A velocidade relativa das pessoas na mobilidade urbana, com uso do transporte coletivo e individual motorizado (automóvel ou motocicleta):
O aluno João Pedro Masciarelli Pinto Fonseca, que está cursando o 3° Semestre de Transporte Terrestre, redigiu o seguinte texto para uma atividade da disciplina "Mobilidade e sustentabilidade no meio urbano”, solicitada pela Profa. Flávia Ulian.
Neste tópico, será feita a divisão da velocidade relativa para duas situações. A primeira será referente ao uso do transporte coletivo. Já a segunda, para o transporte individual, incluindo motocicletas.
Quando se trada do setor dos transportes públicos, a velocidade relativa é um dos tópicos mais importantes, pois estamos falando do desempenho, trajeto e principalmente do tempo, de um determinado meio de transporte público. Vamos começar com os Ônibus.
O ônibus, em si, é um meio de transporte que podemos comparar como uma litorina (veículo do modal ferroviário de motor a combustão a diesel, semelhante ao metrô que, normalmente, puxa, em sua composição, um total de dois a três carros, como um ônibus articulado, por exemplo). Ou seja, seria como um “trem sem trilho” que diariamente percorre várias vezes o mesmo trajeto, transportando grandes quantidades de pessoas, principalmente durante a ida e a volta de seus respectivos trabalhos. Este meio de locomoção, no geral, são veículos extremamente pesados e muito deste peso é atribuído pelos seus grandes motores, o que acaba fazendo com que este veículo seja mais lento em comparação a um carro. Porém, muito forte.
Apesar do ônibus não ser um dos veículos mais rápidos, ele acaba se tornando uma das primeiras opções para muitas pessoas que carecem do uso do transporte público, justamente pela sua capacidade de levar consigo grandes quantidades de passageiros. Com isso, viu-se durante muito tempo a necessidade de criar corredores e faixas para facilitar o fluxo deste tipo de veículo, o que acabou elevando seu patamar de importância, mobilidade e principalmente eficiência. Porém, numa cidade como São Paulo, em que suas avenidas e ruas não comportam o número de automóveis, é constante a presença de congestionamentos e engarrafamentos, ambos causados por diversos fatores, como chuvas, acidentes, pistas estreitas que não comportam os grandes fluxos da hora do Rush, a escassez de mais frotas de ônibus, onde a necessidade desse modal é bastante requisitada.... Com isso, este fator acaba causando um decréscimo na velocidade relativa, o que muitas vezes prejudica o seu desempenho da cidade.
Para desafogar essa grande procura pelos ônibus, a cidade de São Paulo conta com seu sistema ferroviário, composto de maneira geral, pelas linhas de metrô e trem. Nesse caso, quando se trata de velocidade relativa, em condições normais, onde não há, por exemplo, alguma falha no sistema, este modal se torna extremamente necessário e eficaz para o funcionamento da mobilidade.
Portanto, em comparação com a velocidade dos ônibus, o sistema ferroviário serve como um “desafogo de fluxos”, fazendo com que as pessoas cheguem mais rápido aos seus destinos (isso em condições ideais). Vale destacar também que este modal consegue levar o equivalente a oito ônibus.
Entretanto, estes meios de transporte também sofrem com vários fatores que implicam na sua velocidade relativa. Por exemplo, panes no sistema, chuva, acidentes (descarrilamentos que, apesar de raros, podem acontecer). Sem contar com a superlotação desse sistema que, assim como nos ônibus, é causado pela falta de investimento no aumento das linhas e frotas. Apesar destes fatores, essa saída de escape para a locomoção dentro do meio urbano é a estratégia mais utilizada pela população, justamente por ser o meio de transporte público (ou seja, não se engloba nessa análise o automóvel particular) mais veloz que se tem em São Paulo.
Tratando agora dos automóveis particulares, são considerados os “mediadores da mobilidade”, de modo geral. Ou seja, podem ser veículos que sejam extremamente eficientes, como também podem ser “pedras” no caminho de quem procura ganhar tempo e velocidade na sua locomoção em sua trajetória. Tal fator pode ser exemplificado pelo fato de que o automóvel, na sua essência, é feito parra ganhar tempo. Contudo, em uma cidade como São Paulo, onde há um excesso de automóveis, em grande parte causado pela cultura do carro próprio, isso acaba se tornando um grande pesadelo, prejudicando todo um sistema de transportes. Lembrando que, nessa análise do automóvel não é aplicada para estradas, mas sim para o meio urbano. Vale destacar que um dos automóveis que mais têm ganhado espaço e notoriedade, devido seu pequeno uso de espaço e rapidez tem sido a motocicleta. Veículo que tem caído no gosto da população e ganhado bastante espaço.
De forma geral, este texto foi apenas uma análise rápida e comparativa, a fim de apresentar as soluções que a população da cidade de São Paulo usa para se locomover de maneira mais veloz e o que se pode concluir é que a velocidade relativa para os transportes públicos poderia ser mais eficiente, assim como a velocidade dos automóveis. Ou seja, querendo ou não, o automóvel prejudica não só o transporte público, como a si mesmo, justamente pela ocupação do espaço e consequentemente afeta a velocidade em que na cidade se locomovem. Todavia, os transportes públicos também deveriam ter uma atenção maior na sua manutenção e frota pois, apesar de ser considerada uma das melhores frotas da América Latina, ainda sim apresentam diversos problemas que consequentemente vão interferir na velocidade de seus funcionamentos.