O endurecimento dos frutos do maracujazeiro, causado pelo potyvirus cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), transmitido por afídeos de maneira não persistente é a doença mais importante e limitante do cultivo dessa frutífera. O controle do endurecimento dos frutos é difícil, principalmente porque as espécies de Passiflora exploradas comercialmente não são resistentes ao vírus ou tolerantes à doença. Diversas estratégias de controle da doença já foram avaliadas, mas não alcançaram o sucesso esperado. Entre elas estão o uso de estirpes fracas do vírus para preimunização, a identificação de genótipos de Passiflora spp. resistentes ao CABMV ou tolerantes a doença e o uso da resistência derivada do patógeno através de maracujazeiros transgênicos com o gene da proteína capsidial do CABMV. Práticas culturais, entre as quais a erradicação sistemática de maracujazeiros doentes até cinco meses após o transplante tem sido recomendada para aumentar a longevidade da cultura no campo. Diante da inexistência de um método eficiente e permanente para o manejo dessa doença e dos resultados robustos da eficiente utilização de misturas de estirpes fracas para o controle do mosaico do tomateiro causado pelo pepino mosaic virus na Europa, é oportuno retornar ao problema que afeta severamente a produção de maracujá no Brasil com nova abordagem para a seleção e avaliação da proteção de estirpes fracas do vírus. Inicialmente será estudada a variabilidade genética e biológica de isolados do CABMV provenientes de diferentes regiões geográficas do Brasil que cultivam essa frutífera. Sequencialmente serão feitas tentativas de isolamento de estirpes fracas a partir dos diferentes isolados disponíveis por meio de métodos biológicos e moleculares. Finalmente será avaliada a proteção de plantas de maracujá quando inoculadas com misturas das estirpes fracas obtidas do vírus em condições de casa de vegetação e posteriormente, se possível dar início as avaliações no campo.
Projetos de Pesquisador Colaborador em Andamento
O endurecimento dos frutos do maracujazeiro, causado pelo potyvirus cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), transmitido por afídeos de maneira não persistente é a doença mais importante e limitante do cultivo dessa frutífera. O controle do endurecimento dos frutos é difícil, principalmente porque as espécies de Passiflora exploradas comercialmente não são resistentes ao vírus ou tolerantes à doença. Diversas estratégias de controle da doença já foram avaliadas, mas não alcançaram o sucesso esperado. Entre elas estão o uso de estirpes fracas do vírus para preimunização, a identificação de genótipos de Passiflora spp. resistentes ao CABMV ou tolerantes a doença e o uso da resistência derivada do patógeno através de maracujazeiros transgênicos com o gene da proteína capsidial do CABMV. Práticas culturais, entre as quais a erradicação sistemática de maracujazeiros doentes até cinco meses após o transplante tem sido recomendada para aumentar a longevidade da cultura no campo. Diante da inexistência de um método eficiente e permanente para o manejo dessa doença e dos resultados robustos da eficiente utilização de misturas de estirpes fracas para o controle do mosaico do tomateiro causado pelo pepino mosaic virus na Europa, é oportuno retornar ao problema que afeta severamente a produção de maracujá no Brasil com nova abordagem para a seleção e avaliação da proteção de estirpes fracas do vírus. Inicialmente será estudada a variabilidade genética e biológica de isolados do CABMV provenientes de diferentes regiões geográficas do Brasil que cultivam essa frutífera. Sequencialmente serão feitas tentativas de isolamento de estirpes fracas a partir dos diferentes isolados disponíveis por meio de métodos biológicos e moleculares. Finalmente será avaliada a proteção de plantas de maracujá quando inoculadas com misturas das estirpes fracas obtidas do vírus em condições de casa de vegetação e posteriormente, se possível dar início as avaliações no campo.
