas não morreu no mar porque o peixe o engoliu: lhe deu uma "carona".
No ventre do peixe, Jonas estava protegido de ficar à deriva no mar ou de morrer afogado.
A provação, muitas vezes, pode ser uma medida protetiva de Deus para nós.
A disciplina corretiva de Deus pode nos proteger de um mal maior.
Tiago 1:2-3
2 Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, 3 pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.
Jonas 2:1-10
1 Dentro do peixe, Jonas orou ao Senhor, o seu Deus. 2 E disse: Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte gritei por socorro, e ouviste o meu clamor. 3 Jogaste-me nas profundezas, no coração dos mares; correntezas formavam um turbilhão ao meu redor; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. 4 Eu disse: Fui expulso da tua presença; contudo, olharei de novo para o teu santo templo. 5 As águas agitadas me envolveram, o abismo me cercou, as algas marinhas se enrolaram em minha cabeça. 6 Afundei até chegar aos fundamentos dos montes; à terra embaixo, cujas trancas me aprisionaram para sempre. Mas tu trouxeste a minha vida de volta da sepultura, ó Senhor meu Deus! 7 Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti, ao teu santo templo. 8 Aqueles que acreditam em ídolos inúteis desprezam a misericórdia. 9 Mas eu, com um cântico de gratidão, oferecerei sacrifício a ti. O que eu prometi cumprirei totalmente. A salvação vem do Senhor. 10 E o Senhor deu ordens ao peixe, e ele vomitou Jonas em terra firme.
Jonas ora ao Senhor no interior do peixe: v. 1
A oração de Jonas revela um profundo quebrantamento diante de Deus.
A situação de Jonas o faz gritar por socorro: v. 2
Ele reconhece que tudo aquilo vinha do Senhor: v. 3
O profeta almeja estar na presença do Senhor novamente: v. 4
Ele reconhece que a sua situação é desesperadora: v. 5
No entanto, ele crê que Deus tem poder para o fazer reviver: v. 6
Jonas sabe que a sua oração chegou até o Senhor: v. 7
Porque ele sabe que Deus é misericordioso: v. 8
Ele, então, promete fazer a vontade de Deus: v. 9
Deus, então, faz o peixe vomitar Jonas em terra: v. 10
O sofrimento pode nos aproximar de Deus.
1. Jesus e o "Sinal de Jonas":
Mateus 12:38-40
38 Então alguns dos fariseus e mestres da lei lhe disseram: Mestre, queremos ver um sinal milagroso feito por ti. 39 Ele respondeu: Uma geração perversa e adúltera pede um sinal milagroso! Mas nenhum sinal será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. 40 Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra.
2. Aplicação:
A história de Jonas foi usada por Jesus como um sinal profético sobre a sua morte e ressurreição.
A morte de Jesus foi um momento de provação para o Senhor, que resultou na nossa salvação.
Assim como foi com Jonas, e também com Jesus, Deus tem um propósito ao nos permitir passar pela provação.
3. Ideia principal:
Deus está no controle de todas as dificuldades que enfrentamos, conduzindo todos os acontecimentos que nos cercam, para que o Seu propósito se cumpra em nós e através de nós.
Texto chave: Jonas 3:1 - 4:11
Objetivo da pregação: Levar os ouvintes à decisão de quererem assimilar em suas vidas o caráter misericordioso de Deus, de modo a se livrarem da sutileza maligna do legalismo que destrói seus relacionamentos.
Tema: A Misericórdia de Deus na Provação
1. O Contexto da Mensagem Anterior: Jonas 1 e 2
Deus chama Jonas para pregar em Nínive.
A desobediência de Jonas: ele foge da presença do Senhor.
Uma grande tempestade atinge o navio e Jonas é lançado ao mar.
Jonas é engolido por um peixe e se arrepende.
O peixe vomita Jonas em terra firme.
Jonas 3:1-10
1 A palavra do Senhor veio a Jonas pela segunda vez, dizendo:
2 Levante-se, vá à grande cidade de Nínive e pregue contra ela a mensagem que eu lhe darei.
3 Jonas se levantou e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito importante diante de Deus; eram necessários três dias para percorrê-la.
4 Jonas começou a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será destruída.
5 Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram um jejum e vestiram roupa feita de pano de saco, desde o maior até o menor.
6 Quando esta notícia chegou ao rei de Nínive, ele se levantou do seu trono, tirou os trajes reais, cobriu-se de pano de saco e sentou-se sobre cinzas.
7 E mandou proclamar e divulgar em Nínive o seguinte: Por mandado do rei e dos seus nobres, ninguém, nem mesmo os animais, bois e ovelhas, pode comer coisa alguma; não lhes deem pasto, nem deixem que bebam água.
8 Todos devem ser cobertos de pano de saco, tanto as pessoas como os animais. Então clamarão fortemente a Deus e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 Quem sabe? Talvez Deus se volte e mude de ideia, e então se afaste do furor da sua ira, para que não pereçamos.
10 Deus viu o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus mudou de ideia quanto ao mal que tinha dito que lhes faria e não o fez.
2. Argumentação:
Palavra do Senhor veio a Jonas novamente e desta vez ele obedece à ordem de Deus: v. 1-3a
Nínive era uma cidade grande, eram necessários três dias para percorrê-la: v. 3b
Jonas percorreu a cidade durante um dia anunciando que em quarenta dias a cidade seria destruída:
Os ninivitas creram em Deus e se arrependeram: v. 5
Até mesmo o rei se humilhou diante da mensagem: v. 6
Foi promulgado pelo rei um jejum coletivo abrangendo até os animais, onde todos deveriam se cobrir de pano de saco, clamar a Deus, abandonar os seus maus caminhos e a violência, de modo a alcançar o perdão do Senhor: v. 7-9
Deus, então, perdoa os ninivitas e não destrói a cidade: v. 10
No entanto, isso desagradou profundamente a Jonas.
