DO CÉU À TERRA.
DO CÉU À TERRA.
CRIMES E PEDOFILIA NO VATICANO.
CRIMES E PEDOFILIA NO VATICANO.
PERMITO-ME VOS RECORDAR QUE CONTRA ESTE PECADO É DIFÍCIL OBTER O PERDÃO DE CRISTO, SOBRE TUDO PARA OS CONSAGRADOS QUE TRAÍRAM. MAIS AINDA QUEM CALA E PROTEGE TOTALMENTE A QUEM SE MANCHA COM ESTES HORRENDOS DELITOS É PARA CONSIDERÁ-LO IGUALMENTE CULPADO OU PIOR QUE AQUELES QUE OS COMETERAM.
Giorgio Bongiovanni.
Estigmatizado.
Em 06 de Abril de 2010.
A Igreja, que sempre ensinou a distinguir entre o bem e o mal, é incapaz de fazer esta distinção quando se trata de abusos sobre crianças. Os perturbadores foram protegidos e deixados livres para incomodar de novo. E isso está mal.
Maureen Dowd,
New York Time, 11 de Abril de 2010.
DOSSIER ESPECIAL: CRIMES NO VATICANO (1ª parte) / CRIMES NO VATICANO (2ª parte)
CARDEAL SODANO: “A IGREJA ESTÁ CONTIGO, DOCE CRISTO NA TERRA!”
"Está com o senhor todo o povo de Deus, que não se deixa impressionar pelas falações do momento, para golpear à comunidade de fiéis", - assim disse o cardeal Sodano em sua mensagem de felicitação pascoal ao Pontífice no começo da Missa de Ressurreição.
O cardeal, em umas palavras acrescentadas ao final de sua mensagem, adicionou: "Hoje toda a Igreja deseja lhe dizer em côro, feliz páscoa amado Santo Padre. A Igreja está com você, com você estão os cardeais, colaboradores, bispos e os 400.000 sacerdotes que servem generosamente ao povo de Deus nas paróquias, nas escolas, nos hospitais e nas missões".
Sodano recordou as palavras pronunciadas por Bento XVI na Quinta-feira Santa passada citando São Pedro: "Jesus, insultado, não respondeu aos insultos".
Sodano expressou sua "gratidão" ao Papa pela "fortaleza de ânimo e a coragem com a qual anuncia o Evangelho de Cristo".
"Admiramos seu grande amor que, com coração de Pai, faz próprias as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobre tudo dos pobres e dos que sofrem".
O cardeal lhe disse que a Igreja reza por ele, - "para que continue sua missão a serviço da Igreja e do mundo".
04-04-2010 (VATICANO)
EFE
OS LEGIONÁRIOS DE CRISTO RENEGAM DE SEU FUNDADOR POR AGRESSOR SEXUAL.
Marcial Maciel abusou de seminaristas menores e teve vários filhos
A ordem ultraconservadora dos Legionários de Cristo fez ontem sua confissão mais Espinosa. O grupo admitiu que seu fundador, Marcial Maciel (1920-2008), abusou sexualmente de seminaristas menores e teve «outros graves comportamentos» e vários filhos, pelo que pediu perdão às vítimas e renegou do sacerdote mexicano, informa a Agência EFE.
A congregação difundiu um comunicado 10 dias depois do fim da investigação ao grupo ordenada pelo papa Benedito XVI. «São certas as acusações contra o padre Maciel, entre as que se incluíam abusos sexuais a seminaristas menores», admite o texto, que conclui: «Ante a gravidade das faltas, não podemos olhar a sua pessoa como modelo de vida cristã ou sacerdotal».
O texto reconhece que o religioso teve uma filha «de uma relação estável e prolongada», e que outras duas pessoas dizem ser seus filhos de outra relação. Um deles, Raúl González Lara, considerou ontem «ridícula» a confissão por não ir acompanhada do «ressarcimento dos danos», que ele cifra em 19 milhões.
A declaração chega quatro anos depois que o Pontífice castigasse ao fundador dos Legionários a renunciar «a todo ministério público» e levar uma vida retirada. Maciel estava sendo investigado desde 1997 pelos abusos hoje reconhecidos, cometidos entre 1943 e os anos 60.
