O NEP é um núcleo universitário que promove ensino, pesquisa e extensão, com foco na Educação Popular.

Fundado em 1995, o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROALTO), decidiu ampliar suas atividades e alterar sua nomenclatura em 2002 para Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP). Teve seu Projeto Pedagógico aprovado pela Resolução nº. 903/03, de 17 de dezembro de 2003, do Conselho Universitário da Universidade do Estado do Pará, estabelecendo como objetivos:

a) formação contínua de educadores e educandos dos diversos cursos da UEPA e de outras Instituições; 

b) a reflexão-intervenção sobre o contexto social e educacional; 

c) e a integração da Universidade com diversos segmentos socioeducacionais de Municípios do Estado do Pará e Instituições de outros Estados Brasileiros.

Em sua história, o NEP tem investido na experimentação pedagógica, por meio das várias turmas de alfabetização e pós-alfabetização, da criação de materiais didáticos e metodologias educacionais e na realização de pesquisas no campo da educação popular, com publicações de livros, cadernos, artigos, relatórios.

Esforça-se em estar articulado com movimentos sociais, universidades, instituições de pesquisa e iniciativas governamentais na realização de projetos educativos, de pesquisas interdisciplinares e de eventos locais, nacionais e internacionais que contribuam para a melhoria da qualidade da educação brasileira e amazônica.

Você tem interesse em conhecer mais sobre o pensamento freireano? Então participe conosco!

Sob a coordenação da Profª. Drª. Ivanilde Apoluceno de Oliveira e Profª. Drª. Tânia Regina Lobato dos Santos, encontros semanais ocorrem às quartas-feiras, 18 horas.

As atividades educativas populares se organizam por meio de Grupos de Estudos e Trabalhos (GET’S), atualmente, são 9 (nove) os grupos existentes:

1) Grupo de Estudo e Trabalho em Educação Freireana e Filosofia (GETEFF) - Escola José Alves Maia: Desde 2007 o grupo desenvolve o projeto “Filosofia com Crianças e Adolescentes” sob os pressupostos teórico-metodológicos de Paulo Freire em escolas públicas do estado. A partir da pergunta e o diálogo constrói-se uma iniciação filosófica, que consiste na reflexão crítica de curiosidades e problemáticas nascidas no contexto cultural dos educandos. Representantes: Henrique Junior e Maria Costa;

2) Grupo de Alfabetização de educandos da educação especial em unidades especializadas e escolas públicas - Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (NETEA), Fundação Pestalozzi do Pará e Escola Padre Leandro Pinheiro: Realiza suas ações com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo. Os espaços de atuação são: Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (NETEA), Fundação Pestalozzi do Pará, vinculados à Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e a Escola Padre Leandro Pinheiro, vinculada à Secretaria Municipal de Educação (SEMEC). Representantes: Fernanda Lima e Alessandra Cardoso - NETEA, Brena Barbosa e Caroline Barros - Pestalozzi, e Keila Lobato e Miguel Silva - Escola Padre Leandro Pinheiro;

3) Grupo de Educação Popular com Idosos/as (GEPI) - Lar da Providência: Desde 2006 o grupo desenvolve pesquisa-ação em uma casa de longa permanência para idosos, localizada em Belém. As atividades visam a formação crítica, política e emancipadora dos educandos. Representantes: Milene Vasconcelos e Rosa Angélica;

4) Grupo Educação Popular com Estudantes Quilombolas (GEPEQ) - Quilombo Gibrié de São Lourenço (Barcarena): Partir da ideia de que os saberes populares possuem significados aos educandos quilombolas, percebe-se a possibilidade de promover diálogos para a inclusão e democratização da universidade aos educandos quilombolas. Neste espaço é possível construir vivências decoloniais nas relações culturais, políticas, educacionais e interpessoais. Representante: Janete Benjamin;