Jonas 4:1
Mas Jonas ficou muito aborrecido e com raiva.
Porque Jonas ficou tão irado?
Jonas era um nacionalista e Nínive estava no topo da lista dos inimigos de Israel.
Ele estava tendo uma atitude legalista em relação aos inimigos do seu povo.
Jonas não aceitava o caráter misericordioso de Deus.
O seu orgulho o impedia de ser misericordioso.
Por isso, Deus prova novamente o profeta.
3. Ideia principal:
A provação é uma grande oportunidade para abandonar o orgulho e assimilar o caráter misericordioso de Deus, que pode nos livrar de uma atitude legalista na relação com as pessoas que convivemos.
Algumas características do legalismo:
Jonas 4:2-3
2 Ele orou ao Senhor: Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar, mas depois te arrependes.
3 Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver.
Jonas justifica sua fuga anterior: v. 2a
Ele sabia que Deus tem um caráter misericordioso, compassivo, paciente e cheio de amor: v. 2
O legalismo de Jonas o conduziu a um estado de vitimização: v. 3
Ele prefere morrer a ver seus inimigos sendo perdoados pelo Senhor.
Jonas 4:4-5
4 O Senhor lhe respondeu: Você tem alguma razão para essa fúria?
5 Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade.
O Senhor confronta Jonas com uma pergunta: v. 4
Jonas ignora a pergunta do Senhor e insiste, diante de Deus, na destruição da cidade: v. 5
Senta-se para observar o que aconteceria com a cidade, ainda na expectativa de que Deus exerça o juízo.
Ele deseja a destruição dos ninivitas.
A falta de misericórdia, muitas vezes, é fruto de um coração rebelde.
Jonas 4:6
Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas.
O Senhor fez nascer uma planta sobre a cabeça de Jonas para aliviá-lo do calor: v. 6a
A planta que beneficiava somente a Jonas trouxe grande alegria para ele: v. 6b
Jonas age como uma criança mimada que só pensa nos seus interesses.
Jonas 4:7-9
7 Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e ela secou-se.
8 Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas ao ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer e disse: Para mim seria melhor morrer do que viver.
9 Mas Deus disse a Jonas: Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta? Respondeu ele: Sim, tenho! E estou furioso ao ponto de querer morrer.
Entretanto, no dia seguinte, Deus enviou uma lagarta que atacou a planta e ela secou: v. 7
Deus também enviou um vento quente que, com o sol que batia na cabeça de Jonas, quase fez ele desmaiar: v. 8a
Jonas pede novamente para morrer: v. 8b
O Senhor pergunta se é razoável essa raiva de Jonas, agora devido à planta: v. 9a
Jonas diz que está furioso e quer morrer: v. 9b
O legalismo de Jonas leva ele a acreditar ser superior aos ninivitas.
Como Deus não o atende, ele desiste de viver.
Jonas 4:10,11
10 Mas o Senhor lhe disse: Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu.
11 Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?
A planta era um recurso didático de Deus para Jonas: v. 10
Deus instrui Jonas a respeito do Seu caráter misericordioso para com as pessoas: v. 11
Jonas estava invertendo os valores da vida porque não sabia o que era compaixão, misericórdia, graça e amor.
O legalismo de Jonas o fazia pensar que uma planta era mais importante do que a vida de 120 mil pessoas.
1. Ideia principal:
A provação é uma grande oportunidade para abandonarmos o orgulho e assimilarmos o caráter misericordioso de Deus, que pode nos livrar de uma atitude legalista na relação com as pessoas que convivemos.
2. Aplicação:
A tribulação é uma grande oportunidades para fazermos um autoexame espiritual.
Muitas vezes, Deus nos permite passar pela tribulação, para moldar o Seu caráter em nós.
Deus é extremamente misericordioso e assim nós também devemos ser.
Neste esboço curto, você encontrará pontos importantes para reflexão e meditação, que lhe ajudarão a preparar a sua mensagem de pregação. Mas não se limite a este esboço, pesquise, medite e aprofunde mais!
Ore e peça que o Espírito Santo ministre ao seu coração o que Ele mesmo deseja ensinar ao Seu povo (seus ouvintes). Prepare-se bem para ser o instrumento que Deus vai usar e seja uma benção!
Tema: Deus quer que você seja uma benção!
Objetivo: Entender que Deus quer que sejamos bençãos em Suas mãos, em contraposição ao nosso desejo de ter muitas bençãos.
Texto base: Gênesis 12:1-3
Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Versículo-chave: Gênesis 12:2
Introdução
A vida de Abraão, nosso pai na fé, é um exemplo para todo cristão. Crer em Deus verdadeiramente, como ele acreditou, torna-nos abençoados e mais do que isso: faz-nos abençoadores. Tal como ele, Deus deseja que sejamos uma benção para outros.
Perguntas para reflexão:
Você hoje já pediu alguma benção ao Senhor?
Normalmente, pedimos sempre por bençãos (e não há problemas nisto!), mas já pensou que você mesmo pode ser uma benção (hoje e para as próximas gerações)?
Ao que você dá mais valor: ter ou ser?
