Minha Autópsia
Por Ana Beatriz Trajano Firmino - 18/10/22
Quando fizerem a autopsia de meu corpo
Verão não a causa da morte, mas sim a causa da vida
Verão mais do que só um ser, morto
Larvas na boca que tanto sorria e fazia caretas
E em meu estômago, terá borboletas
Na minha língua, a verdade
Em meu rosto, serenidade
Na garganta, um choro engasgado
Na minha pele, marcas do passado
No cérebro, uma idéia
E um sufoco, na traquéia
O corpo gélido
Não será tão sombrio
Quanto o coração
Que estará vazio.
O tempo que temos
Por Ana Beatriz Trajano Firmino -18/10/2022
Estou com pouco tempo
Para perder tempo
Com gente que tem muito tempo
Para perder tempo
Afinal as horas, minutos e segundos
Saem voando junto ao vento
Demorei um tempo para perceber
Que este é o melhor tempo entre todos os tempos
Para se viver
É tempo de respeitar amar e sonhar
Pois estamos em um tempo que não se respeita, pouco se ama mas muito se sonha
Sonhamos com um mundo melhor
Cheio de felicidades
Onde são iguais as oportunidades
Onde o cara que corre no mato e tanto apanhou
Compartilha o mesmo diploma com o que tem o mais caro sapato e é filho de doutor