O EVENTO
Com base no sucesso do nosso 1º Fórum NOvation, esta segunda edição procura desafiar e expandir as narrativas atuais em estudos de inovação, enfatizando abordagens interdisciplinares e críticas. Irá destacar as intersecções entre ciência, tecnologia e sociedade, ao mesmo tempo que questiona orientações normativas e explora perspectivas diversas, muitas vezes marginalizadas, no discurso da inovação. Ao fazê-lo, o fórum explorará como a inovação pode ser redirecionada para a equidade social e o bem público.
O evento foi projetado para promover um ambiente rico e colaborativo durante três dias inteiros, maximizando o envolvimento e as oportunidades de aprendizagem para todos os participantes.
Durante décadas, o termo "inovação" tem sido visto de forma positiva, como se a inovação necessariamente trouxesse benefícios sociais. No entanto, este Fórum levanta questões sobre se e como a inovação pode ser "para o bem público". Eu sustento que a inovação para o bem público implica uma inversão de poder na teoria e na prática econômica, bem como na tecnologia.
Em economia, a inversão de poder é o reconhecimento do sistema da economia pública. Como as dinâmicas de mercado não conseguem, por si só, produzir inovações que resolvam problemas complexos de necessidades coletivas, precisamos reconhecer a economia pública e restaurá-la na teoria econômica. Para produzir inovação para o bem público, devemos então colocar a teoria em prática.
Como? Considere a transformação atual do fornecimento de energia elétrica. O local de poder e de agência nos sistemas futuros de geração e fornecimento de eletricidade dependerá, em grande medida, do design e da programação das tecnologias emergentes, particularmente dispositivos chamados "inversores". As escolhas tecnológicas e os investimentos que líderes públicos e privados estão fazendo hoje determinarão como, quando e se as pessoas terão acesso à eletricidade no futuro. Para que as inovações emergentes sejam do interesse público, precisamos literalmente aproveitar o poder dos inversores e tecnologias semelhantes para o bem público, o que significa reconhecer a economia pública e mobilizar seu poder.
A inovação é apresentada como a solução para enfrentar grandes desafios societários. Levar a sério esse novo lema político exige renovar o imaginário dominante da inovação, definido por uma série de atributos – centralidade na tecnologia, relação com o mercado, competição, empreendedorismo, difusão, exclusividade e destruição criativa – e, acima de tudo, pela crença de que a inovação é sempre boa.
Para contribuir com esse esforço, esta apresentação começará com a discussão de cinco mitos sobre a inovação. Essa discussão de crenças profundamente enraizadas, que condicionam uma compreensão limitada da inovação e das políticas de inovação, é crucial para reimaginar a inovação.
A análise de três correntes da literatura (Democratização da inovação, Inovação responsável, Mudança transformadora) que atualmente alimentam a renovação da inovação permite considerar explorações tanto na academia quanto na política pública.
Uma reimaginação e reinvenção da inovação está em andamento, e essa dinâmica é constituída por diferentes atores de diferentes tradições, mas ainda possui algumas limitações.
Os palestrantes serão líderes de pensamento e especialistas de diversas áreas, incluindo ciência, tecnologia, sociologia e política. Oferecerão insights sobre as diversas dimensões da inovação, desafiando os paradigmas existentes e propondo novas estruturas para compreender e alavancar a inovação para benefício social.
O público-alvo inclui acadêmicos, profissionais da indústria, formuladores de políticas e estudantes interessados no estudo crítico da inovação.
Av. Sete de Setembro, 2645 - Rebouças,
Curitiba - PR, Brazil - 80230-085