Quilombo ligado a internet
identificado nos territórios quilombolas como sendo um lugar ocupa do “por pretos”. Possui mais de setenta famílias que se reproduzem através do trabalho agrícola, d a pesca e da criação d e animais de pequeno porte, mantendo manifestações culturais e saberes locais: festas de santos, forró de caixa, tambor de crioula, dentre outras manifestações. Essas famílias ocupam esse território secularmente, segundo a memória dos m ais velhos. Diversos são os costumes e formas de vida dos moradores, porém algo lhes é específico e fundamental: a posse
comum da terra.
Não há energia alguns quilombos elétrica em todas as residências. O posto de saúde que atende o povoado é o da sede do município As casas são feitas, em sua maioria, de barro e cobertas com a palha de buri ou Li Curi rancho de buri e Li Curi, cuja edificação é coletiva. O dono d a casa oferece como pagamento pelo trabalho na construção, almoço e bebida para todos os envolvidos. Existe um campo de futebol e um galpão de alvenaria (o barracão), construído para realização de festas A escola dos territórios quilombolas é um anexo de uma escola municipal do município estar fechadas. Atendendo alunos do ensino fundamental (de 1ª à 4ª série), a referida escola tem três compartimentos e dois professores. Os jovens deslocam-se diariamente à sede do município de ônibus escolar empresa terceirizada quando a escola do território quilombola funcionava os alunos ficava percorrendo, a pé, cinco quilômetros para estudar em o ensino fundamental maior e o ensino médio
Cada família da comunidade possui, em média, de cinco a oito pessoas por casa. A maioria da população é do sexo masculino. As mulheres participam ativamente das atividades econômicas da casa. O trabalho nas lavouras é determinado segundo regras próprias que determinam tanto o local a ser roçado, quanto o tipo de cultura. Na maioria das casas verifica-se a presença de quintais nutritivos (pomares caseiros , hortas e pequenos plantios de mandioca, milho e feijão).
A preparação para o plantio começa no mês de dezembro com a escolha do local da roça e a limpeza do terreno. Essa “escolha” é feita pelos próprios moradores e os mesmos marcam a terra que irão plantar com estacas de madeira, para que t odos os outros saibam que ali será utilizado para o plantio. Essa mar cação é feita de forma pacífica e todos os moradores respeitam os limites daquele que escolheu seu pedaço d e terra. Nem sempre a roça é feita de forma individual (por uma família apenas), existem plantações coletivas onde mais de uma família se reúne para fazer a roça. A roça é feita no sistema de coivara
Nos primeiros meses do ano é feita a queima e nas primeiras chuvas inicia-se o plantio. Ao final de cada ano as famílias delimitam o “pedaço” da terra que vão plantar no ano seguinte. A medida mais usada é a braça, que equivale aproximadamente a vinte e cinco metros. O terreno é usado em média de cinco a vinte anos e reutilizado após o “descanso” da terra. Os moradores reconhecem quando a terra está boa para o plantio
pelo tamanho do m ato que cresce no terreno. O plantio se dá na seguinte ordem de cultivo: maxixe, milho, mandioca, arroz. A roça é feita de acordo com o calendário que consta no Quadro
Janeiro Limpeza e queima da terra
Março Início do plantio
Junho Início da colheita
Dezembro Terra Roça
é marcado pela religiosidade. A maioria dos talhadores rurais e marisqueiras e pescadores e marisqueiras participa das atividades da igreja católica, professando e praticando um catolicismo popular. A tradição religiosa da comunidade, segundo relatos dos mais antigos, existe há mais de cem anos, com a realização do Festejo
remanescente de quilombo, tem provocado processos internos de construção indenitária articulados a esse novo referencial. Nesse sentido, a investigação que desenvolvi no mestrado.
Ao refletirmos sobre a plurietnicidade do Estado brasileiro, podemos perceber que a Constituição Federal admite a sociedade brasileira dentro de sua pluralidade, mas os princípios que lhe fundamentam não fazem referência à pluralidade étnica, remetem a outros elementos, como dignidade humana, cidadania e pluralismo político
A ligação dos autodenominados quilombolas, ou seja, de famílias de camponeses, pescadores, artesãos, extrativistas, espalhados em territórios do interior, e até mesmo grupos e m áreas urbanas, de estados de todo o Brasil, passou a se realizar com essas instituições nacionais e supra nacionais por meio de toda uma rede de mediadores, constituída por antropólogos, advogados, parlamentares, integrantes do Ministério Público, pesquisadores, clérigos, jornalistas e outros profissionais, que passaram a apoiá-los em suas reivindicações e a realizar a mediação entre eles e a sociedade mais ampla. Suas reivindicações passara m a alcançar as instituições nacionais por meio de uma série de porta-vozes, agentes sociais por sua vez também organizados
em movimentos e associações, instituídos como os que passara m a deter a
fala autorizada nos assuntos relativos ao s quilombolas.
O nome da Territórios de Sementes uma pessoa que sempre quis o bem comum”, também do Quilombo. “Por isso, peço para os jovens: vamos preservar a floresta. Num momento como esse é que a gente vê como esse trabalho é importante.” “Esse trabalho vem dando certo, vem dando resultado para o pessoal que está coletando as sementes. É uma renda a mais para a comunidade” sementes coletadas no centro de uma roda, que aos poucos se transformou em uma grande mistura de sementes – ou muvuca – que será utilizada para o plantio de uma nova floresta. Aos poucos, o chão se transformou em uma explosão de cores
GUARDAR A SEMENTE QUE VAI SEMEAR A TERRA.”
“A relação entre homem e natureza vai se potencializando com a coleta de sementes e dando visibilidade para as comunidades” “É importante porque dá visibilidade, amplia a renda e fortalece ainda mais a nossa identidade.”
O acesso complicado dificulta a chegada de serviços e a comunicação com outras comunidades quilombolas e Terreiros de Candomblé e indígenas .
O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial é celebrado anualmente no dia em que a polícia em Sharpeville, África do Sul, abriu fogo e matou 69 pessoas em uma manifestação pacífica contra o apartheid "aprovando leis" em 1960.
Em 1979, a Assembleia Geral adotou um programa de atividades a serem realizadas durante a segunda metade da Década de Ação de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial.