A coleção Deu no Jornal: fontes e propostas didáticas para a sala de aula é direcionada a professores e a licenciandos de História, assim como a alunos da Educação Básica. Os livros que a compõem, além de tratarem de temas caros a diferentes períodos da história brasileira, apresentam os jornais como registros que, assim como qualquer outra fonte, são portadores de interpretações e de versões dos fatos que devem ser problematizadas, de modo a ser mais um elemento na construção do conhecimento histórico.
Sabendo que não há discurso desprovido de interesses, percebemos os órgãos de imprensa como veículos portadores de ideologias. Tais são capazes de atuar na institucionalização social dos sentidos, manipulando interesses em favor de determinados grupos, de forma a intervir na vida social e de se tornar, ao mesmo tempo, registro e ingrediente do acontecimento histórico. O uso dessa fonte, portanto, pressupõe questionamentos quanto à sua produção e à sua circulação, tais como: Será que a notícia que sai estampada na capa de um jornal tem o mesmo peso de uma que é publicada na segunda página? A primeira metade da folha de um jornal é mais importante que a segunda metade? Que tipos de linguagem são utilizados pelos diversos órgãos de imprensa? Como determinados grupos da sociedade, como indígenas, trabalhadores, mulheres, negros, socialistas, comunistas, anarquistas etc., foram apresentados pela imprensa brasileira durante a Primeira República? E para quem as matérias eram destinadas?
Em resumo, é nessa direção que caminha a coleção Deu no Jornal. Com base nesses pressupostos, convidamos nossos leitores e leitoras a fazerem reflexões sobre as informações divulgadas pelos jornais, cotejadas com a história do Brasil republicano, junto a propostas de intervenções didáticas.
O livro tem por finalidade discutir e debater o centenário do Partido Comunista do Brasil, trazendo pesquisadores do Brasil e da Argentina, visando promover uma discussão acerca da trajetória dos comunistas e do seu partido no decorrer destes 100 anos.