MUSEU DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS

Universidade Federal de Pelotas

Instituto de Biologia

Departamento de Morfologia


Resumo

Segundo o censo de 2017, os tipos de deficiência mais presentes entre os ingressantes no ensino superior, no Brasil, são a deficiência auditiva,baixa visão e a deficiência física. Entretanto, as leis, políticas e núcleos de apoio que possibilitam a entrada no ambiente universitário, se intensificaram somente nas últimas duas décadas, por isso são necessárias muitas medidas para auxiliar neste processo. Assim como também discussões acerca de uma melhor preparação no ensino fundamental e médio, através de metodologias alternativas. Este cenário retrata a importância de serem construídas estratégias para democratizar o aprendizado, em conjunto com uma equipe multidisciplinar e alunos com deficiência.Na área das Ciências Morfológicas, modelos didáticos tridimensionais favorecem o processo de aprendizagem a população em geral, e são fundamentais para pessoas com deficiência visual, e surdas entender eventos que ocorrem em âmbito macro e microscópico, principalmente nas estruturas mais complexas. Nessa situação, explorar o sentido visual aliado a percepção tátil colabora para uma melhor concepção e aprendizado efetivo das Ciências da Natureza e suas Tecnologias.A alfabetização científica, tem o potencial de auxiliar no processo de compreensão do universo e dos fenômenos da natureza. Possibilita o estabelecimento de conexões entre os conceitos e os temas biológicos veiculados pela mídia. Entretanto, alguns fatores podem tornar a apropriação desse direito fora de alcance aos portadores de deficiência o que não se justifica em uma geração com múltiplas possibilidades advindas da tecnologia.Por isso, o objetivo do projeto consiste em Favorecer o aprendizado sobre os órgãos e sistemas do corpo humano e promover autonomia através da utilização de sensores de aproximação, ativadores de áudio descrição e de legendas, para permitir a construção do conhecimento de forma autônoma.O projeto, para implementação do Museu de Ciências Morfológicas, será realizado no departamento de morfologia da UFPel e no laboratório de Eletrônica do IFSul – Campus Pelotas. Participarão do projeto, professores e alunos da duas Instituições, assim como também outros colaboradores externos. As ações incluirão a captação de recursos para confecção dos Modelos Biológicos em 3D, mapeamento de imagens de órgãos do corpo humano e formação de um banco de imagens que servirão como moldes na confecção dos modelos biológicos. Antes do processamento de cada modelo a equipe se reunirá para decidir detalhes em relação a impressão o local e forma de colocação dos sensores. A eficiência dos sensores, e a adequação dos alunos cegos e surdos será avaliada periodicamente. por uma equipe multidisciplinar. Durante a vigência do projeto, a divulgação dos resultados ocorrerá anualmente em eventos e artigos submetidos para publicação em periódicos indexados.Os modelos biológicos sensoriados serão disponibilizados em local adequado, para acesso da comunidade escolar, à medida que os relatórios comas avaliações forem liberados. A avaliação final do projeto será realizada por um seminário, no qual os produtos serão apresentados a comunidade diretiva das escolas e autoridades do município, com o intuito de torna-los multiplicadores da importância da inserção dos recursos no planejamento escolar.

Fonte: https://institucional.ufpel.edu.br/projetos/id/u2016

Coordenação

Equipe

MILENA MORAIS FERREIRA SERVA

LUÍS OTÁVIO LOBO CENTENO

PRISCILA FERREIRA DA SILVA