Podcast: O Menino que Descobriu o Vento & Vegetação nos Espaços Urbanos
Pensando no novo formato das aulas remotas, surgiram diversas questões sobre como deveríamos adaptar o produto do nosso grupo Cultura e também qual o formato de melhor alcance. De imediato nos empolgamos com a ideia da criação de um programa de rádio, mas já que não seria possível reformar a rádio do nosso campus com protótipos sustentáveis, pensamos em fazer Faremos um podcast! O que é isto? Logo percebemos o quão popular essa nova terminologia se tornara. São programas de áudios sobre assuntos diversos com alta acessibilidade devido ao seu formato.
O nosso coordenador Márcio Tavares sugeriu alguns temas e convidou alguns professores do módulo I para participar. Com o tempo, vimos que seria mais eficaz focar em apenas um tema e então, com orientação da professora Bruna Belmont, formamos o nosso grupo: Johnnyfer Oliveira empresta sua voz e talento na área jornalística para entrevistar, já Raquel Garcia foi responsável por escrever esta matéria e pela divulgação, Kathleen Alves faz a ponte com a parte cultural e auxilia no desenvolvimento das questões para o entrevistado, enquanto que Maxuel de Souza auxilia nas ferramentas para a gravação e se torna o apresentador do programa.
Rones Borges topou gentilmente e nos trouxe o tema que passou a permear o nosso pensamento durante as últimas semanas. Esse professor de geografia do nosso campus Samambaia, fala sobre a Vegetação nos Espaços Urbanos. Vocês já pensaram sobre esse tema? Sabem quais são as melhorias que trazem para o nosso ambiente e de como a falta de informação e cuidado com a natureza e os espaços verdes acabam resultando em perdas significativas? O professor nos fala sobre como considerar a incorporação da vegetação na nossa área da construção civil, sobre os planos diretores e de arborização urbana a partir dos quais podemos efetivar as diretrizes de planejamento e manutenção da vegetação urbana, Rones ainda comenta sobre a questão do desmatamento, presente no filme O Menino que Descobriu o Vento. Esta magnífica obra foi objeto de estudo durante este semestre e norteou significativas discussões. Dirigido por Chiwetel Ejiofor e lançado em 2019, O Menino que Descobriu o Vento é a adaptação do livro escrito em 2009 pelo William Kamkwamba. Nesta película é narrada a história do atento e corajoso menino que encontrou numa pequena biblioteca do Malauí o conhecimento sobre o funcionamento de motores e geradores e a partir de então decide construir um moinho para gerar energia elétrica, ajudando assim toda a população que tanto sofria com as terríveis secas da região e conquistando o mundo com a sua inspiradora trajetória. Quer saber mais sobre esta história? Pense com a gente ouvindo o nosso primeiro episódio do podcast Pensando Proeja.
Bruna Belmont, Johnnyfer Hebert, Kathleen Alves, Maxuel de Souza e Raquel Garcia
Sustentabilidade em Edificações é um conceito que se estabelece através da adoção de medidas, durante todas as etapas da obra, que visa a criação de construções que atendam os parâmetros de sustentabilidade. Com a utilização dessas medidas é possível promover a economia de recursos naturais de forma a minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente e a melhoria na qualidade de vida das comunidades humanas.
Apesar do tema construções e reformas sustentáveis não ser novo, a maioria das edificações presentes no Brasil e no mundo foram construídas sem levar em conta a sustentabilidade, com aproveitamento adequado dos recursos naturais. Por meio da educação é possível refletir sobre projetos sustentáveis e desenvolvê-los e consequentemente conscientizar as pessoas sobre seus possíveis benefícios. Desta forma, este projeto pretende disseminar esse conceito entre os profissionais envolvidos na construção civil para atender as demandas ambientais e também de mercado, que crescem a cada dia.
Uma obra sustentável leva em consideração os cuidados com a geração de resíduos e minimização do uso de matérias-primas com reaproveitamento de materiais e a sustentabilidade de sua manutenção. A instalação das medidas propostas tem como finalidade gerar uma economia substancial de recursos naturais e contribuir não apenas para a manutenção do equilíbrio ambiental como também na redução de gastos.