ORDEM INFLUENTE / O sacerdote fundou em 1941 os Legionários de Cristo, uma das ordens mais conservadoras e influentes da Igreja católica. Maciel esteve muito perto de João Pablo II, quem lhe pôs como «exemplo do trabalho pastoral em favor da expansão do Reino de Deus», e dirigiu o grupo até 2005. A congregação conta hoje com quase 900 sacerdotes e 3.000 seminaristas em 18 países. Sua associação secular, Regnum Christi, tem 70.000 membros. Na Espanha, dispõe ao menos de sete colégios -duas em Barcelona, depois de interceder em seu favor o pontífice polonês- e da Universidade Francisco de Aclama em Madrid.
O PERIÓDICO
Roma - 27/3/2010
O INFERNO DA IGREJA.
«E eu te digo que tu es Pedro e sobre esta pedra edificareis minha Igreja. “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela...». Felizmente, para quem tem fé nos agarramos a essa promessa, pois o inferno que está vivendo a Igreja e O Papa Bendito XVI é enorme, por mais que se queira, ou queiramos, tirar a ferro o assunto dos abusos sexuais, deixando-o em sua exata e criminosa dimensão. Pois não é suficiente afirmar que no seio da Igreja se dá em muita menor proporção que em outras organizações ou situações, a pederastia ou os abusos sexuais, nem é o bastante - embora seja necessário - pedindo perdão. A justiça deve atuar contra esses casos brutais de sacerdotes e homens consagrados ao culto divino que mancharam suas mãos, vendendo a confiança que neles estava depositada, pervertendo aos mais indefesos: os meninos.
Nosso mundo é, essencialmente, mediático. E a Igreja deve adaptar-se aos tempos nos quais vive. É necessário que se conheça o que faz, o imenso trabalho de tantos e tantos sacerdotes, graças aos quais, nos países mais desfavorecidos têm um hálito de esperança os deserdados. Isso não sai nos jornais, nem tampouco que é a Igreja de Roma a que mais contribui no mundo, com dinheiro e efetivos humanos, na luta contra a AIDS. Nem os milhões de meninos que são educados pela Igreja honestamente e com valores humanos. Nem a perseguição que sofrem os cristãos em países islâmicos. Nem a legião de pessoas que vivem na miséria que só têm consolo em sua dor graças à Igreja.
O que é notícia, o que ocupa grandes titulares som os escândalos sexuais ou a alucinante historia do Maciel.
Terei que fazer uma séria reflexão sobre estas questões. A Igreja tem autoridade para isso e Benedito XVI, como cabeça visível, mais façamos sem medo. «Não tenham medo» nos recomendou Juan Pablo II.
JORGE TRIAS SAGNIER - www.abc.es
Domingo, 28-03-10
BENTO XVI: NA PÁSCOA, O SILENCIO SOBRE A PEDOFILIA.
Bento XVI, ante a Páscoa mais dramática de seu pontificado.
O Papa celebrou os ritos de Semana Santa e não se referiu explicitamente a casos de pedofilia.
Nas celebrações da Páscoa mais dramáticas de seus cinco anos de pontificado, O Papa falou contra o aborto e disse na cerimônia da lavagem dos pés de doze sacerdotes - que representavam aos apóstolos e o gesto de humildade de Cristo - que a humanidade "necessita purificação e rezas". Não fez referências aos escândalos por abusos sexuais atribuídos a clérigos católicos nos Estados Unidos e Europa.
Mas seu porta-voz, o pai jesuíta Federico Lombardi, disse que "O Papa é um homem de fé e considera (o escândalo) uma prova para ele mesmo e para a Igreja", em algumas declarações à agência norte-americana Associated Press.
Na basílica de San Juan de Letrán de Roma, sede do pontífice como bispo da cidade, Bento XVI celebrou a missa do Última Ceia, durante a qual lavou os pés de doze padres anciões. Na quinta-feira Santa, ao iniciar o Triduo Pascal, recorda o gesto do Jesus, que instituiu os sacramentos da Eucaristia e da ordem sacerdotal, em que os padres renovam suas promessas de pobreza, castidade e obediência.
A lavagem dos pés "é o gesto de humildade no qual se resume o serviço redentor do Jesus pela humanidade necessitada de purificação".
Umas horas antes, na missa crismal celebrada na basílica de São Pedro, O Papa recordou que Jesus "em que apesar a ser coberto de insultos não insultava".
"Maltratado, não ameaçava com vinganças, mas sim confiava naquele que julga com justiça".
