Utilizamos ferramentas moleculares para auxiliar na conservação de espécies, principalmente peixes de água doce. Abordamos as principais ameaças a biodiversidade como redução populacional devido a impactos antrópicos, espécies invasoras e desconectividade populacional provocado por barramentos.

Devido a falta de estatística pesqueira e dados biológicos para a maior parte da ictiofauna neotropical, utilizando dados genéticos podemos fazer inferências sobre o status de conservação de espécies (veja o exemplo do peixe Pirá).

O LGC vem desenvolvendo bibliotecas referência para identificação molecular de espécies (DNA barcoding) focando principalmente na conservação por bacias hidrográficas. Desenvolvemos ferramentas de identificação molecular para as espécies de peixes das bacias do São Francisco, Doce, Mucurí e Jequitinhonha.

Aplicações na identificação molecular de pescado foram realizadas com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) indicando fraudes na cadeia produtiva do pescado brasileiro. Além disso, análises de formas jovens (ovos e larvas de peixes) permitem inferir locais de reprodução e recrutamento que devem ser preservados para manutenção dos estoques pesqueiros.

O DNA extraído de amostras ambientais (solo, água, ar) é conhecido como DNA ambiental (ou eDNA). O LGC vem atuando de forma pioneira na análise do DNA ambiental de peixes no Brasil. Utilizamos o eDNA para identificar as espécies de peixes presentes em um determinado lago ou rio, sem a necessidade de capturar os peixes. Entretanto, aspectos sobre o tempo de degradação, sensibilidade e especificidade do eDNA limitam interpretações dos resultados. Dessa forma, muita pesquisa sobre a ecologia do eDNA ainda precisa ser realizada antes que seja possível a "pescaria genética".