João Cezar de Castro Rocha Uma teoria de exportação: Antropofagia na era digital?


Análise dos dois principais manifestos do Modernismo brasileiro, ambos de autoria de Oswald de Andrade: “Manifesto da Poesia Pau–Brasil” (1924) e “Manifesto Antropófago” (1928). O pano de fundo de leitura dos manifestos será dúplice. De um lado, a atmosfera das vanguardas históricas, com destaque para o Futurismo e o Surrealismo; de outro, o cenário contemporâneo dominado pelo universo digital. Como entender o impulso antropofágico na vertigem das redes sociais? Como pode o antropófago enfrentar o desafio do algoritmo? Como ler a máxima antropofágica, “Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago”, diante da vertigem contemporânea?


João Cezar de Castro Rocha. João Cezar de Castro Rocha é Professor Titular de Literatura Comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É Doutor em Letras pela UERJ (1997) e em Literatura Comparada pela Stanford University (2002). Castro Rocha é Pesquisador 1D do CNPq. Ele foi Presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC, 2016-2017). Seu trabalho foi traduzido para o inglês, mandarim,

espanhol francês, italiano e alemão. Autor de 14 livros, entre os quais Gonçalves Dias: o exílio como forma (FUNAG, 2024); Bolsonarismo: da guerra cultural ao terrorismo doméstico (Editora Autêntica, 2023) Guerra Cultural e retórica do ódio. Crônicas de um Brasil pós-político (Editora Caminhos, 2020); Machado de Assis: Por uma poética da emulação (Civilização Brasileira, 2013; Prêmio de Crítica e História Literária da Academia Brasileira de Letras;

tradução para o inglês, Machado de Assis: Toward a Poetics of Emulation (Michigan State University Press, 2015);¿Culturas shakespearianas? Teoría Mimética y Améric Latina (Universidad Iberoamericana/ ITESO, 2014); Cultures latino-américaines et poétiques de l’émulation. Littérature des faubourgs du monde ? (Éditions Petra, 2015) ;

Culturas shakespearianas. Teoria mimética e os desafios da mímesis em circunstâncias não hegemônicas (É Realizações / 2017; English translation: Shakespearean Cultures. Latin America and the Challenge of Mimesis in Non-Hegemonic Circumstances, Michigan State University Press, 2019); Leituras desauratizadas: Tempos precários, ensaios provisórios (Argos / Editora da UFPE, 2017). Seu primeiro livro, Literatura e cordialidade. O público e o privado na cultura brasileira (EDUERJ, 1998) recebeu o Prêmio Mário de Andrade da Biblioteca Nacional. Organizdor de mais de 30 títulos.  Co-autor de um libro de diálogos com René Girard e Pierpaolo Antonello, Evolution and Conversion, traduzido para diversos idiomas, recebeu em 2004 o Prix Aujourd'hui, na França. Castro Rocha foi professor visitante em universidades no Brasil e no exterior; ele recebeu, entre outras distinções: University of Macau Distinguished Visiting Scholar (2023); Xiaoxiang Scholar / Visiting Researcher – Hunan Normal University / Humboldt Centre for Interdisciplinary Research at Hunan Normal University (2021-2023); Visiting Professorship (Princeton University, 2014); Cátedra Francisco Eusebio Kino (Universidad Iberoamericana / ITESO, 2011); Cátedra Machado de Assis de Estudios Latinoamericanos (Universidad del Claustro de Sor Juana / Embaixada do Brasil, Mexico, 2010); Hélio and Amélia Pedroso/Luso-American Foundation Endowed Chair in Portuguese Studies (University of Massachusetts-Dartmouth, 2009); Humboldt-Forschungsstipendium (Alexander von Humboldt-Stiftung / Freie Universität - 2005- 06); Ministry of Culture Visiting Fellow (University of Oxford, Centre for Brazilian Studies, 2004); Tinker Visiting Professor (University of Wisconsin, Madison, 2003); Overseas Visiting Scholar (Cambridge University, St John's College, 2002); John D. andRose H. Jackson Fellow, (Yale University, Beinecke Library, 2001).