Para a modelagem da geração de cargas de poluentes na Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, três aspectos foram considerados importantes:
As águas e a bacia têm suas vulnerabilidades intrínsecas e sujeita a ameaças que devem ser controladas de acordo com essas vulnerabilidades para assim diminuir os riscos de poluição.
Disponibilidade de dados para descrever a vulnerabilidade e os perigos.
Necessidade de uma ferramenta que forneça uma visão holística da bacia em termos dos perigos, que seja de fácil atualização e que auxilie nas tomadas de decisão na gestão da bacia.
Considerando esses aspectos, a bacia do rio Paranapanema foi estudada com relação aos dados disponíveis e abordagens possíveis de serem aplicadas com os mesmos para chegar a um modelo que forneça um diagnóstico das cargas poluentes potenciais e, posteriormente, facilitar a definição de medidas de proteção das águas diretamente na fonte.
A Figura abaixo sintetiza alguns destes processos de busca da metodologia a ser aplicada.
A primeira etapa deste trabalho consistiu na obtenção de informações geográficas, tabulares e socioeconômicas disponíveis para gerar a base de dados do modelo. Ao mesmo tempo, durante esta etapa foram revisadas abordagens para adaptar os algoritmos tanto à realidade brasileira, como à disponibilidade de dados encontrados.
Todos os dados são processados no ambiente SIG (Sistemas de Informações Geográficas) com a geração de rotinas em “Model Builder” de ArcGIS com a finalidade facilitar a simulação e atualização dos dados de entrada.
A unidade de análise foi definida para este teste pelo nível 6 das bacias ottocodificadas da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). As ottobacias são a divisão oficial atual das bacias hidrográficas brasileiras e são divididas em diversos níveis. O tamanho da unidade de análise influencia diretamente no tempo de processamento dos modelos e depende da resolução espacial das variáveis de entrada, definindo também a precisão dos resultados, que para esta pesquisa devem ser suficientes para atingir o objetivo de gestão de recursos hídricos.
Duas abordagens estão sendo desenvolvidas neste trabalho:
Utilizando a metodologia do modelo MoRE (Modeling of Regionalized Emissions), que requer mais dados de entrada e considera mais processos na bacia;
Considerando simplificações no modelo MoRE, em especial em simplificar algumas fontes e vias de emissão de cargas difusas.
Equipe Técnica:
Regina T. Kishi (http://lattes.cnpq.br/0993837538105096)
Gabriel H. A. Pereira (http://lattes.cnpq.br/4212523323384837)
Eileen A. A. Porras (http://lattes.cnpq.br/6510004899631707)
Alana L. W. Lassen (http://lattes.cnpq.br/5355768704973076)
Thiago F. Godoy (http://lattes.cnpq.br/6995325351125655)