Os/as estudantes do 1o ano realizaram trabalhos práticos com base no conceito de linguagem visual, que são os elementos básicos contidos em uma imagem. Sabemos da centralidade das imagens em nossa dinâmica social, que é cada vez mais assinalada pelo consumo de variados conteúdos visuais, por meio das redes sociais e de diferentes mídias. Todavia, será que sabemos ler e interpretar a avalanche de imagens que estruturam a economia do olhar? A professora Analice Dutra Pillar costuma dizer que em geral olhamos sem ver. Sob esse ângulo, o ver não é utilizado apenas indicar um atributo físico que permite ao olhar focalizar um objeto externo, mas sim uma atividade que necessita ser constantemente provocada e estimulada. Ver algo exige compreender que um determinado objeto faz parte de um sistema simbólico que lhe atribui sentidos múltiplos, logo, um olhar educado é capaz de avaliar e decifrar os significados mais complexos que uma imagem carrega, proporcionando aos indivíduos um novo modo de ver o mundo. E foi essa reflexão que permeou o debate sobre linguagem visual com os/as alunos/as em sala de aula. Para aprender a ler e a interpretar as imagens, é preciso saber sobre o alfabeto visual que as compõe. Assim, foi proposta à turma uma atividade cujo objetivo era colocar em prática as variadas possibilidades do campo da linguagem visual, por meio da aplicabilidade de seus elementos primordiais, como ponto, linha, plano, forma, simetria, assimetria, proporção, perspectiva, enquadramento, ritmo, direção, cores quentes e frias, monocromia, policromia, entre outros.
Por sua vez, as turmas do 2o ano estudaram a contribuição da filósofa, escritora e feminista negra Djamila Ribeiro. Precisamos romper com os silêncios, conferência realizada por Djamila, foi o disparador dessa reflexão feita em sala de aula e uma oportunidade necessária para avaliar as ideias da filósofa, com o objetivo de aprender o que cada um e uma de nós pode fazer para combater o racismo no dia a dia. Sobre quais silêncios a autora se refere? Ela nos fala sobre os silêncios históricos que marcam o percurso de uma vida negra: o silêncio institucional, o silêncio em relação à naturalização da morte de corpos negros, o silêncio dos espaços de um país que possui mais de 54% da população negra, mas que nunca é representada nesses espaços. Esse apagamento, diz Djamila, é resultado de uma voz única que quer falar pelos negros, impedindo que uma pluralidade de outras vozes seja ouvida e que, igualmente, possa falar. Ter direito à voz é ter direito à humanidade. Baseando-se nesse debate, os/as estudantes produziram diversos mapas mentais, com palavras-chave e os principais conceitos e ideias trabalhadas pela autora nas obras estudadas. Para quem não sabe, mapa mental é uma técnica que "consiste em criar resumos cheios de símbolos, cores, setas e frases de efeito, com o objetivo de organizar o conteúdo e facilitar associações entre as informações destacadas".
Os/as estudantes do 3o ano tiveram a oportunidade de elaborar obras baseadas no movimento artístico chamado Expressionismo Abstrato, cujo maior expoente foi o artista estadunidense Jackson Pollock. O Expressionismo Abstrato foi um movimento impactado pela arte moderna europeia, sobretudo as vanguardas ligadas ao cubismo, o expressionismo alemão e o surrealismo. Além disso, os artistas ligados a essa corrente impulsionada nos Estados Unidos romperam radicalmente com o estilo e as técnicas tradicionais, bem como com a ideia convencional de composição pictórica. Ao longo dos anos de 1950, Pollock abdicou da tradição da pintura de cavalete e da tinta a óleo, optando pelo uso de telas de grandes dimensões, que era deslocada para o chão. Esse deslocamento permitiu ao artista a experimentação de gestos ainda mais expansivos, por meio de movimentos amplos que exigiam atenção do corpo no ato da pintura. A técnica dripping, empregada pelo autor, consistia no uso de tinta de esmalte industrial que era respingada ou até mesmo jogada sobre a tela no chão, Esse procedimento específico de aplicação de tinta possibilitava uma gestualidade expressiva maior do artista.
Veja a seguir os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelos/as estudantes do EMI, do Campus Samambaia.
1º ano - Controle Ambiental
1º Ano - Design de Móveis
2º Ano - Controle Ambiental
2º Ano - Design de Móveis
3º Ano - Controle Ambiental
3º Ano - Design de Móveis