A pandemia do coronavírus trouxe a tona diversos problemas sociais, principalmente no que tange as insuficiências de prover serviços públicos básicos, como é o caso da educação. O isolamento social fez com que escolas, universidades e centros de ensino fechassem as portas de forma a mitigar a aglomeração, diante dessa situação pode-se notar como o direito de estudar é estabelecido de forma desigual dentro da sociedade. A falta de condições básicas para dar continuidade no modo de ensino remoto, para estudantes de renda baixa, agrava o abismo educacional que existe no país.

O Banco Mundial apresentou um relatório <https://www.worldbank.org/pt/country/brazil/publication/brazil-edu cation-policy-covid-19-coronavirus-pandemic> em 2020 notificando que cerca de 1,4 bilhões de estudantes foram impactados pela pandamia e estavam sem frequentar espaços físicos das instituições de ensino ao redor do mundo. O questionamento levantado na época era: como viabilizar e manter uma estrutura de aprendizagem durante a pandemia para reduzir o impacto no desenvolvimento educacional de crianças e jovens? A saída encontrada foi estabelecer um sistema de ensino a distância (EAD) por meio de aplicativos e plataformas on-line.

Essa medida se difundiu dentro das instituições de ensino privadas de forma ágil, porém a realidade não foi a mesma para o sistema de ensino público. Implementar acesso a computadores, celulares e viabilizar conexão com a internet é uma realidade muito distante. Em um país em que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 100 milhões de pessoas não têm acesso a tratamento de esgoto e 30 milhões não possuem água encanada. Desta forma, é possível identificar o ensino no Brasil possuí uma profunda desigualdade social e que a pandemia pode ter aumentado ainda mais essa disparidade.

Para compreender melhor as conquências e impactos na educação brasileiras, este trabalho tem como motivação analisar os principais fatores de aprovação de um aluno no o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a partir de dados socioeconômicos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

No Enem, o participante pode obter um diploma de ensino medio, caso consiga nota mínima de 500 pontos na redação e 450 pontos nas demais provas.

Este trabalho busca elucidar, por meio de análise descritiva de visualizações, os fatores e variáveis que influenciam neste comportamento. Portanto o proposto trabalho teve como objetivo encontrar quais sao as características (disponíveis nos dados do participante, da escola e do formulario socioeconômico) que aumentam ou diminuem a propensão da pessoa alcançar a nota mínima para a obtenção do diploma de ensino médio. As alternativas do formulário foram criadas de forma que valores mais altos representem uma melhor condição econômica; para os dados categóricos do participante, foram criadas variáveis dummies.

Foram levantadas hipóteses que serviram como roteiro para direcionar e aprimorar a comprovação dos objetivos referentes a aprovação ou não dos candidatos. As hipotéses são apresentadas na lista abaixo:

1. Qual a porcentagem dos candidatos que se inscreveram, compareceram em ambas as provas?

2. Dos candidatos que compareceram, como foi a distruição das notas por área de conhecimento?

3. Dos inscritos que não faltaram no exame, quantos conseguiram as notas mínimas para serem aprovados no exâme?

4. Qual o impacto de variáveis sociodemograficas nos candidatos que foram aprovados?

5. Quais variáveis são as mais relevantes para que um canditado seja aprovado na prova do ENEM?

Na seção de análise e visualizações os itens acima são avaliados e rejeita-se ou não as hipotéses listadas.