Vou começar por dizer, não, não sou marxista, mas também, não, não discordo do fato que Karl Marx disse algumas verdades.
Entre elas, está a que irei focar neste boletim, "a religião é o ópio do povo". Sim, absolutamente, afinal, sem a religião não haveria a moralidade complexa que "temos" nos dias atuais. Mas é simplório dizer que essa é a única ferramente usada pelas chamadas "elites" para controlar o povo. De facto, a religião em si é apenas uma parte de um conceito maior, o qual todos nós somos enganados e manipulados; ideologia.
Quando digo ideologia me refiro, principalmente, para ideologias políticas e sociais, sendo assim, filosofias pessoais, mesmo controlando suas ações, não se encaixam bem em minha crença que é o "ópio do povo", já que uma filosofia pessoal pode muito facilmente ser moldada por si só, naturalmente, já a política, não, ela sempre é ditada por um partido ou grupo. Veja os nacionais socialistas, comunistas, liberais, conservadores, todos possuem uma suposta "ideologia", mas no fim do dia, nada disso importa, o que dita decisões são interesses pessoais, os únicos que se importam e dariam a vida para defender o tal do "ideal" são as massas plebeias, os lideres, as elites, os aristocratas, não se importam com nada disso, e facilmente trairiam seu "ideal" para atingir seus objetivos.
Estou dizendo que ideologia é inerentemente ruim? Não. Mas estou dizendo que você não deve se deixar levar for falas e discursos de políticos e nem mesmo, não, especialmente não revolucionários. Sempre que noto isso gosto de dar o exemplo de Napoleão Bonaparte, um aristocrata por luta, por mérito. Se juntou aos revolucionários da França, supostamente lutando pela "igualdade, liberdade e fraternidade", mas no fim apenas queria subir os ranques militares, assim, quando a oportunidade se apresentou, ele utilizou de sua influência como salvador da revolução e deu um golpe de estado, efetivamente se tornando um ditator e depois imperador da França. Você acha mesmo que Napoleão acreditava naquela baboseira da liberdade, igualdade, fraternidade da revolução? É claro que não! E assim são os políticos e chamados revolucionários!
Logo, o que um indivíduo deve buscar nestes tempos turbulosos é sua própria filosofia de vida, alinhar sua política com ela, não se precisa ter nome ou símbolo para sua crença política ou social, apenas tenha certeza que ela é SUA.
No fim do dia todos nós estamos lutando por nossos próprios interesses, acontece que as vezes os interesses de diferentes pessoas se alinham, e assim possamos criar comunidades e grupos como a Brigada Paulista. Liberais, conservadores, NS, não importa, todos lutamos contra o poderil centralista de Brasília e pela liberdade de São Paulo, esta crença em comum que nos une.
--Krolow 25/09