Contextualização: A vida de Abraão quando foi chamado por Deus: homem maduro, casado, sem filhos, vivia no meio dos seus parentes... (ver passagens anteriores e posteriores)
1. Ser ou ter benção? O imperativo de Deus para Abrão foi: Sê tu uma benção e não Tenhas tu uma benção. Cuidado para não inverter os valores do Reino de Deus (amor, bondade, generosidade, entrega) com os valores desse mundo (materialismo, egoísmo, consumismo, ganância, etc).
2. Ser benção implica em Amar: a Deus sobre todas as coisas e aos outros que vamos abençoar com a nossa existência.
3. Como ser uma benção? A vida de Abraão dá bons indícios de como devemos proceder para ser uma benção:
Saia da zona de conforto: Nossa estabilidade será alterada pelos desafios de Deus. Pela fé vamos ter que sair da nossa zona de conforto em alguma área da nossa vida.
Tenha uma vida dirigida e governada por Deus: A fé em Deus exige ações relevantes (mudança de atitude, valores e prioridades), obediência e submissão ao Senhor)
Obedeça a Deus e a Sua Palavra, com fé e amor (Gênesis 22:18, Deuteronômio 11:13-15, João 15:14, 1º Samuel 15:22).
4. Ser uma benção implica em olhar para os outros não só para si mesmo (Provérbios 22:9). Porém, se desejamos apenas ser abençoados e ter bençãos em benefício próprio, isso revela o egoísmo do nosso coração nos esquecendo do próximo.
5. Quem é uma benção é também ricamente abençoado por Deus (Deuteronômio 28). Isso porque revela ter um caráter de generosidade e altruísmo, tal como de Cristo, que se entregou para abençoar a todos (Romanos 8:32).
Mais que abençoado, Deus chama você para ser uma benção!
O foco não deve estar nas bençãos que queremos ter, mas sim em você ser o que Deus quer que você seja: uma Benção!
Não retenha as bençãos que Deus lhe concede. Seja um canal abençoador para todos ao seu redor (familiares, irmãos, conhecidos e desconhecidos).
Deus lhe ensinará como você pode abençoar. Ore, lei e medite na Palavra, Ele lhe esclarecerá.
Deixe um legado para as próximas gerações. Certamente um abençoador será sempre bem lembrado, por onde for, passe o tempo que passar.
Todos os que creem no Senhor Jesus, sendo alcançados pela Sua Graça, fazem parte do cumprimento da promessa feita a Abraão (Gn 12:3). Se você crê, tal como Abraão, também é desafiado por Deus a ser benção.
Este é um curto esboço de Pregação sobre as Alianças de Deus na Bíblia. Aqui você encontrará alguns importantes tópicos sobre esse tema tão maravilhoso nas Escrituras. Leia, ore, medite, busque outras fontes e se prepare bem para ministrar a Palavra de Deus.
Tema: Deus tem uma Aliança inquebrável com Seu povo
Objetivo: Compreender que Deus assegura o seu compromisso de manter um relacionamento com Seu povo. Do mesmo modo, precisamos ser fieis a Sua Aliança eterna.
Texto base: Ezequiel 16:60,62
Mas eu me lembrarei da aliança que fiz com você nos dias da sua mocidade e com você estabelecerei uma aliança eterna. (...) Estabelecerei a minha aliança com você, e você saberá que eu sou o Senhor."
- Ezequiel 16:60,62
Perguntas para reflexão:
Quais são as características de uma aliança de casamento? (é inquebrável, círculo, sem início e sem fim, duradoura, etc.)
Como você definiria uma aliança? (acordo entre duas partes, pacto, compromisso, contrato, tratado, fusão, etc.)
Quem é que deve garantir o cumprimento de um pacto?
Mesmo que os montes se retirem e as colinas sejam removidas, a minha misericórdia não se afastará de você, e a minha aliança de paz não será removida", diz o Senhor , que se compadece de você.
- Isaías 54:10
1. O conceito de "Aliança" perpassa tanto Antigo como Novo Testamentos. É um conceito bíblico que aponta para Deus e seu projeto de criar e redimir um povo para Si.
2. Firme a sua aliança com Deus. Uma aliança é um pacto de sangue que compromete as duas partes à fidelidade sob pena de vida ou morte. É exatamente isso que Cristo fez por nós.
3. A Comunhão de Deus com Seu povo é o pano de fundo por trás de todas as Alianças feitas na Bíblia:
Adão - Aliança da Criação - Relacionamento original entre Deus e a humanidade (Gn. 3:8-10). Ao criar-nos à Sua imagem e semelhança, Ele deixou claro a responsabilidade humana na sua relação com Deus e com a criação.
Adão quebrou a essa aliança, mas Deus já havia providenciado uma redenção que se daria por Jesus Cristo, "o descendente que feriria a cabeça da serpente" (Gênesis 3:14-19) - Ver também: Oséias 6:7
Noé - Aliança da Preservação - Deus conserva a humanidade (e os animais) através de Noé e sua família (Gn. 6.8-14). A humanidade chegou a um nível de degradação tão grande que merecia ser toda ela destruída. Mas Deus teve misericórdia e impediu Noé de se afundar neste nível de depravação, o salvando na Arca. Na sequência, Deus prometeu que não mais destruiria a terra (Gn.8:20-22; 9:16).
Abraão - Aliança da Promessa - Deus fez diversas promessas a Abrão (terra, um filho, descendentes), mas no cerne de tudo isto estava "em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn. 12:3). Na descendência de Abraão viria Jesus, o Cristo prometido Salvador de todas as nações. Ver também: Gên. 12:1-3, 6-7,13:14-17, 15, 17:1-14; 22:15-18.
Moisés - Aliança da Lei - Deus falava com Moisés como alguém conversa com um amigo (Dt. 34.10- 12). Através de Moisés o Senhor trouxe Suas Leis ao povo, exteriorizando qual era a sua vontade (Deuteronômio cap. 11-12).
Israel - Aliança condicionada - Ainda através de Moisés, Deus propõe a Israel Benção ou maldição (Dt. 11:26-28). Se o povo desobedecesse seria espalhado por toda a terra. Contudo, Deus mesmo assim promete que irá reuni-lo, trazendo-o de volta à terra prometida, para permanecer sempre na Sua presença. (Dt. 30:1-20)
Davi - Aliança do Reino - Na aliança davídica, Deus promete que da sua linhagem viria um Rei permanente (2 Samuel 7:8-16). Por meio de um descendente de Davi, Jesus Cristo, o Senhor estabeleceria seu Reino eternamente no meio do Seu povo. Sabemos que este cumprimento se deu em Cristo Jesus, o Rei dos Reis (Lucas 1:32-33). Ver: Isaías 55:3
Jesus Cristo - Nova Aliança - Esta aliança fala de redenção, amor, unidade, eternidade (Jeremias 31:31-34; Ezequiel 16:60,62). O alvo de Deus, ao longo da História é estabelecer unidade e comunhão com seu povo. Essa união só poderá ser estabelecida por intermédio de Jesus Cristo (Mateus 26:28), que é um com o Pai. E quer que a Sua Igreja também esteja unida Nele, em santidade pelo Espírito Santo. Este pacto originado em Israel, se estende a todos os povos da terra, para serem, pela fé, pessoas unidas no mesmo amor, conhecimento e obediência de Deus (Hb 8:10-12).
Deus estabeleceu uma Aliança eterna com seu povo. Ao longo da Bíblia vemos que Ele concedeu graça e vida (redenção). Agora sabemos que isso se cumpriu plenamente em Jesus Cristo. E hoje, por meio da fé Nele, através do Espírito Santo que habita em nós, podemos ter comunhão com Deus, e viver consoante a sua vontade e propósito.
Mas e se falharmos? Mesmo quando falhamos, Deus não falha. Ele é sempre Fiel. É eternamente leal (2 Tim. 2:13) à Sua Aliança, e assegura o seu compromisso de manter um relacionamento com Seu povo. Ele espera que continuemos comprometidos com Ele. Firme a sua aliança com Deus! Somente permanecendo em Cristo, conseguiremos ficar firmes e fieis à Aliança com Deus.
Tema: Como vencer as dificuldades do mundo pela Fé?
Objetivo: Comunicar a relevância da fé verdadeira em Jesus Cristo para vitória, segundo a Bíblia.
Texto base: 1 João 5:4-5
O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus.
- 1 João 5:4-5
Vivemos num mundo com grande diversidade de crenças e religiões, mesmo assim, sabemos que trata-se de um mundo caído e perdido. Apesar de existirem muitas rotas espirituais, a Bíblia nos aponta somente um caminho e um único Deus verdadeiro. Para alguns pode parecer exclusivista, mas somente Jesus Cristo é o caminho que conduz à vitória (João 14:6).
Apesar de haver uma tendência natural no ser humano de crer em algo e de buscar o que lhe transcende, nem sempre conseguimos acertar o alvo. A sua fé deve ser genuína e verdadeira na pessoa certa, que é Cristo. Ele é o socorro nas horas de angústia, Ele é o amigo fiel que lhe ama, é o Salvador eterno. Vale a pena depositar a sua fé no Senhor.
Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.
- Hebreus 11:1
A fé verdadeira tem como base o próprio Deus, Criador único e verdadeiro, e em tudo que Ele disse, nas Sagradas Escrituras. Diferentemente do que muitos pensam, a fé em Deus e na Sua Palavra, não é uma fé cega ou sem bases para a compreensão humana.
Deus nos deixou provas suficientes, escritas e através da vida de Jesus Cristo, para termos uma fé sólida em tudo o que Ele nos disse na Bíblia. Desde o princípio Ele tem se revelado à humanidade e quer que creiamos no Seu Cristo para termos acesso à vida eterna.
Crer é mais que saber, ter simpatia ou aceitar racionalmente que Deus existe. Ter fé em Cristo implica em confiar, depender, aceitar, se envolver, se entregar e descansar em Deus. Crer em Jesus significa confiar que Ele é o Senhor e é suficiente para nos ajudar, cuidar e salvar. O crente em Jesus não precisa de "ajudantes" ou crenças auxiliares! Jesus Cristo é o autor e aperfeiçoador da nossa fé (Hebreus 12:2)
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.
- Atos 4:12
O objetivo central da fé em Cristo é a salvação (1 Pedro 1:6-9). Podemos crer num futuro melhor, crer em curas, sinais, milagres e bênçãos materiais, mas tudo isso é passageiro e secundário (1 Coríntios 15:19). O alvo principal da fé em Jesus é a vida eterna (João 3:16). E esta vida abundante já começa aqui, quando confiamos tudo nas poderosas mãos do Senhor. Temos essa confiança pela fé que nos acompanhará pela eternidade.
A fé salvadora inclui conhecimento, aprovação e confiança pessoal em Jesus - Romanos 10:14, Tiago 2:19
A fé nasce quando damos ouvidos à Palavra de Deus - Romanos 10:17 "... a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus..."
