Orbitais são funções de onda (Ψ) obtidas a partir da resolução da equação de Schrödinger, que ao elevá-las ao quadrado descrevem probabilidades de densidade eletrônica com energias e formatos intrínsecos. De acordo com McMurry (2013) “pensar o orbital como uma fotografia do elétron sendo tirada a uma velocidade lenta do obturador da câmera”. Assim o orbital aparecia como uma nuvem descrevendo os locais em que o elétron esteve em torno do núcleo atômico.
O conjunto de funções de onda que são obtidas a partir da resolução da equação de Schrödinger descrevem os formatos e tamanhos de cada orbital, também conhecidos como superfície limite, que podem ser divididos em orbitais do tipo, s, p, d e f, quando o número quântico l tiver valores 0, 1, 2 e 3, respectivamente. Essas letras possuem uma origem histórica referentes às linhas do espectro para o átomo de sódio, sendo s derivado de sharp, p de principal, d de diffuse e f de fundamental (MCQUARRIE; SIMON; 1997).
De acordo com McQuarrie e Simon (1997) quando uma função de onda apresentar número quântico principal igual a um (n = 1) e número quântico do momento angular igual a zero (l = 0), a função de onda será chamada de 1s, já para n = 2 e l = 0 teremos o 2s e assim sucessivamente. Já o ml deriva da equação 2l + 1 e pode ter valores de -l e l, incluindo o 0, por exemplo, para l = 0, ml será igual a 0, para l = 1, ml pode assumir valores -1, 0 ou +1.
São orbitais que apresentam o número quântico l = 0, e ml= 0 como sendo seu único valor possível. Esses orbitais apresentam formato esférico e variam de tamanho e energia de acordo com o valor do número quântico principal.
Esses orbitais apresentam l = 2, quatro das superfícies limites dos orbitais d têm formato de “trevo de quatro folhas” e cada uma se encontra principalmente em um plano (Brown et al., 2016). O dxy, dxz e dyz, situam-se nos planos xy, xz e yz, respectivamente, como os lóbulos orientados entre os eixos. Os lóbulos do orbital dx2-y2 também se situam no plano xy, mas os lóbulos localizam-se ao longo dos eixos. O orbital dz2 é um pouco diferente, pois possui dois lóbulos ao longo do eixo z, e uma espécie de disco no plano xy
São orbitais que apresentam l = 3 e, portanto, sete orbitais diferentes fx(z2-y2), fx3, fxyz, fz3, fz(x2-y2), fy3, fy(x2-z2) que comumente não são apresentados nos livros didáticos por conta do seu alto nível de abstração. Apresenta-se uma tentativa de representação de suas superfícies limites no plano bidimensional
Tipos de Orbitais