Projeto: Bioconstrução com técnica ADOBE - Aluna: Dalete Almeida
Bioconstrução é uma técnica construtiva que utiliza materiais de baixo impacto ambiental, criando sistemas alternativos de tratamento de resíduos e consumo de água e energia. Por princípio, a bioconstrução se utiliza de recursos naturais presentes no local da obra. Na maioria das regiões do Brasil, o recurso local mais abundante e tecnicamente propício para se construir é o solo do próprio terreno ou das proximidades. O adobe é tradicional da região centro oeste e sudeste do Brasil, são os tijolos feitos com terra, água e palha. Quando falamos sobre sustentabilidade, é fato que a construção civil é uma das atividades que mais consome energia e recursos naturais no mundo. Muitas pessoas estão investindo em casas de bioconstrução. Essa é uma forma de reduzir custos, ajudar a população de baixa renda e ajuda mais o meio ambiente. Vantagens da bioconstrução: redução de geração de resíduos, do consumo energético e de riscos de incêndio, além da troca de conhecimentos na comunidade. O projeto do qual a aluna faz parte está sendo executado no Jardim Ingá, entorno do Distrito Federal, onde oferecemos cursos de permacultura para a comunidade, utilizando não somente a técnica do Adobe, mas também outras existentes.
Projeto: Telhado de Garrafa PET - Aluno: Geraldo Henrique
Reaproveitar ou reciclar embalagens plásticas é uma forma de reduzir a quantidade de lixo. Reduzindo a quantidade de lixo, estamos preservando o ambiente e reduzindo os custos para o poder público e para nós cidadãos. O telhado feito com fibra de Politereftalato de ETila (PET) fornece proteção contra a chuva e vento. Além disso, são resistentes ao calor (suportam até 85° C) e não retém umidade. Os telhados de garrafas PET tem ainda uma durabilidade maior que as convencionais e custo quase zero. A estrutura para a fixação da telha de PET deve acompanhar sua leveza, o que implica numa utilização de materiais menos pesados e, consequentemente, na redução do custo geral da instalação, que pode ser de até 50%.
Projeto: Edificação Sustentável - Aluno: Luiz Raimundo
Maquete representando um projeto de edificação sustentável. A casa é feita com resíduos de obras, como tábua e palete. O telhado da casa possui um sistema de captação da água da chuva e contém placas fotovoltaicas para geração de energia. O sistema de esgoto da casa é tratado por fossa ecológica, fornecendo nutrientes à vegetação. A casa possui ainda uma cortina verde para gerar sombra e uma maior umidade. A propriedade possui ainda uma estufa feita com garrafa PET, com piso abaixo do nível do terreno para maior umidade e as plantas são irrigadas através de um cata-vento gerador eólico. Nos limites do terreno, temos cercas-vivas, servindo como quebra-vento e inibindo a passagem de certos microorganismos.
Projeto: Lâmpada de Garrafa PET - Aluno: Paulo Alberto
Neste projeto, são abordados conceitos relacionados à óptica, utilizando o aproveitamento da luz solar para construir tecnologias que promovam e contribuam significativamente com o meio ambiente, realizando economias no consumo de energia. A lâmpada de garrafa pet ou lâmpada de Moser foi inventada em 2002 pelo senhor Alfredo Moser, mineiro de Uberaba. A lâmpada diurna consiste em encher garrafas PET com água e água sanitária ou cloro e instala-las no telhado. Testes realizados com aparelhos indicaram que a lâmpada de Moser apresenta uma luminosidade equivalente a lâmpadas incandescentes de 40 a 60 watts. A luz que entra pela parte de cima da garrafa e da telha sofre refração e se espalha por todos os sentidos na água.
Projeto: Casinha de Cachorro Térmica - Aluna: Raynara Alves
Modelo de casa de cachorro com caixas de leite tetra pak. A caixa tetra pak tem seis camadas. Dessas seis camadas, quatro são de plástico que evitam a água da chuva, uma de papelão e a outra é de alumínio. O alumínio é um excelente isolante térmico, reflete o calor. Então, no inverno, mantém a casinha quentinha e, no verão, fresquinha.
Professores Coordenadores: Márcio Castro e Bruna Belmont