Projetos de Pós-doutorado em Andamento
Dos problemas que afetam a cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum), a incidência de doenças de etiologia viral são uma grande preocupação aos produtores. Dentre elas, aquelas causadas por vírus do gênero crinivirus, como o tomato chlorosis virus (ToCV). O uso de mecanismos de RNA interferente (RNAi), mecanismo natural de plantas contra patógenos, vem ganhando espaço como uma nova ferramenta para o manejo de doenças de vírus de plantas baseado na estratégia de silenciamento gênico. Dentre as diversas formas de iniciar o processo de RNAi em plantas, destaca-se a aplicação de dsRNA, este baseado em uma região de interesse do genoma do vírus. Porém, apesar da eficácia de controle, esses oligonucleotídeos são facilmente degradáveis, possuem pouca persistência na planta e se distribuem pela planta de forma irregular. Neste contexto, a nanotecnologia surge como uma ferramenta em potencial para melhorar o desempenho dos ingredientes ativos, especialmente em termos de eficiência na aplicação e utilização, bem como na redução do volume de ingrediente ativo usado no campo. O objetivo deste projeto é desenvolver um sistema nanoestruturado biodegradável associado ao uso de dsRNA como desencadeador do processo de RNAi para o controle do amarelão do tomateiro causado pelo ToCV. Com esse projeto, esperamos desenvolver uma nova ferramenta para o controle do amarelão causado pelo ToCV em tomateiros, através da combinação de duas tecnologias modernas e sustentáveis (RNAi e nanotecnologia), para melhor entrega do ingrediente ativo, além de proporcionar novos conhecimentos sobre seu comportamento in planta.
Projetos de Doutorado em Andamento
O tomateiro (Solanum lycopersicum) é uma das hortaliças de maior importância tanto no Brasil, como no mundo. A cultura do tomateiro está sujeita a uma série de doenças fúngicas, bacterianas e viróticas. Dentre elas, as causadas por vírus apresentam grande importância, uma vez que são de difícil controle. Entre esses merece destaque pela predominância o begomovirus tomato severe rugose virus (ToSRV) e o crinivirus tomato chlorosis virus (ToCV), transmitidos por aleirodídeos do complexo Bemisia tabaci. As características epidemiológicas das doenças causadas por esses vírus são semelhantes em tomateiros. Isso se deve principalmente as inúmeras hospedeiras em comum desses dois vírus e por serem transmitidos pelo mesmo vetor, não sendo raro a aquisição e transmissão simultânea deles (infecções mistas). O controle das doenças associadas a esses dois vírus é difícil e a aplicação de inseticidas é frequentemente utilizada pelos produtores para o controle da B. tabaci MEAM1 na tentativa de minimizar os danos provocados por elas. No entanto, esta alternativa não apresenta a eficiência desejada pois os inseticidas normalmente não são capazes de impedir as transmissões primárias desses vírus, que ocorrem principalmente devido a influxos contínuos de vetores virulíferos vindos de fora das plantações. Nesse trabalho pretende-se avaliar o efeito do tempo de exposição de B. tabaci MEAM1 em tomateiros duplamente infectados e pulverizados com os inseticidas ciantraniliprole, flupiradifusone e afidopyropen na aquisição e transmissão do ToSRV e ToCV para tomateiros em casa de vegetação. Avaliar também o efeito da frequência de aplicação dos três inseticidas no controle da transmissão primária do ToCV e ToSRV para tomateiro por B. tabaci MEAM1 no campo. Os resultados fornecerão informações importantes que irão auxiliar na elaboração de estratégias de manejo destes vírus, otimizar o uso de inseticidas e diminuir os prejuízos ocasionados pelas viroses nos cultivos de tomateiros. (AU)
Apoio FAPESP 2023/13007-5