O pontífice dedicou uma parte de sua homilia a atacar o aborto, assinalando que a lei que o sanciona - por exemplo na Itália - "não é uma lei, mas sim uma injustiça".
Benedito XVI luziu um pouco cansado, mas firme face à jornada exaustiva. As celebrações, que obrigam a esforços pesados ao pontífice que fará 83 anos na sexta-feira 16, continuarão esta noite com o Via Crucis no Coliseu, com as estações do Calvário; continuarão amanhã sábado com a missa de Galo e no domingo, Páscoa de ressurreição, com uma celebração com multidão na praça de São Pedro.
Na Europa muitos bispos dedicaram o dia a pedir perdão pelos abusos sexuais denunciados nas últimas semanas.
As cerimônias de maior impacto se celebraram em Viena. Na catedral do primado da Áustria, o cardeal Christian Schoenborn presidiu na quarta-feira uma missa em que ante três mil fiéis várias vítimas dos padres pedófilos contaram suas desgraças. Schoenborn reconheceu as culpas da Igreja e disse que a missa se celebrava "sob o signo do arrependimento".
"Obrigado por romper seu silêncio", disse o arcebispo da Áustria às vítimas. "Muito saiu à luz e resta muito por fazê-lo".
“Por sua vez, os bispos suíços declararam seu remorso porque tinham subestimado a gravidade do fenômeno e convidaram às vítimas a apresentar denúncias penais".
Na Alemanha, o episcopado pôs a disposição linhas telefônicas para fazer denúncias sobre abusos sexuais e recebeu uma avalanche de 4.500 chamadas.
Mas os bispos europeus defenderam também o Papa, afirmando que são injustos "os ataques generalizados" contra Benedito XVI, que demonstrou uma firme vontade de terminar com o fenômeno dos padres pedófilos que sufoca à Igreja.
Bento XVI disse ontem na missa em São Pedro que "os sacerdotes estão chamados a se opor à violência".
Por: vaticano. Correspondente
www.clarin.com - Sexta-feira 02, Abril 2010.
O VATICANO DENUNCIA “CAMPANHA DIFAMATÓRIA” CONTRA O PAPA.
Agência no Vaticano - Terça-feira 06 de Abril de 2010.
www.cronica.com.mx
Sem ceder na defesa do Papa Bento XVI depois das críticas que recebeu por supostamente guardar silêncio em casos de pederastas, ontem a Rádio Vaticano denunciou a existência de uma “evidente campanha difamatória” que pretende golpear ao Pontífice e implicá-lo neste polêmico assunto.
Segundo a estação oficial da Santa Sede, as críticas ao Bento XVI contrastam com sua “decidida ação contra a sujeira na Igreja” e é parte de uma “campanha estranha e paradoxal”, não congruente com a realidade dos dados estatísticos.
Em meio de uma forte crise pelos casos de maus sacerdotes que abusaram de menores, a imprensa internacional publicou documentos de advogados nos Estados Unidos e outros países, que pretendem envolver o Santo Padre em processos judiciais.
A respeito, a Rádio Vaticano divulgou ontem os dados de um documento do governo estadunidense sobre o tema que data de 2008 e segundo o qual 64 por cento dos abusos é cometido por pais ou parentes, quer dizer, no interior das relações familiares.
O documento estabeleceu que os ataques nas escolas da união americana somam 10 por cento, enquanto os sacerdotes católicos envoltos nestes casos é menos de 0.03 por cento.
EX-BISPO CATOLICO NORUEGUÊS ADMITIO TER ABUSADO DE UM MENOR DE IDADE FAZ VINTE ANOS
A vítima, uma coroinha que agora tem 30 anos, obteve uma indenização da Igreja.
Georg Müller reconheceu ter abusado sexualmente de um menor faz uns vinte anos, -anunciou na quarta-feira a igreja Católica a Noruega em um comunicado.
"A igreja Católica na Noruega está comocionada depois que se revelou (...) que o ex-bispo (Georg) Müller do Trondheim (sul) reconheceu ser culpado de abusos sexuais sobre um menor e admitiu que o fato era a razão pela que deixou suas funções o ano passado", assinala o comunicado.
Georg Müller, de 58 anos, originário da região do Tréveris na Alemanha, tinha deixado suas funções de bispo do Trondheim o ano passado, oficialmente por incompatibilidades de trabalho.
