Sociocultural

Mídias Sociais e Suas Consequências

Por Maria Eduarda Sousa - 08/11/2021

Durante a pandemia e com o isolamento social, cresceram bastante o número de acesso nas redes sociais. Mesmo estando longe, podemos conversar ou até mesmo ver uma pessoa do outro lado do mundo pelo poder da tecnologia. Viver isolado das pessoas não é fácil, ainda mais quando éramos tão acostumados com afetos físicos. A internet, de certo modo, trouxe melhorias para diversos indivíduos como a procura de emprego, empreendedorismo, fama, conhecimento, informações, entre outros. Por outro lado, há fatores preocupantes para a geração atual, muitos jovens se entregando às obscuras águas da internet onde tudo pode acontecer, desde um elogio a um comentário negativo em uma postagem. Infelizmente, as redes sociais tornaram-se um lugar onde o julgamento reina, bem como a dependência emocional é fisgada com ilusões e comparações com vidas tão longe da nossa realidade.

De diversas formas, as opiniões compartilhadas nas redes sociais estão mudando nossos pensamentos por falácias tendenciosas, como um vírus contaminando com ideias que nem sequer passavam por nossas cabeças, mas agora nos fazem questionar nossas crenças, valores e princípios. Às vezes, estamos tão "vidrados" que não percebemos que estamos afetando a vida de alguém ou que estamos nos afetando, é preciso ter cuidado. Não é porque a liberdade de expressão seja para todos que temos o direito de falar o que quisermos, ainda mais quando não é construtivo e ofensivo, do mesmo modo que a internet constrói, ela também destrói. Precisamos entender que, mesmo não tendo milhares de seguidores, nós influenciamos as pessoas de alguma forma, seja por uma postagem escrita ou um vídeo, por exemplo.

As crianças, mais do que nunca, tem acesso às mídias sociais e seus recursos, por isso o cuidado é essencial, apesar de muitos pais e influenciadores desconsiderarem uma cautela maior. São tempos de evolução, contudo, por que parece que estamos regredindo? Por que perdemos a vigilância tão necessária, cuidados essenciais com a nossa vida e com a do próximo? Já não bastam grandes estatísticas de suicídios e doenças mentais? A mudança deve começar de cada um, pois é assim que se faz a diferença. Necessitamos de mudança hoje, para que o futuro não seja motivo de desgosto.