A fé é um mandamento bíblico - Marcos 11:22 "Respondeu Jesus: "Tenham fé em Deus."; Hebreus 11:6, Lucas 8:50, Provérbios 3:5, Isaías 26:4, Salmos 37:3
A fé é o dever fundamental do cristão - João 6:28-29 - "...A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou".
A fé é um mandamento que deve estar unida ao amor - 1 João 3:23 "... que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros..."
A fé é uma arma defensiva - Efésios 6:16 - "embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno."
A fé sem frutos é irrelevante - Tiago 2:17 " a fé, se não tiver obras, por si só está morta."
O crente é justificado pela fé - Hebreus 10:38 "Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele". Romanos 5:1, Romanos 1:17, Gálatas 3:11
A fé é essencial para quem quer se aproximar de Deus:
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
- Hebreus 11:6
A fé é uma arma poderosa contra os males do mundo e contra o Inimigo implacável das nossas almas. Em Efésios 6:13-17 vemos o escudo da fé aliado às outras peças fundamentais da armadura de Deus. Revista-se todos os dias e esteja preparado contra os inimigos do Senhor.
Dúvida - Quem duvida é inconstante, ora acha que crê mas quando a dificuldade vem, tudo se transtorna (Tiago 1:6). Diversas vezes Jesus repreendeu a dúvida de seus discípulos (ex. Pedro quando afundava no mar - Mateus 14:31). A dúvida pode ser natural (humana) ou diabólica, mas a fé quando se apoia no poder de Deus, é sobrenatural.
Incredulidade - A desconfiança momentânea ou que rejeita totalmente o que Deus diz e faz é pecado (João 16:8-9). A descrença está quase sempre associada à malícia, esperteza ou indiferença. Alguns crentes na Bíblia tiveram momentos em que deslizaram e não creram (ex. Zacarias quando na velhice lhe foi prometido um filho famoso - Lucas 1:20). Todos somos incentivados a crer, pois, tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23).
Medo - O temor é outro inimigo da fé. Quando sentimos medo, incerteza, ansiedade ou pavor precisamos rapidamente agarrar-nos em Deus, pela fé. Ao pai desesperado pela vida da filha, Jesus disse: "não temas, crê somente!" (Marcos 5:36) O medo paralisa-nos e nos deixa infrutíferos, mas Deus quer que avancemos confiantes nele sempre! Confie e não tenha medo, pois tudo é possível para Deus! (Lucas 1:37).
Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento;
reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.
- Provérbios 3:5-6
A confiança em Deus proporciona ao crente uma vida vitoriosa, diante das lutas e dos problemas neste mundo. O Senhor é soberano, refúgio e fortaleza, Ele sustenta os Seus filhos na alegria e na tristeza. Há inúmeros exemplos de fé vitoriosa na Bíblia. Viva pela fé, como:
Heróis da antiguidade - Hebreus 11:33 - "os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões..." É longa a lista dos primeiros heróis da fé no capítulo 11 de Hebreus.
Davi - 1 Samuel 17:37 - "Disse mais Davi: O Senhor me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te, e o Senhor seja contigo."
Centurião - Mateus 8:8,10 - "Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.(...) Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta."
Deus nos convida a crer todos os dias. E se a nossa fé é pequena, podemos pedir como os apóstolos de Jesus fizeram: "Aumenta-nos a fé" (Lucas 18:8). Crer é uma questão de escolha. A vida é feita de escolhas. Você escolhe confiar em Deus ou apenas se simpatizar com as promessas que Ele fez. Mas como tudo na vida, a fé exige uma decisão, um passo que lhe comprometerá por completo. Comprometa-se a crer em Jesus!
Se decidiu crer, permaneça firme na fé em Cristo! Mais cedo ou mais tarde, a sua fé será testada pelas circunstâncias da vida, que colocarão em check toda a sua confiança no Senhor. Não tenha medo, não desanime, não duvide, mas creia!
Objetivo: Ensinar que Deus pode restaurar famílias
Texto base: Salmos 80:19
Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.
- Salmos 80:19
O trabalho de restauração é sempre complicado e demorado. Muitas obras de arte demoram meses e até anos para voltar a ter as suas características originais. Mas, mesmo com toda dificuldade que a restauração possa acarretar, vale a pena investir na renovação e reabilitação de algo que é valioso.
A família é um projeto antigo (e atual) de Deus. Ele a instituiu desde o princípio (Gênesis 2:18-25) e por isso é tão valiosa. A família é o berço de toda sociedade e é onde aprendemos as bases para conviver e amar. Infelizmente, a família também é alvo de ataques dos inimigos de Deus, por isso vemos tantas famílias desgastadas, em ruína e desmoronando... Mas Deus quer restaurar seu lar!
Na Bíblia vemos inúmeras histórias de restauração que Deus promoveu nas vidas e nas famílias. Deus faz tudo novo. Ele reforma famílias, reconstrói sonhos:
Jó - A história de um homem temente a Deus demonstra como um turbilhão de sofrimentos pode destruir nossas famílias e sonhos. Mas, o Senhor interferiu na sua história e "restaurou a sorte de Jó" (Jó 42:10-17). Trouxe comunhão com sua família e amigos, deu outros filhos e uma vida longa.
Noemi - Essa mulher também sofreu uma dura perda. Longe de sua terra natal, perdeu o marido e os dois filhos (Rute 1:1-5). Mas Deus, sempre mantém um fio de esperança: Rute "adotou" a sogra com amor. E assim, Deus concedeu uma nova família, cuja linhagem viriam reis, e o próprio Redentor do universo: Jesus.