Segundo o cotidiano norueguês Adresseavisen, que revelou o caso, os fatos ocorreram faz 20 anos quando Müller era padre no Trondheim.
Oslo
AFP - 7 de abril 2010
CIENTISTAS BRITÂNICOS LANÇAM UMA CAMPANHA PARA DETER O PAPA.
Se dirigirão aos tribunais britânicos e à CPI para que emitam ordens de detenção pelos casos de pederastia na Igreja
F - Londres - 12/04/2010 18:30
Os cientistas britânicos Richard Dawkins e Christopher Hitchens puseram em marcha uma campanha em favor da detenção do papa Benedito XVI pelos escândalos de pederastia no clero, quando visitar o Reino Unido em setembro próximo. O advogado dos cientistas, Mark Stephens, declarou aos meios que se dirigirá aos tribunais britânicos e a Corte Penal Internacional (CPI) para que emitam ordens de detenção contra o Pontífice porque "não está por cima da lei".
Stephens argumentou que Bento XVI - que visita este sábado Malte, onde foi criticado pelos casos de pederastia na ilha - "não é um chefe de Estado, nem um soberano", já que O Vaticano foi declarado Estado por decisão do ditador italiano Benito Mussolini, o que não tem um reconhecimento no marco da lei internacional. Portanto, não deveria ter imunidade em chão britânico, frente ao que o letrado tachou de conivência com os abusos sexuais cometidos contra menores por parte do clero.
"Deu prioridade a sua reputação, não aos meninos"
Stephens, que representou a vítimas de abuso no passado, disse que "tudo aponta a que o Papa deu prioridade à reputação da Igreja por diante do bem-estar dos meninos" e explicou que poderia ser acusado de crimes contra a humanidade.
Dawkins, que se declara ateu, declarou ao jornal Sunday Time que o Papa "é um homem cujo primeiro instinto quando seus padres foram descobertos com as calças baixadas foi tampar o escândalo e condenar ao silêncio as jovens vítimas". Hitchens, autor do livro Deus não é grande: como a religião o envenena tudo, manifestou por sua parte que Benedito XVI "não está por cima nem por fora da lei" e explicou que "a ocultação institucional da violação infantil é um crime sob qualquer lei que merece justiça e castigo".
O VATICANO PROMETE CUMPRIR A LEI E LEVAR OS PEDERASTAS À JUSTIÇA
Roma difunde uma guia não oficial que indica como proceder diante dos abusos
MIGUEL MORA - Roma - 13/04/2010.
Em um contragolpe que trata de defender o Papa das acusações de haver encoberto as agressões sexuais do clero a menores, o Vaticano colocou ontem em sua Web um "guia para entender os procedimentos adotados pela Congregação da Doutrina da Fé (CDF) nos casos de supostos abusos sexuais". Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sede, explica que a guia, publicada em inglês, "é um resumo destinado a jornalistas, laicos e não canonistas do modo de atuar do Vaticano" diante das denúncias de pederastia. A grande novidade é que o texto afirma, pela primeira vez negro sobre branco e contra o costume habitual, que as dioceses devem denunciar "sempre" os pederastas ante a justiça civil.
Apesar disso, o protocolo não reflete tanto a prática habitual como a promessa e a vontade de melhorar sobre a marcha um procedimento que se revelou muito pouco eficaz para combater a pederastia. A guia não tem valor de documento oficial, e revisa a favor de obra o método seguido até agora. A base do resumo são as normas estabelecidas no motu próprio promulgado por Juan Pablo II em 30 de abril de 2001, chamado Sacramentorum sanctitatis protege (Defesa da Santidade do Sacramento, SST), e no Código Canônico de 1983.
Entretanto, nesta guia se afirma agora que "deve se seguir sempre o Direito civil em matéria de informação dos delitos às autoridades competentes". A publicação parece, assim, uma nova tentativa do Papa por mostrar que sua linha de atuação ante os abusos foi sempre intolerante.
Mas as dúvidas persistem. Se a guia manda denunciar os casos à justiça ordinária, por que quase nunca se faz tal coisa? E por que O Papa, no poder desde 2005 e até esse momento à frente do ex-santo Ofício, não controlou o cumprimento dessa recomendação, nem a converteu em lei nem sancionou a nenhum bispo por encobrir abusos?