5) Grupo de Educação Popular em Ambientes Hospitalares (GEPAH) - Espaço Acolher do Hospital Santa Casa do Pará: Grupo que atua em ambiente hospitalar com pessoas oriundas de vários municípios da Amazônia paraense. Constitui-se em um trabalho pedagógico com base na Educação Popular e na Pedagogia Hospitalar, realizado em um Espaço de Acolhimento, vinculado a um hospital. Atende crianças e adolescentes vítimas de escalpelamento. Representantes: Tânia Regina e Brenda Melo;

6) Cursinho Popular Esperançar - UEPA CCSE: O cursinho busca auxiliar os educandos com os conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), assim como disponibilizar uma formação crítica e cidadã pautada nos princípios da educação popular freireana. Representantes: Maiara Xavier e Jaqueline Gomes;

7) Clube de Leituras Amazônidas - Pensamentos Indígenas e Diaspóricos em Movimento: O grupo procura estabelecer alternativas no ensino que possuam vínculo com a visão da proposta por Paulo Freire, no âmbito da educação popular. Além de promover encontros de estudos, cursos e palestras no âmbito dos pensamentos diaspóricos estimulando o grupo para pesquisas. Representante: Natália Maciel;

8) Grupo de Apoio aos Familiares e Cuidadores de Pessoas Autistas (GRUPO APOIA) - Encontros de forma compartilhada para acolher, cuidar e orientar familiares e cuidadores de pessoas autistas a passar por diferentes situações de forma mais assertiva, em seus pensamentos, sentimentos, e comportamentais nas vivências cotidianas. Representantes: Scheilla Abbud e Rosi Prado;

9) Grupo de Estudo e Trabalho em Educação Indígena (GETEI) - Encontros pedagógicos com populações originárias, articulando com pedagogias próprias e educações comunitárias nas diferentes etnias. O grupo também desenvolve pesquisas através de estudos e atividades em territórios. Representante: Marlen Lorena.

Dentre as ações do Núcleo, destacamos:

a) Educação de jovens, adultos e idosos;

b) Filosofia  com crianças;

c) Educação Especial;

d) Educação em ambiente hospitalar;

e) Educação quilombola;

f) Curso Esperançar;

g) Educação indígena;

h) Estudos feministas;

i) Realização de estudos e pesquisas educacionais; 

j) Formação de educadores populares e professores das redes públicas de ensino; 

k) Assessoria a programas e projetos educacionais; 

l) Produção de materiais didáticos; 

m) Realização de eventos científicos; 

n) Publicações de trabalhos acadêmicos.

O NEP constitui um Grupo de Pesquisa cadastrado na Plataforma do CNPq, atualmente com 09 linhas de pesquisa: 

1) Educação Freireana e Filosofia

2) Educação Inclusiva e Diversidade

3) Educação Popular de Jovens e Adultos

4) Educação Popular em saúde

5) Educação Popular Infantil e Escolarização Básica

6) Educação, desenvolvimento e ação coletiva na Amazônia rural

7) Grupo de Estudos em Educação, Surdez e Libras

8) Paulo Freire e a Educação Popular

9) Representações Sociais e Educação

O NEP busca estar articulado a redes de pesquisa em seu fazer investigativo. Assim, coordena a Rede de Educação Inclusiva na Amazônia, constituída por pesquisadores da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Instituto Federal de Educação do Pará (IFPA). Neste coletivo, desenvolve a pesquisa “A prática da escolarização inclusiva e o atendimento especializado na Amazônia Paraense”. 

Em rede, desenvolve, ainda, os seguintes projetos de pesquisa com parcerias internacionais, nacionais e regionais: 

a) Cátedra Paulo Freire da Amazônia;

b) Rede de Educação Inclusiva da Amazônia;

c) Observatório Nacional de Educação Especial;

d) Rede Freireana de Pesquisadores;

e) Rede Luso-brasileira de Alfabetização de Jovens e Adultos;

f) Rede Interculturalidade e Movimentos Sociais - Rede Mover;

g) Rede de Investigadoras/es educativos en México - REDIEE e

h) Rede Internacional de Investigadores e Participantes sobre Integração/Inclusão Educativa (RIIE)

i) Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e inovação nos processos de escolarização na educação inclusiva: diferentes contextos no Brasil e Espanha.