Maria e João - Jesus preocupou-se com a sua mãe e com o seu discípulo amado (João 19:26-27). Mesmo em sofrimento, da cruz, deu um novo filho àquela que estava prestes a perder o seu primogênito e deu uma mãe àquele discípulo que ficaria órfão do Seu Senhor e Mestre.
Ainda que você esteja enfrentando graves crises na sua família (desemprego, doenças, separação, drogas, brigas, etc.), para Deus não há impossíveis (Lucas 18:27). O Senhor pode trazer paz, reconciliação, portas abertas, transformação, cura, libertação e salvação ao seu lar. Creia no Senhor e busque-O em favor da sua família. Como o barro nas mãos do oleiro, assim é nossa família nas mãos de Deus (Jeremias 18:2-6).
Deus é o Oleiro, o Construtor e Restaurador por excelência. Creia, (Atos 16:31) Ele é o Salvador fiel, pode ajudar a sua família se recompor! Confie (Salmos 37:5) a sua casa nas mãos sábias e poderosas do Pai. Elas que podem restaurar e fazer tudo novo na sua vida e família. Não despreze o seu lar, mas ore, cuide e zele pela sua família (1 Timóteo 5:8).
Tema: Espiritualidade Cristã
Objetivo: Mostrar que a espiritualidade cristã deve ser vivida tendo em conta o que a Bíblia ensina sobre a experiência de vida com Deus.
Texto base: Gálatas 5:25
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
- Gálatas 5:25
Ideia chave: Vida cristã prática em conformidade com a Palavra de Deus
A espiritualidade cristã se traduz na busca de uma existência cristã verdadeira e satisfatória, que envolve uma união e um relacionamento com Deus, através do Espírito Santo, com toda a prática de vida baseada na fé cristã.
O pecado original destruiu o relacionamento vertical, entre eu e Deus, e o horizontal, eu e o próximo. Através de Jesus Cristo, temos a ponte para transpor esse abismo, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. A verdadeira espiritualidade é a manifestação desses relacionamentos restaurados pela reconciliação de Cristo e atuação do Seu Espírito. Assim não viveremos uma religião de aparências, engessada e vazia, mas uma vida transformada que age em espírito e em verdade.
Viver a espiritualidade cristã deve envolver alguns princípios importantes
Ter a vida de Cristo em nós
Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
- Gálatas 2:20
Viver em santidade - Disciplinas espirituais (Cl. 3:1-17)
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.
- Colossenses 3:12
Ser guiado pelo Espírito de Deus (Rm. 8:14-39)
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
- Romanos 8:14
Buscar relacionar-se com Deus
Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito.
- 1 João 4:13
Desenvolver comunhão com a comunidade cristã, com o próximo
E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras.
Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.
- Hebreus 10:24,25
Deus é Espírito - "Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24)
A espiritualidade deve unir o coração, a mente e as mãos - "Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças." (Deuteronômio 6:5)
Produção do fruto do Espírito - Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22,23).
Deus renova e sustenta o nosso espírito - "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Salmos 51:10
Praticar a devoção cristã é uma escolha intencional, pessoal e intransferível. Ninguém pode fazer por você. Trata-se de uma aproximação afetiva de Deus através de Jesus Cristo. É como aprofundar uma boa amizade: requer tempo, sinceridade e fidelidade.
A vida devocional do cristão deve envolver algumas disciplinas espirituais que o ajudarão na caminhada cristã:
Oração - 1 Tessalonicenses 5:17
Leitura da Bíblia
Silêncio, tempo a sós com Deus (desligar-se do mundo externo e interno)
Jejum, abster-se de práticas automatizadas (viciantes)
Contribuições, esmolas, ofertas
Meditação bíblica, encher-se da Palavra (diferente da meditação oriental)
Jesus cresceu em Nazaré, um vilarejo pequeno no alto de um monte. Ele, como todo judeu de sua época, era ensinado por um mestre comunitário (geralmente na sinagoga). Essa educação se consistia no conhecimento da Lei (os livros de Moisés, as poesias e os profetas), com um grande destaque à história de Israel.
Além disso, e de forma adicional, esses mestres também podiam ensinar a ler, escrever e fazer cálculos. Dessa forma, a educação básica judaica formava a comunidade em suas raízes históricas e intelectuais, ao mesmo tempo que fornecia o mínimo de capacitação técnica.
A família tinha uma grande importância para a educação, uma vez que o interesse dos pais pela Lei refletia no interesse do filho pela Lei. Não seria errado supor que os pais de Jesus buscaram educá-lo da melhor maneira no conhecimento das Escrituras, ao ponto de, aos doze anos de idade, Jesus ter debatido em alto nível com os eruditos do Templo (Lucas 2:41-52).
Resumidamente, Jesus foi um grande sucesso da educação básica judaica por ter compreendido bem as Escrituras judaicas e desenvolvido seu próprio ensino de forma que clarificasse a Bíblia hebraica e a expandisse. Ele foi esse sucesso em especial porque ele não fez uma "educação superior" com mestres fariseus, mas ainda conseguiu debater em alto nível com eles durante seu ministério.
Sua vida, da infância até cerca de trinta anos de idade, pode ser resumida nessas atividades: estudo e trabalho. Pois isso, certamente, era o mínimo de atividade que um judeu devoto teria.