Lombardi responde que "há países onde a justiça obriga a denunciar os delitos à justiça civil e outros nos não". E admite: "A denúncia à justiça civil é uma prática recomendada neste instrumento de trabalho, mas não é uma lei da Igreja".
O manual de boas práticas afirma também que a CDF empreendeu "nos últimos tempos uma revisão de alguns dos artigos do motu próprio SST com o fim de atualizá-lo". Conforme há dito faz uns dias o promotor de justiça da CDF, Charles J. Scicluna, a melhora que se expõe atacar a Santa Sede consiste em abolir do todo a prescrição dos delitos. Coisa que, curiosamente, já acontecia antes de 2001.
Lombardi explica que o guia incorpora além algumas "faculdades especiais concedidas a CDF pelos papas Juan Pablo II e Benedito XVI", poderes destinados, diz, a agilizar os processos canônicos administrativos. A polêmica SST foi redigida pelo então prefeito da Congregação da Doutrina da Fé (CDF), Joseph Ratzinger, com a ajuda do atual número duas da Santa Sede, Tarcisio Bettone, então secretário da Congregação. Aquele documento, enviado aos bispos em 2001 mediante uma carta secreta sub-titulada de delictis gravioribus (Sobre os delitos mais graves), ordenou às diocese locais informar a CDF e investigar todas as acusações de abuso sexual de um menor por parte de um clérigo; situou o tempo de prescrição dos delitos de abusos nos 10 anos, que começavam a correr quando o menor cumpria 18, e reafirmou a obrigação de manter o segredo pontifício sobre os processos canônicos de abusos, sob a pena de excomunhão fulminante e irrevogável.
O protocolo canônico
- O manual estabelece com detalhe o protocolo a seguir no processo canônico, em paralelo ao civil. "Quando a acusação de abusos é plausível, o caso se remete à Congregação da Doutrina da Fé (CDF). O bispo local transmite toda a informação necessária a CDF e expressa sua opinião sobre os procedimentos que terá que seguir e as medidas que se adotarão".
- Durante a etapa preliminar, "o bispo pode impor medidas cautelares para proteger à comunidade, incluindo as vítimas. O bispo local pode restringir as atividades de qualquer sacerdote de sua diocese". "Isto forma parte de sua autoridade ordinária, que lhe leva a exercer qualquer medida necessária para assegurar que não se faça mal aos meninos". Este poder pode ser exercido "antes, durante e depois de qualquer procedimento canônico".
- Uma vez que a CDF estuda o caso, tem como opções: a) autorizar ao bispo local para levar a cabo um processo penal judicial ante um tribunal local da Igreja; b) autorizar ao bispo local para levar a cabo um processo penal administrativo diante de um delegado do bispo local com a assistência de dois assessores.
- A guia estipula os recursos e garantias processuais. "O acusado tem direito a apresentar recurso a CDF contra o decreto que o condene a uma pena canônica. A decisão dos cardeais membros da CDF é definitiva".
- Se o clérigo é julgado culpado a pena mais grave é a expulsão do estado clerical.
- O guia estipula os recursos e garantias processuais. "O acusado tem direito a apresentar recurso a CDF contra o decreto que o condene a uma pena canônica. A decisão dos cardeais membros da CDF é definitiva".
- Se o clérigo é julgado culpado a pena mais grave é a expulsão do estado clerical.
- Para aqueles casos muito graves em que um julgamento penal civil tenha declarado culpado ao clérigo, ou quando as provas sejam entristecedoras, o método prevê o castigo sem processo: a CDF levaria o caso o Papa "para que promulgue com um decreto ex-officio a expulsão do estado clerical. Não há remédio canônico contra tal decisão pontifícia".
- A CDF também apresenta o Papa "solicitudes pelos sacerdotes acusados que, tendo reconhecido seus delitos, pedem voltar para estado laico. O Santo Pai concede estas petições pelo bem da Igreja".
- Quando o acusado "tenha admitido seus delitos e aceito viver uma vida de oração e penitência, a CDF autoriza ao bispo a emitir um decreto que proíba ou restrinja o ministério público de dito sacerdote". Ditos decretos se impõem "através de um preceito penal que implica uma pena canônica em caso de violação das condições do decreto, sem excluir a expulsão clerical. O recurso administrativo ante a CDF é possível com tais decretos. A decisão da CDF é definitiva".
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