O maracujazeiro (Passiflora spp.) é uma planta de clima tropical, sendo diferentes espécies cultivadas no Brasil e no mundo. Entretanto a produção de maracujá é constantemente ameaçada por diversos fatores, incluindo os vírus, onde se destaca o cowpea aphid-borne mosaic vírus (CABMV) responsável pelo endurecimento dos frutos. Não há medidas efetivas para o controle desta doença até o momento. Diante desse fato e dos resultados robustos da eficiente utilização de misturas de estirpes fracas para o controle do mosaico do tomateiro causado pelo pepino mosaic virus na Europa, é oportuno retornar ao problema que afeta severamente a produção de maracujá no Brasil com nova abordagem para a avaliação da proteção de estirpes fracas do vírus. Inicialmente será estudada a variabilidade genética e biológica de isolados do CABMV provenientes de diferentes regiões geográficas do Brasil que cultivam essa frutífera. Posteriormente serão feitas tentativas de isolamento de estirpes fracas a partir dos diferentes isolados disponíveis por meio de métodos biológicos e moleculares. Finalmente será avaliada a proteção de plantas de maracujá quando inoculadas com misturas das estirpes fracas obtidas do vírus em condições de casa de vegetação e posteriormente no campo
Projetos de iniciação científica em Andamento
Apoio FAPESP 2024/07934-3
O cowpea-aphid borne mosaic virus (CABMV) é o causador da doença endurecimento dos frutos do maracujazeiro. Em decorrência da doença, destaca-se a redução da vida útil da cultura de 36 para aproximadamente 18 meses, sendo o CABMV considerado um dos fatores limitantes para a manutenção e expansão da cultura no Brasil. O CABMV pertence ao gênero Potyvirus, cujo genoma é composto por uma molécula de RNA de fita simples, transmitido por pulgões de forma não persistente. Entretanto, pulgões normalmente não colonizam plantas de maracujá, sendo apenas visitantes. Estudos epidemiológicos sobre a dispersão temporal do endurecimento dos frutos demonstram que o CABMV é rapidamente disseminado em plantios onde não se realizam eliminações de plantas infectadas, atingindo 100% das plantas entre cinco e sete meses após o transplantio. Em estudos em que se realizam a eliminação (roguing) de plantas infectadas com o CABMV, 100% de plantas infectadas ocorre em aproximadamente sete meses após transplantio. Essas informações demonstram que em nenhum momento a disseminação secundária do vírus é interrompida, sendo a rápida disseminação dependente da densidade populacional e espécies de pulgões que sobrevoam diariamente as áreas de cultivo. Este trabalho tem como objetivo identificar a eficiência dos afídeos Aphis gossypii, Melanaphis sacchari, Myzus persicae e Rhopalosiphum maidis, na transmissão do CABMV. Essas são algumas das espécies de afídeos que ocorrem em grandes culturas (cana-de-açúcar, milho, soja) e algumas olerícolas cultivadas em pequena escala nas regiões de plantio de maracujazeiros. Outro objetivo é analisar a eficiência do método de disco foliar em estudos de transmissão do CABMV por afídeos, por ser simples e rápido, podendo melhorar estudos de transmissão.
Apoio FAPESP 2023/16999-9
A fisális (Physalis peruviana L.), da família Solanaceae, produz frutos de alto valor de mercado e com potencial de produção no Brasil. Em 2019, o physalis rugose mosaic virus (PhyRMV), do gênero Sobemovirus, foi descrito infectando plantas de fisális nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Dado que a virose causa diminuição da produção, que o vírus é facilmente transmitido por tratos culturais, e que não há alternativas de manejo da doença, o objetivo deste trabalho é isolar uma estirpe fraca do vírus para proteção das plantas por premunização. Após o isolamento das estirpes fracas, serão feitos testes para confirmação da viabilidade da proteção.
Apoio FAPESP 2023/17888-6
Os patógenos virais, especialmente os do gênero Potyvirus, representam uma ameaça significativa à cultura do pimentão. O PVY, uma espécie notável do gênero Potyvirus, foi identificado em batateira na década de 1940 e posteriormente na cultura de pimentão na década de 1960. A resistência a PVY foi alcançada através de melhoramento genético, mas a estirpe PVYM ou PVY-1,2 emergiu nos anos 1980, capaz de superar essa resistência. A descoberta do Pepper Yellow Mosaic Virus (PepYMV) em pimentão no Brasil introduziu desafios adicionais, já que seus sintomas são semelhantes aos do PVY. Isso torna a identificação e a distinção entre PVY e PepYMV no campo mais complexas, sendo levantada a hipótese de que o PepYMV pode ter coexistido com o PVY antes de emergir como o vírus mais importante em pimentão. Este trabalho visa verificar se isolados de PVY, originários de batateira, são capazes de infectar plantas de pimentão. Será avaliado também a reação de plantas de batata à infecção com os isolados de PepYMV.