DO CÉU À TERRA.

Faleceu um homem muito importante para mim, um homem único que marcou minha vida, do qual aprendi muito. Foi um mentor para mim durante os anos que trabalhamos juntos em nome das comunidades indígenas dos Andes argentinos.

Mario Verardi foi o fundador da associação italiana AGAPE de Roma que nasceu com o objetivo de realizar projetos de solidariedade e desenvolvimento no mundo, lugares aos quais compareci pessoalmente para construir as obras que ele mesmo projetou, junto com outros voluntários e populações locais que sempre envolvias.

Mario foi um homem imenso, de grande humanidade e cristianismo, expressava em cada gesto a alegria de viver, a força humana e divina de uma vez. Doce, carinhoso, atento, profundo, um espírito único, incansável no trabalho e entrega aos outros. Viveu durante anos com muitas doenças e condições de saúde precárias devido aos anos de missão pelo mundo, África, América Latina, Europa, Ásia. Com muitos acidentes sofridos sobreviveu milagrosamente em mais de uma ocasião. Um guerreiro, digno representante de Cristo na terra, a quem levava em seu coração junto com um símbolo de madeira em Sua honra sempre ao redor de seu pescoço. Um exemplo para todas as pessoas que o conheceram.

Cada vez que estamos com meus amigos quando o recordamos sempre temos grandes sorrisos e piadas memoráveis que fizemos junto a ele, nos divertindo como loucos. Foi um grande companheiro e ao mesmo tempo soube dividir ensinamentos de incrível calibre, mas foi humilde e simples, nunca altivo, um filósofo da prática. Soube ser amigo e pai ao mesmo tempo. Peito para fora, barba e grandes mãos de trabalhador. Amava as crianças e estava muito atento as necessidades e ao futuro delas.

Pensava sempre nos outros, praticava a divina providência, mas também era um homem pragmático e do "você faça o mesmo". De mente aberta e conhecedor das culturas, dos limites humanos, mas também das potencialidades: para todos sempre há uma oportunidade de redenção.

Estendia a mão quando necessitavam, mas depois te ensinava a pescar. Não deu de presente nada, como muitos doavam, mas lhe tornava autossuficiente. Salvou muitas vidas. Em todos seus projetos solidários pelo mundo, sempre houve uma parte de trabalho e uma parte de formação para ajudar os outros a alcançar a liberdade. Era um espírito livre, puramente italiano e franciscano, mas poluído pelas mil culturas que tinha visitado e escutado. Podia juntar mil idiomas em uma só frase e fazia sorrir a todos.

Um digno representante de toda sua comunidade de pessoas que acreditaram nele e que o ajudaram a ajudar os seguidores do AGAPE e todo seu pessoal, filhas e família em primeiro lugar com seu anjo companheira Annamaria a quem amou até a morte, idêntica a ele, mas com essa atitude feminina e essa infinita doçura maternal.

Recordamos o Mario e o acompanhamos para a luz, ele vive em nós.

Giovanni Bongiovanni.

Meu pai Giorgio, nossa família e todos os amigos e voluntários da Funima Internacional.

Em 14 de Janeiro de 2024.

Anexos:

O Natal do Filho e do Pai. O Pacto e a Lei.

Soube por meu Mestre Jesus.

Dar de beber aos sedentos. O amor da Funima.

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