O ministério de Jesus se consiste em sua atividade pública, do início, quando tinha cerca de trinta anos, até sua morte, por volta de trinta e três anos.Todo o ministério de Jesus é marcado por três atividades principais: ensino/pregação, curas e exorcismos. Seus ensinos foram dados através de grandes palestras temáticas, interpretação da Lei e parábolas. Diversos grupos ouviam seu ensinamento: a multidão, os mestres da Lei e, por fim, seus discípulos. O método de ensino variava de acordo com o grupo.
O relato de suas curas e exorcismos variam de mais, para menos detalhados. Jesus realizava curas milagrosas de diversas doenças, principalmente doenças com estigmas sociais. Além disso, seu exorcismo também era milagroso e possuía aspectos sociais, uma vez que tal pessoa era excluída e odiada.
Além dessas três atividades principais, podemos ressaltar também que Jesus realizou milagres diversos (como relacionados a natureza) e, a ação mais singela de todas, esteve junto dos marginalizados.
Seus principais rivais eram os fariseus e mestres da Lei, pessoas que eram os líderes religiosos daquela época. Jesus provou que seus ensinos estavam equivocados e que a prática deles era hipócrita, levando a diversas conspirações para matá-lo.
Jesus causou muito barulho, recebeu ódio de seus adversários religiosos e estava sendo observado pelo Estado Romano. Uma conspiração o levou a ser preso e sentenciado, graças à famosa traição de Judas (um de seus apóstolos).
Ele recebeu a punição mais cruel do Império Romano, a morte por crucificação. Isso porque é uma morte muito lenta e torturante. Jesus foi forçado a carregar sua cruz sem ajuda, sendo açoitado até o local de sua morte.
A existência do homem Jesus praticamente não é mais questionada pelos historiadores, mas a grande questão que gira ao redor de sua vida é a sua ressurreição. A Bíblia afirma que Jesus ressuscitou, porque foi um homem perfeito, e sua morte foi o pagamento de dívida de todas as pessoas diante de Deus. Jesus foi o sacrifício em prol das pessoas imperfeitas, tornando toda a humanidade, mediante a fé nele, aceitos por Deus.
Como um mestre entendedor da Lei, Jesus tem muitos ensinos marcantes. Os quatro livros bíblicos chamados de "evangelhos" dedicam-se a contar sua história e seus ensinos, geralmente intercalando esses dois momentos.
O discurso mais famoso de Jesus é o Sermão do Monte. Nesse sermão estão diversas de suas mais famosas falas, como:
"dar a outra face" ao invés de se vingar
"andar a outra milha" quando te forçarem a andar uma
a oração do Pai Nosso
quem odiar o próximo já é culpado de assassinato
olhar com desejo para uma mulher já é adultério
amar ao próximo e orar pelos que te perseguem
ajudar, orar e jejuar sem buscar visibilidade
A síntese de seu ensino, porém, está na interpretação que ele faz da Lei, declarando que os maiores mandamentos são: amar a Deus acima de todas as coisas, e o próximo como a si mesmo. Em outro momento, adiciona ainda o mandamento: “amem-se uns aos outros como eu os amei” (João 15:12).
Aspecto
Detalhes
Nascimento
Nascido por volta de 4 a.C. em Belém, cresceu em Nazaré, na Palestina. Fugiu para o Egito na infância devido a ameaças de Herodes.
Educação
Educado em Nazaré baseada na Lei Judaica, histórias de Israel e capacitações técnicas. Destacou-se em debates religiosos já aos doze anos.
Início do ministério
Marcado pelo batismo por João Batista e tentações no deserto. Começou seu ministério público aos trinta anos.
Principais atividades durante o ministério
Envolvia pregações, ensinamentos, curas milagrosas, exorcismos, e interação com os marginalizados. Realizou diversos milagres notáveis.
Ensinamentos marcantes
Sermão da Montanha, parábolas, e discursos sobre amor e justiça. Ensina humildade, misericórdia, pureza de coração e paz. Instrui ser luz do mundo, cumprir a lei e amar até os inimigos.
Crucificação e Morte
Traído por Judas Iscariotes, julgado e crucificado em Gólgota aos 33 anos. Sofreu a crucificação, a morte mais torturante do Império Romano.
Ressurreição
Ressuscitou três dias após sua morte, apareceu a discípulos e seguidores. Ascendeu aos céus após 40 dias, marcando a promessa de vida eterna para os crentes.
Legado
O Filho de Deus e messias prometido, Jesus é central na fé cristã, representando o caminho para a salvação.
O império romano fez um censo em toda região, o que obrigou José e Maria retornarem a sua cidade natal. Jesus nasce em Belém, numa estrebaria.
José e Maria receberam a visita de pastores e magos do oriente, que teriam vindo visitar o Rei do Judeus, que as Escrituras Sagradas haviam prometido. O rei Herodes, que era o governador romano da Judeia, ficou sabendo a profecia que anunciava o nascimento do novo rei dos judeus. Temendo a popularidade dessa profecia e de um levante rebelde contra seu governo, Herodes mandou que fossem mortos todos os meninos de menos de dois anos.
Ao saberem que Herodes pretendia matar Jesus, o casal fugiu para o Egito, onde viveram até que Herodes morresse. Quando isso aconteceu, eles voltaram para Nazaré, cidade da Galileia, onde Jesus cresceu e viveu até o início de seu ministério.
Quando, ainda adolescente, visitou com seus pais a cidade de Jerusalém, deixou os mestres da lei boquiabertos com a sua inteligência profundidade do seu conhecimento das Escrituras Sagradas.
Jesus era judeu, de etnia e nacionalidade judaica. Aprendeu o ofício de José, a carpintaria. Jesus teve irmãos e irmãs, vivendo com seus pais até os seus 30 anos. Jesus não se casou e nem teve filhos.
