Primeiramente quero começar dizendo que sou um desajustado social, não tenho casa em lugar nenhum, em grupo algum. Já fui parte da plebe, analisei, como um observador externo, como as juventudes idolatra o crime e as facções da favela, como idolatram a pobreza e a miséria, como se fosse parte da cultura brasileira, foi uma das coisas que me radicalizou para o separatismo, mas também já fui parte da elite local, passando tempo em um colégio católico e gastando quantidades absurdas de dinheiro em pequenos aparatos e festas sem sentido a fim de se mostrar mais rico que o outro. Percebi a hipocrisia de ambos os lados. Um lado temos as "vítimas da sociedade", do outro o "centro moral e intelectual".
Não sou aristocrata, não sou favelado, que sou eu? Apenas um viajante. Assim digo, talvez as juventudes não são totalmente más, os pobres são ensinados nas escolas pelas plataformas e materiais do governo, além dos professores, para aceitarem seu nascimento, para permanecerem imóveis sobre sua situação. Não aprendem nada, não ensinam nada... não, ensinam sim, ensinam que os negros são pobres coitados, mulheres injustiçadas e homosexuais mortos sem motivo. Mostram quão grande é o auxílio do governo a nós, pobres mortais. E os ricos são desculpados por todos seus erros e injustiças, são libertos de toda culpa e dever, simplesmente por um sobrenome poderoso.
Assim vim a acreditar numa aristocracia puramente intelectual. Sempre fui abertamente méritocrata, sempre atingi meus objetivos pessoais ao me esforçar, estudar, persistir, sempre só e com a força de mim, e mim apenas. Os lideres do futuro deveriam ser aqueles que sabem o que querem e como os quer, não minorias por motivo de serem minorias. Mas no fim, este é o Estado que vivemos sob. Até haver uma revolução brasileira, ou paulista, não haverá avanços nessa sociedade estagnada.
-- Krolow, 05/09/2025
*Perdoe a possível incoerência em partes, estou extremamente deprivado de sono mas queria escrever algo hoje, talvez depois reviso este boletim.