Pela eliminação da violência contra as mulheres: a campanha continua

A campanha pela eliminação da violência contra as mulheres continua no Miguel Munhoz, a partir da premissa de que o debate, a informação, o conhecimento sobre o tema, são instrumentos poderosos para a criação de uma consciência contrária a aceitação e naturalização da violência de cunho sexual contra as mulheres, e não só contra as mulheres, mas contra nossos estudantes de todos os gêneros.

Nesse sentido, a professora Valdeti, bióloga, psicóloga e sexóloga, que já realiza em suas turmas de 8o ano, um trabalho de esclarecimento sobre o assunto, esteve no noturno no dia 29 de novembro, realizando pequenas palestras para os alunos do Ensino Médio, a respeito de abusos, assédios e importunações sexuais.

Os alunos se mostraram muito atentos à exposição, entendendo a gravidade de diversos atos que podem ser tipificados como crimes de cunho sexual entre alunos e entre alunos e outros membros da comunidade escolar. Exemplos de situações foram discutidos, para melhor compreensão.

Pesquisando o assédio e a importunação sexual no ambiente escolar

Ao longo de 2019, estatísticas ligadas ao feminicídio e a violência contra a mulher foram abordadas em termos de país, estado e cidade, em projetos do Miguel Munhoz, como o DIM (Dia Internacional da Mulher), Sexualidade e Dia da Consciência Negra.

No dia 30 de novembro, sábado de reposição de aulas, o professor Seiji, de Matemática, esteve na escola para apresentar aos professores presentes, ao diretor Ângelo e à Vice-diretora Cléia, a proposta de transformação do Dia de Eliminação da Violência Contra a Mulher, em projeto permanente do Miguel Munhoz. Como já citado, havíamos abordado estatísticas em nível macro, mas não em relação à realidade de nosso próprio ambiente escolar.

Dessa forma, foi elaborado um questionário de pesquisa que versa sobre abusos, assédios e importunações sexuais em nosso meio, baseado em questionário do Instituto Federal de Santa Catarina. Qual a percepção dos alunos e de nossa comunidade escolar sobre agressões de cunho sexual, que porventura estejam acontecendo ou que venham a acontecer no Miguel Munhoz ? Como criar redes de proteção contra essas agressões ? Como erradicá-las ?

Assim, entendemos que realizar tal levantamento é uma forma de se obter dados concretos para analisar o cenário no qual estamos inseridos, e a partir da análise das respostas da comunidade escolar, e de seu envolvimento, dar continuidade ao projeto neste final de ano, e ter subsídios para linhas de ação em 2020.

O questionário foi respondido por mais de 200 pessoas da nossa comunidade escolar, de forma voluntária. A impressão dos mesmos teve a colaboração da coordenadora Hosana, tendo sido o questionário apresentado também ao coordenador Marcos, após explanação sobre seu objetivo.

O projeto agora, entra na tabulação dos dados e análise das respostas, sobre os itens levantados.