Muitos perguntam se Jesus era negro ou branco. Jesus teria traços comuns das pessoas do Oriente Médio, pele corada, cabelos curtos e barba. A Bíblia diz somente que Jesus era um homem de aparência simples, como as profecias já haviam revelado.
O batismo de Jesus marca o início do seu ministério. Após ser batizado nas águas por João Batista, que era seu primo, e um profeta que havia anunciado a sua chegada. Lá Jesus foi batizado, teve um encontro com Deus Pai e o Espírito Santo e, em seguida, foi levado ao deserto. No deserto, Jesus passou por uma experiência extrema, se dedicou ao jejum e à oração por quarenta dias, sendo provado pelo Diabo no seu conhecimento da Lei e na sua dedicação.
O segundo passo do início de seu ministério foi a escolha de seus discípulos. Jesus escolheu a dedo os que seriam seus seguidores mais próximos (chamados de Apóstolos), permitindo que uma multidão o seguisse e ouvisse. Às margens do mar da Galileia, Jesus chamou os 12 discípulos a quem também designou apóstolos:
Simão (Pedro), André, Tiago (filho de Zebedeu), João, Filipe, Bartolomeu (Natanael), Tomé, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu (Judas), Simão (o zelote) e Judas Iscariotes, o traidor.
Em 3 anos de ministério profético - ensinando e pregando o Reino de Deus - Jesus realizou milagres e maravilhas por onde passou. O primeiro milagre de Jesus foi num casamento. Segundo a passagem no Evangelho de João, Jesus transformou a água em vinho.
Jesus realizou muitos outros milagres. Na Bíblia são registrados 37 milagres. Entre eles, estão a multiplicação dos pães e peixes, o caminhar sobre as águas, inúmeras curas de paralíticos, cegos, e surdos, e a ressurreição de pelo menos três pessoas.
Além de milagres, Jesus ensinou e pregou ao povo. Jesus exortava e explicava temas complexos através de parábolas. Existem ao todo, 44 parábolas de Jesus no Novo Testamento.
A cada milagre Jesus atraía uma multidão ainda maior. Isso incomodava os religiosos da época, que começaram a conspirar contra sua vida. Judas Iscariotes - um dos discípulos de Jesus - se ofereceu aos fariseus para entregar Jesus Cristo em troca de dinheiro (30 moedas de prata):
Na Última Ceia, Jesus anunciou aos discípulos que seria traído e morto. Mesmo triste, mas ciente do seu propósito, celebrou a Páscoa:
Angustiado, Jesus foi ao monte das Oliveiras para orar. No lugar chamado Getsêmani, Judas Iscariotes entregou Jesus Cristo as autoridades. Logo após traí-lo, Judas tirou a sua própria vida.
Naquele mesmo lugar, Jesus realizou o seu último milagre antes de ser crucificado. Jesus restaurou a orelha do servo do sumo sacerdote que fora arrancada por Pedro, seu discípulo.
Jesus foi julgado no sinédrio pelos sacerdotes, depois o entregaram as autoridades romanas. Pilatos não via motivos para condená-lo, mas o povo preferiu soltar Barrabás e crucificar Jesus, algo que fizeram com altos gritos.
Jesus foi torturado e humilhado. Num monte chamado Gólgota, onde eram executados criminosos, ele foi crucificado. Antes do último suspiro, Jesus gritou "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" e foi zombado pelos guardas romanos.
Jesus Cristo morreu com a idade entre 34 e 39 anos. O corpo de Jesus foi colocado num túmulo selado com seguranças, para que não fosse violado.
Três dias depois da crucificação, Jesus Cristo ressuscitou. Algumas das mulheres que acompanharam seu ministério e aprenderam de seus ensinos foram visitar seu túmulo, mas foram surpreendidas por dois anjos que disseram que Jesus já não estava mais lá.
Os discípulos ficaram perplexos com a notícia e dias depois tiveram a oportunidade de verem Jesus em carne e osso! Jesus continuou com os discípulos durante 40 dias, até ser elevado aos céus diante de mais de 500 seguidores.
Antes de subir aos céus, Jesus fez ainda um último discurso, a “Grande Comissão”. Ele fez, basicamente, uma ordenança aos seus seguidores de espalhar pelo mundo a mensagem que ele trouxe, o perdão dos pecados pela sua morte.
A volta de Jesus
Jesus voltará, a Bíblia registra isto! A hora e o dia ninguém sabe, somente o Pai. Por isso, é necessário permanecermos firmes na Sua Palavra, pois no momento devido o Pastor recolherá as suas ovelhas:
Jesus virá em glória para julgar a humanidade e estabelecer a justiça plena. Aqueles que aceitaram a Jesus serão salvos, receberão a vida eterna e viverão com Ele para todo sempre!
Jesus foi mais do que um mestre, um revolucionário ou um fundador de religião. A vida desse homem é exemplar e inspiradora; dedicou-se a vida toda no entendimento da Bíblia Hebraica, trouxe um ensino renovado sobre Deus e acolheu todos os necessitados ao seu redor.
A Bíblia o declara como sendo o Filho de Deus, igual a Deus, que encarnou em forma humana para morrer a morte dos homens. Para que dessa forma tornasse o caminho para a vida eterna acessível a todos. Jesus foi um homem perfeito que foi sacrificado, Deus o ressuscitou dos mortos e o colocou na mais alta posição da realidade, é o mediador entre Deus e os homens e o cabeça da Igreja Cristã.