O eucalipto (Eucalyptus spp.), pertencente a família Myrtaceae, é a espécie mais plantada para a produção de madeira, celulose e derivados. Austropuccinia psidii, agente causal da ferrugem das mirtáceas, é uma constante ameaça à produção de eucalipto e à biodiversidade de florestas nativas, figurando entre os dez fungos mais temidos da humanidade. Enquanto no Brasil as populações de A. psidii são estruturadas pelo hospedeiro, no resto do mundo há predominância de uma população pandêmica, patogênica a centenas de hospedeiros. A resistência genética e o controle químico são as estratégias mais utilizadas no controle da doença em cultivo comercial. Entretanto, o surgimento de novas políticas públicas na busca pela sustentabilidade dos agroecossistemas tem redirecionado a busca por novas estratégias no manejo de doenças de plantas. Reside no microbioma das plantas uma das ferramentas mais promissoras à longo prazo. Na busca por microbiomas com potencial de uso para o biocontrole, a co-evolução entre hospedeiro e microrganismos é uma grande aliada, e pode levar ao surgimento de ambientes supressivos da doença, devido a comunidades microbianas presentes no solo ou na filosfera. Assim, o presente projeto visa (i) modular a filosfera de clones de eucalipto, a partir de comunidades microbianas do campo, sob pressão de seleção de isolados distintos de A. psidii, para reduzir a severidade de ferrugem; (ii) caracterizar as mudanças na comunidade microbiana da filosfera desenvolvida em (i) ao longo do tempo; e (iii) verificar se existem semelhanças entre os microbiomas da filosfera identificados em (ii), na busca por um microbioma core. O desenvolvimento da filosfera supressiva e a análise das comunidades microbianas moduladas são fundamentais para explorar abordagens inovadoras e sustentáveis no controle da ferrugem das mirtáceas em eucalipto e em outras espécies. (AU)
Projetos de Pós-doutorado em Andamento
Projetos de Doutorado em Andamento
Projetos de Mestrado em Andamento
O eucalipto (Eucalyptus spp.) é originário da Oceania, mas o Brasil é um dos grandes produtores mundiais, com uma área produtiva de 7,6 milhões de hectares para obtenção de derivados de madeira. O cultivo extensivo fora do seu centro de origem favorece a adaptação de patógenos fúngicos, com destaque para Austropuccinia psidii, causador da ferrugem das mirtáceas, principal patógeno da cultura e uma ameaça a outras espécies de florestas nativas. Em campos comerciais o manejo da doença é feito a partir do uso de clones resistentes e produtos químicos, atualmente é cada vez maior a busca por estratégias alternativas de controle de doenças em plantas. O microbioma das plantas é uma solução promissora a longo prazo, no entanto, ainda é necessário buscar e caracterizar comunidades microbianas presentes no solo ou na filosfera capazes de suprimir doenças. Nesse contexto, o presente projeto busca (i) modular a filosfera supressiva em duas espécies de eucalipto, a partir do microbioma naturalmente presente em campos de cultivo, sob pressão de seleção de isolados distintos de A. psidii para reduzir a severidade da ferrugem; (ii) caracterizar as mudanças na comunidade microbiana da filosfera desenvolvida em (i) ao longo do tempo; e (iii) verificar se existem semelhanças entre os microbiomas da filosfera identificados em (ii), na busca por um microbioma core. Espera-se que a partir de passagens sucessivas do microbioma ocorra a modulação de uma comunidade microbiana supressiva ao patógeno A. psidii em eucalipto. Espera-se que o microbioma presente no campo de cultivo e o supressor ao patógeno sejam caracterizados e quantificados.
Projetos de iniciação científica em Andamento
O eucalipto (Eucalyptus spp.), pertence à família Myrtaceae, é a espécie mais plantada para a produção de madeira, celulose e derivados. Nos últimos 50 anos, Austropuccinia psidii, agente causal da ferrugem das mirtáceas, é uma constante ameaça à sua produção e à biodiversidade de florestas nativas, e está entre os dez fungos mais temidos da humanidade. No Brasil as populações de A. psidii são estruturadas pelo hospedeiro, no resto do mundo predomina uma população pandêmica, patogênica a centenas de hospedeiros. A resistência genética e o controle químico são as estratégias mais utilizadas no controle da doença em cultivo comercial. Entretanto, o surgimento de novas políticas públicas na busca pela sustentabilidade dos agroecossistemas tem redirecionado a busca por novas estratégias no manejo de doenças de plantas. Reside no microbioma das plantas uma das ferramentas mais promissoras no longo prazo. Existe um longo caminho entre a caracterização do microbioma e a tradução do conhecimento para estratégias que possam ser utilizadas no campo. A estratégia se inicia com a busca por comunidades microbianas que surpimem o avanço da doença. Nesta busca, a co-evolução entre hospedeiro e microrganismos é uma grande aliada, e pode levar ao surgimento de ambientes supressivos da doença, devido a comunidades microbianas presentes no solo ou na filosfera. Logo, o presente projeto visa modular a filosfera de eucalipto, a partir de comunidades microbianas do campo, sob pressão de seleção de isolados distintos de A. psidii, para reduzir a severidade de ferrugem. A presente proposta está inserida em um projeto de pesquisa maior, que visa o desenvolvimento da filosfera supressiva e a análise das comunidades microbianas moduladas, na busca por abordagens inovadoras e sustentáveis no controle da ferrugem das mirtáceas em eucalipto e em outras espécies.