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Guerra, insegurança, desemprego, crise econômica, corrupção. Foi esse o contexto que, nos últimos 11 anos, se tornou o grande responsável pelo surgimento de refugiados provenientes da Síria, o maior contingente do mundo.

Nesse cenário desolador, toda e qualquer centelha de esperança, por mínima que seja, é agarrada e empregada nas tentativas mais insanas de fugir da calamidade que assola o país. O que se nota é que, se há chance de uma existência fora da Síria, independente de qual ou como seja, vale a pena ser posta à prova. E nesta busca aparecem aos montes pessoas como as que arriscam suas vidas em travessias pelo Mar Mediterrâneo em direção a Europa.

Alguns por outro lado, felizmente têm um pouco mais de sorte e oportunidade, e conseguem recorrer a meios mais seguros de deixar a Síria. Desse cenário, o personagem que escolhemos para contar um pouco sobre sua trajetória foi Mohamed Dughmosh, 39, um sírio que saiu de seu país em 2014 na busca por uma vida melhor, mais segura e cheia de possibilidades além da morte quase certa que já pairava sobre ele.